sexta-feira, 28 de junho de 2019

Itália/Migração


                         Guerra de nervos entre Roma e Bruxelas
   Bissau, 28 jun 19 (ANG) - O barco holandês Sea Watch continua bloqueado junto à ilha italiana de Lampedusa, a capitã alemã do navio após 14 dias em águas internacionais, pretende desembarcar aí 42 migrantes resgatados no Mar Mediterrâneo. A Itália opõe-se a tal medida e ameaça agora a União Europeia com represálias.
"Se a lei italiana não for respeitada devido ao silêncio cúmplice do governo holandês e da União Europeia podemos equacionar suspender a inserção de quaisquer informações na base de dados europeia. Refiro-me a quaisquer informações sobre a identidade dos migrantes que chegaram à Itália para deixá-los, assim, ir aonde quiserem”, disse Matteo Salvini, ministro italiano do Interior.
Por seu lado,  a ONG alemã Sea Watch responde que  não podem aguardar mais.
" Não se pode brincar com o desespero das pessoas aflitas" escrevia nesta quinta de manhã a ong alemã Sea Watch, proprietária do navio, embarcação que navega, porém, com bandeira holandesa.
A Itália tem vindo a descartar qualquer desembarque de migrantes em território seu a não ser que estes fossem imediatamente transferidos para a Holanda ou para a Alemanha.
Em Bruxelas o Comissário da pasta das migrações, Dimitris Avramopoulos afirmou que vários países europeus estavam dispostos em participar na repartição dos migrantes. Este condicionava, todavia, a obtenção de uma solução ao desembarque prévio dos mesmos.
Os 42 clandestinos foram resgatados no Mar Mediterrâneo numa zona sob responsabilidade da Líbia, este país do norte de África estaria disposto em garantir o respectivo desembarque em território seu.
A ong em causa, bem como as Nações Unidas, estima que as condições de segurança na Líbia não estão garantidas.
Enquanto isso Matteo Salvini, o ministro italiano do interior, exigia a captura do barco e que a embarcação fosse imobilizada.
A capitã do navio, a jovem alemã Carola Rackette, afirmava-se disposta em "ir para a cadeia" neste caso escudando-se por detrás do direito marítimo.
Enquanto isso a Itália adoptou um dispositivo legal que permite a Roma proibir a entrada nas suas águas territoriais a navios com clandestinos a bordo.
A capitã e a tripulação do navio arriscam-se a ter que pagar, nomeadamente, multas de 50 000 euros e ainda a ter que entregar a embarcação à justiça.
Circula nas redes sociais uma recolha de fundos para o efeito, até meio do dia desta quinta-feira já foram recolhidos mais de 130 000 euros.
Enquanto os migrantes do Sea Watch esperam por um desfecho vários episódios de migrantes têm vindo a dar às costas europeias.
De acordo com as autoridades italianas quase 500 migrantes desembarcaram em Itália nestas duas últimas semanas.
ANG/RFI

Greve no ensino


Estudantes de Tchico Té promovem vigília frente ao Ministério da Educação Nacional

Bissau, 28  Jun 19 (ANG) – Os estudantes da Escola Normal Superior "Tchico Té", promoveram hoje uma vigília à frente do Ministério da Educação Nacional exigindo o normal funcionamento das aulas naquela escola de formação de professores.

À saída do encontro com o Director Geral da Escola Superior de Educação (ESE), Malam Djafono, o chefe da delegação dos estudantes, Quintino Bonson, disse que o motivo da vigília tem a ver com as paralisações das aulas motivadas pelas ondas de greves decretadas União Nacional dos Trabal__________________________________________________________________________________________________________hadores da Guiné(UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes(CGSI-GB).

Segundo Bonson, este ato serve para a demostração do descontentamento dos estudantes sobre  essa situação que já durou quase dois meses, em que os estudantes só assitem as aulas nas segundas e sextas-feiras de cada semana.

" O Diretor geral da ESE prometeu para breve reunir com todos os directores da escola de educação a nível nacional para encontrar uma solução para este problema, e, na próxima quarta-feira, deverá  comunicar a resolução aos estudantes", disse.

