segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Dia da Mulher Guineense
/PAIGC encoraja mulheres guineenses a aproveitarem a oportunidade de conquistar lugares que merecem

Bissau, 31 jan 22 (ANG) – O Secretário Nacional do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) encorajou as mulheres do partido, reagrupados na União Democrática das Mulheres (UDEMU) e todas mulheres guineenses em geral à aproveitarem esta oportunidade única de conquistarem os lugares que merecem, enquanto pilares de qualquer sociedade clássica, que aposta no bem-estar e na prosperidade dos seus cidadãos. 

Ali Hijazi fez este encorajamento no acto oficial do evento comemorativo do Dia da Mulher Guineense, assinalado no Domingo 30 de janeiro, sob o Lema "Mulher Guineense Enquanto Promotora da Democracia e do Desenvolvimento".

Surtentou que, as mulheres para serem pilares de qualquer sociedade clássica, não basta somente a luta que tem travado para eliminar os preconceitos de estigma e discriminação, mas é  preciso que elas apostem na formação, dedicação e participação nas actividades que dão acesso as esferas da decisão e liderança. 

Aquele responsável realçou o papel determinante  que as mulheres têm tido nas diferentes etapas da Luta da Guiné-Bissau, reiterou que a  mulher guineense cumpriu até aqui a missão que lhe foi confiada nas diferentes etapas da afirmação da Guiné-Bissau como Estado livre e independente.

“Contudo, um grande desafio foi projectado a vossa frente, com a aprovação da Lei da Paridade em 2018, que vem incentivar a vossa luta para estarem nos lugares de decisão com uma quota de participação de 36 por cento, dando o vosso contributo no desenvolvimento do país”, sustentou Ali Hijazi. 

Disse que o lema das comemorações, para além de constituir um desafio para as mulheres do seu partido configura um despertar de consciências, sobre a atenção que a camada feminina deve merecer em reconhecimento das suas acções e conquistas em três etapas diferentes.

“O papel histórico e heróico para obtenção da independência, lutando lado a lado com os homens, numa epopeia em que se evidenciaram as heroínas como Tigtina Sila, Canhe Nantungue, Tereza Badinca, Carmem Pereira, entre outras figuras destacadas na Luta do Povo contra o jugo colonial”, frisou.

Acrescentou ainda a sua contribuição na luta para a afirmação da Democracia e do Estado de Direito democrático; finalmente, o seu engajamento no desenvolvimento, assumindo-se como um verdadeiro activo na economia informal “ no qual temos a destacar mulheres micro-empreendedoras como comerciantes, bideiras, entre outras actividades económicas) assegurando não só o  sustento nos respectivos agregados, mas contribuindo, igualmente, para a economia do país”.  

Hijazi sublinhou que, enquanto um dos dirigentes do PAIGC, inspirados no pensamento de Amílcar Cabral e nas orientações políticas do Presidente do partido Domingos Simões Pereira, frisando que, os caminhos e as portas estão abertas para as mulheres do referido partido assumirem a responsabilidade do país.

Afirmou que, para este desiderato, devem saber encarar a aposta na formação e auto-conhecimento como metas e seja capazes de revelarem mais determinadas nas actividades politicas, sociais e económicas.

Terminou o seu discurso com a homenagem a todas as mulheres guineenses, em jeito de reconhecimento do papel cívico que tem tido na consolidação da jovem democracia, assim como a contribuição que têm tido como um dos principais  activos da Economia e do processo do Desenvolvimento da Guiné-Bissau. ANG/DMG/ÂC


Religião/Don José Lampra Cá empossado como terceiro Bispo da Diocese de Bissau

Bissau, 31 Jan 22 (ANG) – Don José Lampra Cá tomou posse como terceiro Bispo da Diocese de Bissau numa cerimónia realizada Sábado na Sé Catedral da capital guineense.

Na ocasião, o recem empossado Bispo Don Lampra Cá disse que, a Guiné-Bissau espera da sua colaboração sobretudo para levar a todos a conhecer Jesus Cristo que os amou e não apenas em coisas dos bens materiais, mas a si mesmo.

ʺA Guiné-Bissau quer conhecer Jesus Cristo, mais Jesus Cristo que transforma a totalidade da pessoa, é um desafio lançado que devemos  continuar como fizemos até aqui", salientou.

Afirmou que, a Igreja não não é para o padre entrar na politica, de ser ministro ou aquilo, frisando que o padres são leigos que devem levar o sal da terra e a luz do mundo na politica, onde as coisas não vão bem.

Lampra Cá sublinhou que o Cristão não vai-nos condenar a todos, mas com a exemplaridade da sua vida com uma conduta moral indesprescível para mostrar que também na Guiné-Bissau as coisas podem avançar.

Acrescendou que o problema é de as pessoas tentarem pôr em discussão a si mesmos e seus comportamentos deploráveis e tentar fazer um esforço redimensional.

O Bispo pediu aos e fiêis que continuem unidos e trabalhar para crescimento das suas fés implicando o efeito destes crescimento das suas atuações nas áreas socio politicas e económicas.