Questionado sobre se o presente ano escolar está em risco de ser anulado, Bonson disse que o que falta para concluir em termos de conteúdos programáticos não sobrou tanto e que se as aulas retomaram normalmente até o mês de agosto, tudo será concluído. Disse que já foram executados 90 por cento dos conteúdos programados para este ano.

Este responsável dos estudantes de Tchico Té  avisou que, se as suas exigências não forem atendidas, irão promover uma marcha pacífica para reivindicar os seus direitos de as aulas voltarem a funcionar normalmente.

Escolas públicas têm estado a funcionar durante dois dias  semanais, devido a greve na Função Pública em curso desde Maio.

ANG/CP/ÂC//SG

ANP


 Deputados da maioria  aprovam resolução que declara  líder parlamentar Presidente da República Interino

Bissau,28 Jun 19(ANG) - Os deputados dos partidos que constituem a maioria parlamentar votaram na quinta-feira,  uma resolução que determine que  o líder do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, assuma , interinamente, a função do Presidente da República.
Foto Arquivo
A decisão  dos deputados foi sustentada com o facto de o mandato de José Mário Vaz, de cinco anos,  ter expirado a 23 de junho corrente, estando o país sem um governo resultante das eleições de 10 de março, apesar de o Primeiro-ministro nomeado lhe ter entregue,  a tempo, a composição do executivo para efeitos de nomeação.
A resolução n°04/ANP/2019 foi aprovada com 54 votos a favor, ou seja, pelos deputados da maioria parlamentar que estiveram presentes no hemiciclo, e resultou de um debate de urgência sobre o estado da democracia na Guiné-Bissau face a cessação do mandato presidencial de José Mário Vaz, requerido pela bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
As bancadas parlamentares da Oposição ou seja dos partidos Madem G-15 e  PRS não participaram no debate, apesar de, segundo o presidente da ANP, Cipriano Cassamá, terem sido convidados para o efeito.
Ao apresentar as resoluções, o lider da bancada do PAIGC, Califa Seidi sustentou que, na  ausência de um novo  governo, no término do mandato presidencial, a Assembleia Nacional Popular é a única instituição legítima na actual conjuntura política do Estado da Guiné-Bissau e o seu Presidente, o substituto constitucional interino, em caso de vacatura, por morte ou impedimento prolongado do Presidente da República.
“A ocorrência do fim do actual mandato presidencial determina a cessação imediata das funções constitucionais do Presidente da República, a partir do dia 23 de junho do ano corrente, implica a aplicação da solução constitucional prevista para o término do mandato presidencial e a consequente substituição interina pelo Presidente da Assembleia Nacional Popular, nos termos do artigo 71°, n° 2, da Constituição da República da Guiné-Bissau”, lê-se na resolução final votada pela Assembleia Nacional Popular.
No mesmo documento, os parlamentares apelam ao líder do Parlamento a tomar as disposições jurídicas necessárias no sentido de efectivar o exercício das suas novas funções constitucionais.
Os deputados apelaram igualmente à comunidade internacional para garantir total  apoio bem como a colaboração e  solidariedade à presidência interina do Estado da Guiné-Bissau, como também a não compactuar com eventuais manifestações de poder à margem da Constituição e demais leis do país.
Após a aprovação da resolução pelos deputados, o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, anunciou o encerramento da sessão que devia terminar em Julho.
Disse que foram obrigados a suspender a sessão devido a falta de governo e garantiu que a sessão será retomada quando o novo governo for empossado.
 “Pedimos ao povo guineense mais paciência, sabemos que sofreu bastante! Da reunião do próximo sábado dos Chefes de Estado da CEDEAO sairá uma decisão que tirará a Guiné-Bissau, de uma vez por todas, da situação embaraçosa em que se encontra para o quadro legal”, referiu o presidente da ANP, para de seguida assegurar que os guineenses “não podem continuar mais na situação de escravatura, de indecisão, de ilegalidade e  falta do cumprimento da Constituição”. 
O líder parlamentar declarado Presidente da República Interino referia-se a cimeira de Abuja, na Nigéria, prevista para amanhã(sábado) e que deverá ser consagrada a situação política da Guiné-Bissau. 
ANG/O Democrata

CEDEAO


  José Mário Vaz participa na 55ª  conferência de Chefes de Estado e de Governo

Bissau,28 Jun 19 (ANG) – O Presidente da República cessante José Mário Vaz participa na 55ª Sessão Ordenaria da Conferência de chefes de Estados e de Governo da Comunidade Economica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a convite do seu homólogo da Nigéria Muhammadu Buhari.
Foto Arquivo

Segundo uma nota  do gabinete do Conselheiro do Presidente para a comunicação à que Agência de Noticias da Guiné(ANG) teve hoje acesso , a conferência decorre durante todo o dia de amanhã, 29 de junho em Abuja.

“Nesta sua deslocação,segundo a nota, o Presidente da Republica é acompanhado pelo ministro de Negócios Estrangeiro João Ribeiro Có e por dirigentes da Presidência da República.

Trata-se de mais uma cimeira de chefes de Estados e de Governos dos15  países membros da CEDEAO, consagrada a situação política da Guiné-Bissau, agravada com a cessação do mandato presidencial, deligências judiciais do parlamento para a substituição interina do presidente cessante pelo líder do parlamento.

Participam igualmente na cimeira o presidente da Assembeia Nacional Popular, Cipriano Cassamá. 

ANG/LPG//SG

Pescas/Segurança alimentar


Participantes recomendam criação de condições para conservação do pescado no interior do país  

Bissau, 28 Jun 19 (ANG) – Os participantes do seminário sobre Estudo de Análise da Contribuição de Política e Estratégia Nacional de Pesca e Agricultura na segurança alimentar e nutricional na Guiné-Bissau, recomendaram a criação de condições para conservação do pescado no interior do país.

O seminário que foi realizado pelo Ministério da Pesca, teve a duração de dois dias e terminou na quinta-feira, no qual foram debatidos vários temas sobre a importância de pesca e agricultura no bem-estar alimentar e nutricional da população.

Os participantes recomendaram igualmente a subvenção das actividades de Pesca Artesanal, criação de unidade de produção de gelo, introdução de arcas com  painéis solares incorporado, maior acesso ao  pescado através de abastecimento regular do mercado, redução de preço de combustíveis para os pescadores nacionais, entre outras.

Em representação da ministra das Pescas, Raúl Jumpé garantiu que o Ministério da Pesca vai continuar com a sua política de segurança alimentar de modo a introduzir mais  indicadores nutricionais com a finalidade de melhor a situação de vida da população guineense.

“Os indicadores nutricionais são bastante importante para o bem-estar da população, por isso, é necessário se empenhar ainda mais neste sentido para que a própria população possa melhorar as suas condições nutricionais”, disse Jumpé.

Acrescentou que é bom criar as condições necessárias para que as actividades pesqueiras possam ter mais garantias em termos de conservação de pescado para que os consumidores possam consumir produtos com mais qualidades.
ANG/AALS/ÃC//SG

quinta-feira, 27 de junho de 2019

ANP


    Deputados  iniciam  debate de urgência sobre estado da democracia no país

Bissau,27 Jun 19(ANG) – Os deputados da Nação iniciaram hoje um debate de urgência sobre o estado da democracia no país face a caducidade do mandato do Presidente da República, requerido pelo Grupo Parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC).

O debate de urgência iniciou graças ao quórum de 54 deputados da maioria parlamentar constituída pelo PAIGC, APU-PDGB, União para Mudança e Partido da Nova Democracia tendo em conta que os deputados do Movimento para a Alternância Democrática(Madem G-15) e do Partido da Renovação Social(PRS), abandonaram a plenária.

O Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá disse que o requerimento do debate de urgência deu entrada no seu gabinete no passado dia 25 do corrente mês e teve um despacho favorável no mesmo dia após a reunião da Mesa e dos Grupos parlamentares da ANP.

O líder da Bancada Parlamentar do PAIGC,Califa Seidi, ao fundamentar na plenária os motivos que nortearam o requerimento do referido debate de urgência, afirmou que a jovem democracia da Guiné-Bissau sofreu um profundo abalo com as recentes investidas dos responsáveis políticos e a coberto da defesa dos seus direitos legalmente protegidos.

 Seide disse que este facto tem sido efectuado no sentido claramente de inviabilizar  o retorno à normalidade constitucional na Guiné-Bissau.