ʺFaçamos o possível num sentido para cada um  desenvolver nosso talento para fazer de Guiné-Bissau um país que todos gostam de ter, isso é possivel, não vai chegar ao plenitude, nenhum de nós alcança aquilo que deseja, mais se chegamos ao meio já é bom, pelo que cada um de nós tem a responsabilidade na Guiné-Bissau em seu pequeno  ambiente fazer um esforço”, aconselhou.

Adiantou que, sabe que o esforço está sendo feito, mas as vezes gastam num só dia aquilo que levamos dois anos para conquistar, acrescentabndo que, deve-se continuar os esforços para que a Guiné-Bissau seja um País onde todos podem ser felizes.

Por seu turno, o Imame de Mesquita de Bairro de Ajuda, Aladje Mamadu Sisse disse estar contente por tormar parte neste cerimónia uma vez que não há diferenças entre cristão e muçulmano pelo fato de ser unidos por um unico Deus/Allah.

Sisse pediu filhos da Guiné-Bissau para tentarem arranjar soluções, união e ouvir os religiosos e uns aos outros para desenvolver o País como desejam ou mais que isso.

O Papa Francisco nomeou o novo bispo de Bissau em dezembro.


José Lampra Cá substitui no cargo José Camnate na Bissign, que renunciou ao cargo em 2020, por motivos de saúde.

ANG/MI/ÂC

 

       Legislativas Portugal/Partido Socialista surpreende com maioria absoluta

Bissau,31 jan 22(ANG) - O Partido Socialista obteve maioria absoluta nas legislativas antecipadas deste domingo, obtendo 117 deputados. António Costa falou numa “noite especial” e disse que esta será uma “maioria de diálogo”. 

“Uma noite muito especial para nós e uma vitória de humildade, da confiança e pela estabildade”, reconheceu António Costa. 

O primeiro-ministro  afirmou que esta maioria “nasce da vontade dos portugueses”, salientando que esta maioria absoluta não é um poder absoluto, nem governar sozinho, esta maioria será uma maioria de diálogo. 

O PSD foi o segundo partido mais votado, elegendo 76 deputados, resultados que ficaram muito abaixo das expectativas do líder do partido. Em conferência de imprensa, Rui Rio disse: “não consigo argumentar a minha utilidade para o partido”, admitindo demitir-se se o Partido Socialista alcançasse a maioria absoluta. 

O Chega é a terceira força política no Parlamento com 12 deputados. André Ventura garantiu que “o Chega será a grande alternativa de direita para substituir o PS no poder”.

A Iniciativa Liberal é outra das surpresas desta noite eleitoral. O partido de João Cotrim Figueiredo é, a partir de hoje, a quarta força política em Portugal com 8 deputados. O líder da Iniciativa Liberal lembrou que “é possível ganhar votos sem ser populista e extremista", reconhecendo que “Portugal é hoje mais liberal”, graças ao voto de mais de 260 mil liberais”.

João Cotrim Figueiredo acrescentou que um dos compromissos do grupo parlamentar da Iniciativa Liberal “será aquela oposição firme, constante e implacável ao socialismo que há tanto tempo nos desgoverna”.

O Partido Comunista elegeu seis deputados e passou a ser a quinta força política do país. Jerónimo de Sousa lamentou a "quebra eleitoral" e a perda de deputados no Parlamento, acusando o PS de promover a "bipolarização".

O Bloco de Esquerda reduziu a sua presença na Assembleia da República, elegendo cinco deputados, mas perdendo 14. Catarina Martins assumiu que "o resultado do Bloco de Esquerda é um mau resultado, é uma derrota".

A líder bloquista assegurou que "cada deputado racista eleito no Parlamento português é um deputado racista a mais e cá estaremos para os combater todos os dias"

O Livre e o PAN elegeram ambos um deputado, sendo que o PAN perdeu três lugares no hemiciclo.

O CDS-PP, com cerca de 50 anos de história,  foi um dos grandes derrotados destas eleições. Não tendo eleito nenhum deputado, Francisco Rodrigues dos Santos admitiu  a derrota e apresentou a sua demissão do partido.

Por apurar estão ainda os votos do círculo eleitoral da emigração, que elege quatro assentos parlamentares. Nestas eleições legislativas a abstenção ficou a rondar os 42%.ANG/RFI

 


Religião/
Presidente da República diz que igreja e mesquita não são  lugares  para fazer politica

Bissau, 31 Jan 22 (ANG) -  O Presidente da República disse  que a igreja e mesquita não são lugares para fazer politica e sim espaços para orar e pedir a Deus.

Umaro Sissoco Embaló falava á imprensa  este sábado à margem da cerimónia de empossanento do novo Bispo e terceiro da Diocese de Bissau.

ʺHoje é ordenação do novo Bispo, e penso que é muito importante tomar parte no evento, vou estar igualmente na cerimónia de posse de novo Presidente de Associação dos  Imames da Guiné-Bissau”, salientou.

Na ocasião, o chefe de Estado disse que, o seu primeiro ministro é católico e a sua mulher também, frisando que é  um homem de fé e a igreja e a mesquita não são lugares para fazer politica mas  sim, lugar para orar e pedir a Deus.

O Presidente da República disse que não considera isso uma mensagem, mas sim um dever porque a Guiné-Bissau é um Estado laico e que Estado não faz a politica.  