“O PAIGC, partido de Cabral e dos combatentes da liberdade da pátria, perante sinais evidentes de destruição paulatina dos ideais em que se alicerça o nosso regime democrático pelas forças antidemocráticas,  que tudo fazem para desmoronar o nosso Estado e o PAIGC em função, da sua responsabilidade perante o Povo e do compromisso com a causa nacional decidiu requerer o presente Debate de Urgência ”, explicou.

O líder da Bancada Parlamentar do PAIGC informou que o debate de urgência tem como propósito  provocar uma discussão séria e desapaixonada sobre o estado da democracia no país.

“Se não vejamos, nos termos do artigo segundo da Constituição da República, a soberania nacional da Guiné-Bissau reside no Povo”, explicou, acrescentando que por via disso, o Povo expressou livremente a sua vontade através do voto popular no pretérito dia 10 de Março do ano em curso”, disse.

Declarou que, após o pleito eleitoral o PAIGC obteve 47 mandatos permitindo assim uma maioria relativa dos 102 deputados.

Salientou que como é do conhecimento público, o PAIGC com os partidos com o qual celebrou um Acordo de Incidência Parlamentar, criaram  as premissas básicas para uma governação com inequívocas possibilidades de fazer aprovar todos os documentos essenciais de governação na ANP.

“Com o efeito, volvidos mais de 100 dias após a proclamação dos resultados eleitorais, é que o Presidente da República cessante , José Mário Vaz se dignou enviar uma nota ao PAIGC, enquanto partido vencedor das legislativas, para indicar o seu candidato ao cargo do primeiro-Ministro”, frisou.

Califa Seide sublinhou que, José Mário Vaz convocou consultas com os partidos políticos com assento parlamentar, no início do corrente mês, sem mencionar nenhum nome para o cargo de primeiro-ministro.

“Só depois da referida auscultação é que o Presidente da República pretende buscar um nome para o lugar de primeiro-ministro. Quer dizer que as suas consultas com os partidos com o assento parlamentar foi apenas uma farsa para poder dizer que cumpriu as formalidades constitucionais” disse.

Afirmou que, normalmente nestas situações o Presidente da República devia convidar antes o partido vencedor das eleições para avançar com um nome para depois submetê-lo aos restantes partidos no sentido de ouvir as suas opiniões. ANG/ÂC//SG  