Para o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), Domingos Simões Pereira, tomar parte na cerimonia do Bispo é um sentimento de muito orgulho enquanto cristão e crente, na cultura enqunto cidadão porque foi o momento duma celebração que uniu a todos com a presença de várias congregações desde a profeção islâmica, protestante e outras cofeções religiosas.   

ʺPara mim, é o Povo de Deus que esteve aqui reunido para celebrar um momento muito especial da nossa vida”, disse. O Papa Francisco nomeou o novo bispo de Bissau em dezembro.

José Lampra Cá substitui no cargo José Camnate na Bissign, que renunciou ao cargo em 2020, por motivos de saúde.ANG/MI/ÂC

Ucrânia/ Europa “está a viver o momento mais perigoso desde a Guerra Fria”, diz Borrell

Bissau, 31 Jan (ANG) – O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, defendeu no Domingo, que a Europa “está a viver o momento mais perigoso desde a Guerra Fria”, devido à crise com a Rússia por causa da Ucrânia.


“A Rússia está a fazer uma guerra de nervos, por isso temos de ser firmes”, disse Borrell num artigo publicado no seu blogue ‘Uma janela sobre o mundo’ e citado pela agência espanhola de notícias, a Efe, no qual afirma: “Estamos a viver hoje o momento mais perigoso desde o período posterior à Guerra Fria”.

Apesar do perigo, Borrell defendeu que é preciso seguir a recomendação do presidente da Ucrânia e evitar o pânico, e escreveu que é por isso que a União Europeia decidiu manter a presença diplomática em Kiev.

Com o aumento das tensões nas fronteiras orientais da União Europeia, a “unidade” é a “força” dos 27, disse o chefe da diplomacia europeia, que defende a manutenção das “vias gémeas da diplomacia e dissuasão” para abrandar o conflito “utilizando todos os caminhos possíveis”, e ao mesmo tempo manter o apoio à Ucrânia.

Neste contexto, o político espanhol criticou a decisão das autoridades russas, anunciadas na semana passada, de proibir a entrada na Rússia de “um número desconhecido de representantes dos Estados membros e instituições da UE”.

Esta decisão, acrescentou, “carece de toda a justificação legal e transparência e terá uma resposta adequada”, avisou o diplomata, acrescentando que situações destas mostram que a Rússia “continua a alimentar um clima de tensão com a Europa, em vez de contribuir para acalmar a situação”.

O artigo de Borrell surge no mesmo dia em que, em entrevista à CNN, senadores republicanos e democratas afirmaram que o projecto de lei com sanções à Rússia está perto de ser acordado entre os dois blocos políticos norte-americanos.

A tensão entre a Rússia e os EUA aumentou depois da mobilização de 100 mil militares russos para a fronteira com a Ucrânia, que suscitou receios de um possível ataque ao território ucraniano, algo que Moscovo nega, mas que Washington considera iminente.

A Ucrânia está envolvida numa guerra com separatistas pró-russos na região industrial do Donbass, no Leste do país, desde 2014, que diz ser fomentada e apoiada militarmente por Moscovo. Na sequência do conflito, Rússia, Ucrânia, Alemanha e França criaram uma plataforma de diálogo conhecida por Formato Normandia, mas os líderes dos quatro países não se reúnem desde 2019.

Conselheiros políticos dos quatros líderes reuniram-se na quarta-feira, em Paris, e marcaram um próximo encontro para fevereiro, em Berlim, mas não discutiram a realização de uma nova cimeira, que tem sido sugerida pelo Presidente da Ucrânia.ANG/Inforpress/Lusa

 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Governação
/ʺDesvalorizo qualquer tipo da reivindicação em relação a atual governoʺ diz Umaro Sissoco Embaló

Bissau, 28 Jan 22 (NG) -  O Presidente da República disse que desvaloriza qualquer tipo de reivindicação em relação ao atual governo porque resultou de um consenso dos partidos com ele,Chefe de Estado.

Umaro Sissoco Embaló fez esta declaração em declarações  à imprensa,  à saída da cerimónia de posse que hoje conferiu aos membros do governo que resultou de uma remodelação governamental.

ʺAntes de realizarmos as eleições presidenciais houve legislativas em que o PAIGC saiu vencedor com mais numeros de deputados, este governo resultou de um consenso dos partidos politicos com o Presidente da República.  Aconselho aos partidos politicos de que é convêm prepararem melhor para as próximas legislativas para poderem ganhar assim poderem reclamar”, disse.

O Chefe de Estado ainda dirigiu-se ao Movimento para Alternância Democrática Madem-G-15 recomendando à esta formação política para preparar melhor para poder ganhar as proximas eleições legislativas.

O Madem G-15 manifestou o seu repúdio a remodelação governamental alegando que não resultou de uma consulta aos  partidos que sustentam o governo.

Por seu turno, o  primeiro ministro, Nuno Gomes Nabiam, afirmou  que a relação com Presidente da República está boa e que é normal que haja desentendimento porque, por vezes, cada um tem a sua própria visão e disse que marcou  presença no acto de posse porque está de acordo com a remodelação.

Em relação a APU-PDGB, assegurou que está ultrapassada as questões fundamentais por causa de desentendimento e mal interpretação que houve e que “agora o momento é de trabalho”.

As declarações do primeiro-ministro contrariam o  comunicado do seu partido segundo o qual Nabiam  não tinha tomado conhecimento sobre a remodelação do Governo,  ocorrida no dia 26.ANG/MI/ÂC//SG

 


Governação
/Presidente da República confere posse à oito membros de Governo

Bissau, 28 Jan 22 (ANG) – O Presidente da  República conferiu hoje posse à oito membros de governo e ao alto comissariado para luta contra a Covid-19, na presença do Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

Trata-se de novas nomeações resultantes da remodelação governamental realizada na quarta-feira, dia 26.

Na ocasião, Umaro Sissoco Embaló disse que a questão da remodelação muita das vezes não significa que a pessoa cometeu erro onde está mas que  visa  levar  valências de onde estava para onde a pessoa vai.

ʺMuitos que aqui estão já passaram por outros ministérios e tudo o que fizeram onde estavam têm que fazer mais e melhor para onde vão agora. Os homens têm de aprender sempre e capacitar uns aos outros”, disse.

Umaro Sissoco Embaló declarou  que  a dinâmica  de combate a corrupçao é permanente, e avisou que vai estar vigilante e que o primeiro-ministro vai estar ainda mais vigilante nessa luta.

“O exercício do bem de Estado é para toda a gente, e a Guiné-Bissau precisa de mais  e mais, tendo em conta que passamos quase 50 anos sem nada  e a nossa geração não deve falhar”, disse.

O Presidente da República disse que a sua ambição é ter as universidades em todas as regiões da Guiné-Bissau e garantiu total apoio ao novo ministro  do Ensino Superior e Investigação Científica à quem  advertiu sobre a  importante tarefa que vai desempenhar, uma vez que  saiu de reitoria da Universidade para ocupar aquela função.

Desafiou ao novo titular do Ensino Superior para até final de 2022 ter universidades ou escola superiores da educação por todo o canto do país  e colocar pessoas com nivel e qualidade.

O cjege de Estado prometeu  estudar mecanismos para construir universidades com residências para estimular as pessoas a irem à escola.

Disse que, a juventude, desporto e cultura  não devem limitar-se à Bissau e  pediu ao primeiro-ministro para criar condições para que essa actividade ande ao nivel nacional ou pelo menos nas grandes regiões.

ʺÉ importante, muitas das vezes esquecemos a juventude, mas é ela a força motora de qualquer desenvolvimento. Hoje vemos jovens sentados nas bancadas, é pena,  porque  não têm nada para fazer.Penso que até final de Março vão ter algo para me apresentar em termos de alternativas para a juventude”, disse.

 Umaro Sissoco Embaló disse que vai sempre estar nas costas dos responsaveis das áreas da educação, Ensino Superior e Juventude, Cultura e Desportos porque este ano têm  um desafio para serem melhor  e conseguir a paz a evitar greves nestes sectores.

Foram empossados nas suas funções os ministros da Educação, Abas Djaló, do Ensino Superior e Investigação Cintífica, Temóteo Saba Mbundé, dos Transportes e Comunicações, Aristides Ocante da Silva, da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social, Cirilo Mamasaliu Djaló, da Juventude, Cultura e Desportos, Augusto Gomes, da Justiça e Direitos Humanos, Teresa Alexandrina da Silva, e os Secretários de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Florentino Dias e da Ordem Pública, Augusto Kabi.ANG/MI/ÀC//SG  

 

Ensino Superior/FEC lança curso de complemento de Formação em Educação

Bissau, 28 Jan 22 (ANG) – A Fundação Fé e Cooperação(FEC), vai proceder no dia 31 de Janeiro  ao lançamento do Curso de Cumplemento de Formação em Educação para os professores das Escolas do Ensino Superior de Educação da Guiné-Bissau.

De acordo com um comunicado desta organização entregue hoje à ANG a formação terá o nivel de bacharelato nas áreas das Ciências Naturais , Sociais ,Matemática e Expressões e terá a duração de um ano, com o objectivo de reforçar competências, aprofundar conhecimentos e obter o grau de licenciatura.

A nota frisa que a referida formação foi financiada pelo Instituto da Cooperação da Língua Portuguesa e implementada pela FEC, em parceria com o Ministério do Ensino Superior e Investigação Cientifica e a Rede Nacional de Jardins da Guiné-Bissau (RENAJI).

 “Acreditada pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setubal, esta oferta formativa  destingue-se por desponibilizar um modelo de ensino –aprendizagem hídrico ,conjugando metodologias online e presenciais”,refere o documento.

Entre as competências que serão reforçadas ao longo da frequência do curso destacam-se, a autoreflexão crítica sobre a prática profissional ,a aptidão para desenvolver e implementar didáticas e a melhoria dos conteúdos cientificos das áreas disciplinares que leccionam.ANG/MSC/ÂC//SG

     Burquina Faso/Junta militar que tomou o poder  pede apoio à CEDEAO

Bissau, 28 Jan 22 (ANG) - Paul-Henri Sandaogo Damiba, líder da junta militar que tomou o poder esta semana no Burkina Faso, apareceu na televisão do país pedindo apoio internacional à CEDEAO.

A organização reúne-se hoje para debater a situação e possíveis sanções contra os militares à frente do país.

O tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba apareceu pela primeira vez publicamente como o líder da junta de militar que tomou o poder no Burkina Faso e destituiu o Presidente, Roch Marc Christian Kaboré. A comunicação foi feita na televisão e o líder militar pediu apoio internacional.

"Peço à comunidade internacional para que acompanhe o nosso país, por forma a que ele possa sair, quanto antes, desta crise, para retomar a sua caminhada rumo ao desenvolvimento. Percebo as dúvidas legítimas suscitadas por esta ruptura no funcionamento normal do Estado. Mas gostaria de tranquilizar o conjunto dos amigos do Burkina Faso quanto ao facto que o país continuará a respeitar os seus compromissos internacionais nomeadamente no que diz respeito aos direitos humanos", disse Damiba na sua comunicação.

Este apelo surge apenas algumas horas antes da reunião virtual dos líderes da A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que vai decorrer nesta sexta-feira. O encontro vai servir para debater a situação no urkina Faso, mas também analisar as causas e possíveis soluções para três países membros da organização - Mali, Guiné-Conacri e Burkina Faso - terem tido golpes de Estado nos últimos 18 meses.

Ainda na sua mensagem ao país, Paul-Henri Sandaogo Damiba prometeu eleições livres "assim que as condições estiverem reunidas".

"Comprometo-me em convocar as forças vivas da nação para esboçar um roteiro tendo por finalidade projectar e realizar a recuperação a que aspiram todos os cidadãos. Assim que as condições estiverem reunidas, de acordo com os prazos definidos de forma soberana pelo nosso povo, comprometo-me a um regresso a uma vida constitucional normal", garantiu.

Na quinta-feira, a junta militar reuniu-se com os principais representantes do sector económico do país, garantindo que as tomadas de decisão em relação ao futuro do país serão feitas em parceria com a sociedade civil. 

A junta esteve ainda com os ministros depostos, pedindo-lhes para não abandonarem o país e prometendo que também eles serão incluídos numa solução de futuro para o país.

Todas as instituições democraticamente eleitas no país foram dissolvidas, não se conhecendo até agora o paradeiro do Presidente Kaboré, de 64 anos, e com fontes a garantirem à AFP que o político estará de "boa saúde". ANG/RFI

 


Agricultura
/Governo lança projecto de apoio a Inclusão Financeira das Mulheres e Jovens nas fileiras de caju, frutas e legumes

Bissau, 28 Jan 22 (ANG) – O Governo guineense procedeu ao lançamento oficial do Projecto de Apoio a Autonomização e Inclusão Financeira das Mulheres e Jovens nas fileiras de caju, frutas e legumes, financiado pelo Banco Africano do Desenvolvimento (BAD).

Na cerimónia de lançamento, o ministro de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Marciano Silva Barbeiro disse que o  referido projecto, é um intrumento que irá contribuir para o empoderamento económico e criação de empregos sustentáveis para as mulheres e jovens na Guiné-Bissau.

“O projecto nasceu de uma vontade  do Governo da Guiné-Bissau, para sustentar as conquistas no sector ao longo dos anos e dos seus esforços de reduzir as dificuldades  com as quais se deparam as mulheres e jovens”, disse o títular da pasta de Agricultura.

Segundo o ministro, o lançamento do projecto, marca uma importante étapa na implementação das políticas que visam o alcance dos objectivos de desenvolvimento sustentável até 2030.

“Com um montante global de 5 milhões de Unidades de Conta, ou cerca de 4 mil milhões de FCA, o projecto alinha-se na estratégia alimentar nacional do país que incide à volta do programa e das acções especificas dentro dos subsectores de valorização da produção hortícola de fruta e legumes, construções de infraestruturas rurais e gestão de recursos naturais”, sustentou.

De acordo com Marciano Silva Barbeiro, o projecto foi construído na base de uma parceria público-privada, e permitirá  profissionalizar 100 cooperativas de mulheres de micro e pequenas empresas, e oferecer oportunidades de formação e de inserção a 300 rapazes e meninas, e de igual modo capacitar 05 especialistas no processamento de produtos agrícolas.

“Para completar o dispositivo será aberto um fundo de financiamento  ou linha de crédito de mil milhões de unidade de contas ou seja 780 milhões de fcfa e criados espaços infantis para a saúde e educação de crianças, instaladas nas unidades de produção”, acrescentou.

Em representação da Associação de Mulheres nas Actividades Económicas (AMAE), Mariama Danfa disse que as mulheres sofrem de diversas discriminações no domínio de  capacitação, emprego e assim como nas oportunidades, posições de poder e líderança.

“Atendendo as necessidades actuais feminina no país, a AMAE realizou um estudo diagnóstico sobre as condicionantes de acesso ao crédito e financiamento por parte das mulheres empreendedores das zonas hurbanas e rurais da Guiné-Bissau”, disse Danfa, uma das beneficiária do projecto.

Acrescentou  que, tendo em conta a sua representatividade no país,as mulheres contribuirão bastante para autonomização económica, e criação de emprego para o desenvolvimento do país.

O Director-geral Adjunto do Banco Africano do Desenvolvimento (BAD) Gilberto Ribeiro agradeceu a todos os intervenientes que trabalharam para que o projecto tornasse hoje uma realidade, e prometeu, em nome da sua Instituição, continuar a apoiar a Guiné-Bissau enquanto parceiro de desenvolvimento, em diferentes problemáticas que afectam a sua população.ANG/LLA/ÂC//SG           

  

              Ucrânia/”Rússia prefere a diplomacia à guerra”, diz Lavrov

Bissau, 28 Jan 22(ANG) – A Rússia quer resolver a crise sobre a Ucrânia pela via diplomática sem recurso à guerra, mas não permitirá que os seus interesses sejam violados ou ignorados, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.


“Se depender da Rússia, não haverá guerra. Não queremos guerras. Mas não permitiremos que os nossos interesses sejam grosseiramente violados, ignorados”, disse Sergei Lavrov, numa entrevista transmitida por várias estações de rádio e televisão russas.

“Há muitas décadas que escolhemos o caminho da diplomacia. Temos de trabalhar com todos, esse é o nosso princípio”, disse, citado pelas agências de notícias France-Presse e a espanhola EFE.

A Ucrânia e os países ocidentais acusaram a Rússia de ter enviado pelo menos 100.000 tropas para a fronteira ucraniana, nos últimos meses, com a intenção de invadir de novo o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.

A Rússia negou essa intenção, mas disse sentir-se ameaçada pela expansão de 20 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ao Leste europeu e pelo apoio ocidental à Ucrânia.

Moscovo exigiu o fim da política de expansão da NATO, incluindo para a Ucrânia e a Geórgia, a cessação de toda a cooperação militar ocidental com as antigas repúblicas soviéticas e a retirada das tropas e armamento dos aliados para as posições anteriores a 1997.

Os Estados Unidos e a NATO rejeitaram formalmente, na quarta-feira, as principais exigências de Moscovo, mas propuseram a via da diplomacia para lidar com a crise.

Em particular, abriram a porta a negociações sobre os limites recíprocos da instalação dos mísseis de curto e médio alcance das duas potências nucleares rivais na Europa, e sobre exercícios militares nas proximidades das fronteiras do campo adversário.

Lavrov considerou hoje que as respostas dos Estados Unidos às exigências da Rússia sobre garantias de segurança são “bastante confusas”.

Admitiu que encontrou “sementes de racionalidade” em “assuntos de importância secundária”, como a questão das instalações de mísseis de curto e médio alcance, e disse que o debate sobre esta questão tem sido rejeitado pelos Estados Unidos.

“Agora, propõem-se abordar a questão”, disse.

Quanto à ameaça de novas sanções dos Estados Unidos, incluindo contra a liderança russa e a desconexão do país dos sistemas financeiros internacionais, Lavrov disse que “seria equivalente à rutura das relações”.

Os presidentes russo, Vladimir Putin, e francês, Emmanuel Macron, deverão realizar conversações hoje, por telefone, sobre a crise ucraniana.

Macron deverá propor a Putin um caminho para desanuviar as tensões entre a Rússia e os países ocidentais, segundo a AFP.

A França exerce, actualmente, a presidência rotativa do Conselho da União Europeia. ANG/Inforpress/Lusa

 

Pescas/Pescadores senegaleses resgatados nas águas territoriais do país entregues ao embaixador do Senegal

Bissau,28 jan 22(ANG) – O ministro das Pescas procedeu hoje a entrega ao Embaixador do Senegal de dois pescadores daquele país resgatados com vida no passado dia 04 de Janeiro, pelas forças do Centro Nacional de Fiscalização das Actividades das Pescas(Fiscap), nas águas territoriais da Guiné-Bissau.

Na sua intervenção no acto da entrega dos referidos pescadores,  Mário Siano Fambé disse que a lei internacional das pescas determina  que as autoridades marítimas de qualquer país tem a obrigação de salvar vidas das pessoas no alto mar, mesmo desconhecendo os motivos que os levaram à pesca.

“O resgate dos dois pescadores senegaleses em situação de naufrágio durante vários dias, nas nossas águas, pelas forças de Fscap, demonstra o conhecimento e engajamento das autoridades de fiscalização marítima e dos responsáveis do Ministério das Pescas em geral nesse sentido”, referiu Fambé.

O embaixador do Senegal no país agradeceu as forças de Fiscap pelo resgate , e diz que o gesto  demonstra o nível de cooperação dos dois países no domínio das pescas.

O diplomata qualificou o acto de positivo e louvável, exortando a continuidade de colaboração mútua entre os dois países no sector das pescas.

O acidente ocorre numa altura em que as autoridades guineenses observam o período de repouso biológico no mar, que termina no fim deste mês, e em que as actividades de pescas só são permitidas aos nacionais que se dedicam a pesca artesanal. ANG/ÂC//SG



Covid-19/ África supera pico de nova vaga com menos 12% de infeções numa semana

Bissau, 28 Jan 22(ANG) – África, com 237 mil mortes associadas à covid-19 e 10,6 milhões de infecções, já ultrapassou o pico da nova vaga, ao registar menos 12% de casos que na semana passada, anunciou quinta-feira o diretor do África CDC.


“Um total de 46 países, de entre os 55 Estados-membros da União Africana, estão neste momento a passar pela quarta vaga de covid-19 e oito países estão na quinta vaga. Um total de 40 países reportaram a presença da variante Ómicron”, anunciou o diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John Nkengasong, na conferência de imprensa semanal virtual, difundida a partir de Adis Abeba.

Nos últimos sete dias foram registados 238 mil novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 no continente, o que representa uma queda de cerca de 12% em relação à semana anterior.

“Ultrapassou-se um pico e começamos a observar uma queda”, sublinhou Nkengasong. Em termos de mortes, na última semana foram registadas 2.300 mortes, o que representa também uma queda média de 19%.

Quanto ao período das últimas quatro semanas, o África CDC reportou hoje uma queda média do número de casos de infecção na ordem dos 5%, mas um aumento médio de 8% no número de mortes, o que Nkengasong considerou como “expectável”.

“Esperamos nas próximas semanas começar a verificar um decrescimento no número de mortes”, acompanhando a queda do número de casos de infecção que já se verifica, acrescentou o diretor do África CDC.

O continente reporta um total de 94,5 milhões de testes realizados desde o início da pandemia.

Relativamente à campanha de vacinação, África recebeu até agora um total de 580 milhões de doses de vacinas anti-covid e ministrou 64% das mesmas. O número da população africana totalmente vacinada é agora de 11%.

O Egipto reporta uma taxa de vacinação completa de 24% da sua população elegível, Marrocos, 62%; África do Sul, 27%; Moçambique, 29%; e Nigéria, 2,5%, de acordo com a síntese apresentada pelo diretor do África CDC.

Confrontado com a atual percentagem de vacinação de apenas 11% da população africana, Nkengasong foi convidado a confirmar o objectivo fixado pelo África CDC de vacinar 70% dos 1,3 mil milhões de habitantes do continente até ao final do ano, o que o director da entidade coordenadora das políticas de saúde pública da UA manteve.

John Nkengasong começou por sublinhar que a vacinação de 70% da população africana elegível é um “objectivo programático”, mas, “se a tendência se mantiver, 2022 deve ser o ano em que o vamos mesmo alcançar”, disse.

Quanto ao tratamento da doença, em resposta a uma questão da Lusa, o diretor do África CDC disse que o organismo tem estado a trabalhar com a Pfizer para “garantir o fornecimento” do medicamento que está a ser desenvolvida pela farmacêutica. “Estas discussões não são rápidas, mas estamos na direcção certa”, disse.

“Também iniciámos conversações com a Merck, por forma a percebermos como poderemos ter acesso ao medicamento que eles estão a desenvolver. Estamos abertos a estabelecer compromissos com quaisquer empresas disponíveis para trabalhar connosco para tornar os remédios acessíveis ao continente”, acrescentou Nkengasong.

Os responsáveis da União Africana e as farmacêuticas estão a prosseguir a “via mais simples”, que é a de tentarem “estabelecer uma pré-encomenda e um acordo que normalize o preço, muito semelhante aos acordos de pré-encomenda relativos às vacinas”, explicou o diretor do Africa CDC.

“As discussões com a Pfizer estão mais avançadas, já tivemos vários encontros nas últimas semanas, esta semana vamos estar com a Merck. Assim que tivermos quaisquer acordos disponibilizaremos essa informação”, concluiu.

A covid-19 provocou 5.614.118 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em Novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

ANG/Inforpress/Lusa

 

Polítical/Madem G-15 contra mexidas no Governo sem aval dos partidos que integram coligação governamental

Bissau, 28 Jan 22 (ANG) – O Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G-15), uma das formações politicas que sustenta a actual coligação governamental, demarcou-se da nova remodelação no Governo, alegando que tal não deve acontecer antes da reunião da cimeira da Aliança que   sustenta o executivo.


De acordo com uma carta desta formação politica derigida ao Chefe de governo à que a ANG teve acesso,  datada de 26 do corrente mês, Madem G15  salienta que essa reunião serveria para as partes analisarem juntas as propostas das mexidas no executivo feitas pelo Presidente da República com a proposta do Primeiro-ministro.

“No passado dia 25 de Janeiro do ano 2022, o Chefe do Governo reuniu, no seu gabinete, com a Direcção do MADEM, representada pelo seu primeiro-vice Coordenador, Luis Oliveira Sanca e pelo seu Secretário-geral, Abel da Silva aos quais informou das intensões do Presidente da República de fazer uma mudança profunda no Governo”,lê-se no documento.

E na sequência dessa reunião, segundo a carta, Madem decidiu  que não se deveria  avançar com a referida remodelação sem antes, reunir a cimeira de Aliança que sustenta o Governo, uma vez que esta é composta por um acordo parlamentar com base alargada que  inclui o Madem G15, o PRS, PND, uma parte dos deputados do APU-PDGB e do PAIGC, e dos candidatos as últimas eleições presidenciais, Carlos Gomes Júnior e José Mário Vaz.

No documento, Madem G-15 sustenta que, considerando a necessidade imperiosa de se preservar a paz social que o país tanto almeja e a necessidade de salvar a legislatura em curso  esta formação politica solicita, com caracter de urgência, ao Primeiro-ministro a convocação da cimeira dos lideres desta Aliança para se debater sobre as propostas de remodelação.

A carta ainda refere  que uma remodelação governamental fora   desse quadro, não será caucionada pelo Madem G15 e consequentemente, carecerá de respaldo parlamentar desta formação politica na Assembleia Nacional Popular.

Os membros do governo nomeados em consequência da referida remodelação, tornada pública dia 26, pela Presidência da República foram, esta sexta-feira, empossados nas funções, numa cerimónia assitida pelo Primeiro-ministro, Nuno Nabiam.ANG/MSC/ÂC//SG

 

ONU/CPLP pode ajudar a eliminar a lepra e a discriminação dos doentes – relatora

Bissau, 28 Jan 22(ANG) – A Relatora Especial da ONU para a Lepra, a portuguesa Alice Cruz, defende uma estratégia da CPLP para eliminar a discriminação e a própria doença, sublinhando que alguns dos Estados-membros têm uma elevada incidência desta patologia.


A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é “um espaço importante para a lepra, embora não exista uma estratégia da própria CPLP em relação à lepra, o que eu lamento”, afirmou Alice Cruz, em entrevista à agência Lusa a partir do Equador, onde reside.

“Há países importantes da CPLP que constam entre os 23 países prioritários da OMS para a lepra. Temos o Brasil, que é simplesmente o país com a maior incidência relativa. Depois, temos Angola, Moçambique e temos outros países da CPLP que, embora não tenham números tão significativos, têm questões sociais de extrema exclusão das pessoas afectadas”, afirmou.

A primeira Relatora Especial para a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas afectadas pela Lepra e seus Familiares, funções que assumiu em 2017, identifica na CPLP “um papel importante para eliminar esta discriminação e para a troca de conhecimento entre os países”.

“Há países da CPLP que estão a fazer um trabalho muito bom no que respeita à lepra. O que é curioso é que é em diferentes áreas. Se existisse esse espaço de troca de conhecimento e de boas práticas, eu acho que seria extremamente benéfico, não só para eliminar a discriminação, mas também a doença”, referiu.

Um “dado importante” sobre a comunidade que Alice Cruz faz questão de sublinhar é que “não há países da CPLP com leis discriminatórias” em relação à lepra – existem mais de 100 em todo o mundo.

“Do ponto de vista daquilo que a gente chama harmonia legal, entre as leis nacionais e a lei internacional de direitos humanos, de facto houve um avanço importante nos países da CPLP. Há áreas-chave, que realmente são os direitos sociais e económicos”, adiantou.

Classificada pelas ONU como doença tropical negligenciada e associada à pobreza, a distribuição da lepra também acompanha a capacidade dos países de garantirem aos seus cidadãos um acesso equitativo a bens, recursos e oportunidade.

Por isso, “encontra-se a lepra em países com maiores dificuldades estruturais e, dentro dos países, tem também uma maior incidência em espaços subnacionais que estão mais associados à pobreza e à falta de acesso”.

Segundo Alice Cruz, “o Brasil é, nada mais nada menos, que o segundo país no mundo com a maior incidência absoluta e o primeiro país do mundo com maior incidência relativa de lepra”, existindo ainda um número importante de casos diagnosticados em alguns países da América do Sul e Central, mas o que se destaca de facto na região é o Brasil.

A lepra “continua a ser muito importante na região asiática. A índia destaca-se, porque é o país com maior número absoluto de casos, mas depois há outros países da região asiática que são importantes – a Indonésia, o Nepal, o Bangladesh”.

“A Ásia é um factor muito importante em termos de incidência, mas também no que se refere à discriminação institucionalizada, porque a maioria das leis discriminatórias que ainda estão em vigor – e que carecem em absoluto de qualquer justificação científica – encontram-se justamente na Ásia e Pacífico”, disse a relatora.

Em relação ao continente africano, Alice Cruz classificou a região como “um espaço de grande preocupação, sobretudo porque é altamente provável que os números que são reportados à Organização Mundial da Saúde não correspondam à realidade e que exista uma forte endemia oculta nos países africanos”.

“A lepra é uma doença que está tão fortemente associada à exclusão, mas a tantos níveis, que é uma luta gigantesca sequer para assegurar o acesso ao diagnóstico”, disse.

De acordo com a relatora, “muitas das vezes são populações, e em África isso acontece muito, que, perante um problema de saúde, não vão aos estabelecimentos de saúde públicos, vão aos médicos tradicionais”.

“O contexto africano é um contexto onde é absolutamente necessário pensar em estratégias interculturais de saúde pública, porque muitas vezes são os médicos tradicionais que têm acesso a essas pessoas e podem fazer o primeiro diagnóstico”, defendeu.

Em África, “os números que existem são preocupantes, há muitos países prioritários que estão na África, levantam questões: até que ponto reflectem a realidade, embora existam países que fazem um esforço muito grande, mas a lepra é uma doença tropical negligenciada e essas doenças estão muito associadas a fragilidades dos sistemas de saúde e esse é o caso do continente africano”.

Todos os anos surgem cerca de 200 mil novos casos de lepra em todo o mundo, segundo dados das Nações Unidas.

O Dia Mundial de Combate à Hanseníase (lepra) assinala-se este ano em 30 de Janeiro. O dia foi instituído em 1954 pelas Nações Unidas, que estipularam que se assinala todos os anos no último domingo de Janeiro.

ANG/Inforpress/Lusa