Senegal


                   Yahya Jammeh acusado de violações e abusos sexuais
Bissau, 29 jun 19 (ANG) – Um relatório elaborado pela Human Rights Watch em parceria com a ONG suíça TRIAL International, apresentado quarta-feira em Dakar, no Senegal acusa  o antigo ditador da Gâmbia, Yahya Jammeh de ter obrigado mulheres a manter relações sexuais com ele, usando a força ou pressões morais e financeiras, enquanto esteve no poder, entre 1994 e 2017. 
Este documento que assenta nas denúncias de pelo menos 3 mulheres, baseia-se também nos testemunhos de antigos colaboradores do ex-presidente que se encontra actualmente a viver na Guiné equatorial desde 2017.
Durante a apresentação do relatório em Dakar, a Human Rights Watch referiu que Jammeh "tratou as mulheres gambianas como se fossem objectos". De acordo com os defensores dos Direitos Humanos, o ex-presidente e alguns dos seus antigos colaboradores recorreram à "coerção, impostura e violência" para obter favores sexuais, sendo que havia represálias contra as mulheres que recusavam ceder às pressões do antigo ditador.
Entre as alegadas vítimas citadas no relatório, encontra-se Fatou Jallow, a única que optou por testemunhar em nome próprio. Ela refere que em Dezembro de 2014, então com 18 anos e recém-eleita "rainha de beleza" num concurso transmitido na televisão, foi convidada durante 6 meses em diversas ocasiões por Jammeh que lhe ofereceu presentes e a pediu em casamento, o que ela recusou. Em Junho de 2015, de acordo com a jovem, o antigo presidente fechou-a numa das divisões do seu palácio, ameaçou-a de morte, injectou-lhe uma substância, imobilizou-a e em seguida violou-a. Poucos dias depois, ela acabou por fugir para o Senegal.
Duas outras mulheres que testemunharam anonimamente indicam igualmente ter sido alvo de abusos sexuais. Uma quarta mulher, Fatoumata Sandeng, cantora conhecida em 2015 e filha de um opositor, afirma ter sido forçada por colaboradores de Yahya Jammeh a deslocar-se para a aldeia dele, só tendo tido a possibilidade de sair do seu hotel ao fim de três dias sem ter tido nenhum contacto com ele. Fatoumata Sandeng acredita que a intenção teria sido de a "apanhar numa armadilha".
Ainda de acordo com o relatório , neste esquema em que o Presidente também contratava "protocol girls", jovens mulheres que trabalhavam como assistentes mas que acabavam invariavelmente por ser alvo de abusos sexuais, Yahya Jammeh era ajudado por Jimbee Jammeh, uma prima, que tinha a responsabilidade de recrutar e vigiar as alegadas vítimas.
Yahya Jammeh que, para além dos abusos sexuais  denunciados, é acusado pelo actual governo do seu país de ter desviado pelo menos 362 milhões de Dólares, é suspeito também de ter mandatado execuções sumárias, torturas, perseguições a opositores e jornalistas e outros atropelos durante os 22 anos em que esteve no poder.
Chegado à presidência da Gâmbia através de um golpe de Estado, Jammeh saiu do poder sob pressão regional, depois de uma crise pós-eleitoral provocada pela sua recusa em reconhecer a sua derrota nas presidenciais de 2016. Desde esse período, encontrou refúgio na Guiné-Equatorial.
Em 2018, foi instituída uma Comissão Verdade e Reconciliação (TRRC) para investigar os presumíveis crimes cometidos pelo antigo ditador. Neste mês de Junho, esta entidade composta por 11 comissários independentes encetou a sua quinta serie de audiências, estando previstas sessões dedicadas às violências sexuais.
Antes do início dos trabalhos desta comissão, o actual Presidente da Gâmbia, Adama Barrow, indicou que iria esperar pelo fim da investigação da TRRC para se pronunciar quanto a um pedido de extradição. Para Reed Brody, conselheiro jurídico e porta-voz da Human Rights Watch, Yahya Jammeh tem de ser extraditado e julgado na Gâmbia. ANG/RFI

ANP


       Satú Camará eleita segunda vice-presidente do parlamento guineense

Bissau,27 Jun 19(ANG) – A deputada Satú Camará, do Movimento para a Alternância Democrática(Madem G-15), foi eleita terça-feira segunda vice-presidente da Assembleia Nacional Popular guineense com 54 votos a favor dos deputados da maioria parlamentar.

Antes da  votação, os deputados do Madem G 15 e do Partido da Renovação Social(PRS), abandonaram a sala, em protesto, porque também queriam votar um nome para o primeiro secretário da mesa, algo que não estava na Ordem do Dia.

A Comissão Permanente do Movimento para a Alternância Democrática(Madem G-15), indicou na passada sexta-feira o nome da deputada Satú Camará para o cargo de segunda vice presidente da mesa do parlamento guineense em substituição de Braima Camará que abdicou das referidas funções, após o seu nome ter sido chumbado por duas vezes.

O deputado Domingos Quadé, da Bancada Parlamentar do Partido da Renovação Social(PRS), disse lamentar o que aconteceu  na ANP, acrescentando que os valores da democracia foi quebrado na casa onde é produzido.

“A Mesa da ANP não é uma qualquer porque é uma estrutura importante para o Estado, mas o PAIGC está habituado a práticas de actos que não vão em consonância com os valores da democracia. A título de exemplo fecharam o parlamento durante três anos”, disse.

O líder da Bancada Parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), elogiou os deputados da maioria parlamentar pela “demonstração de atitudes democrática” nesta décima legislatura.

 “Quremos felicitar os deputados tanto do PAIGC, APU-PDGB, União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia para mais uma demonstração de atitudes democráticas que devem orientar a X legislatura”, elogiou Califa Seide.

Disse reconhecer que na democracia é a maioria que vence, acrescentando que a minorai tem todo o direito de abandonar a plenária de forma a manifestar alguma indignação ou não aceitação de algo.ANG/ÂC//SG
.

Itália


                            Navio de migrantes  fura bloqueio italiano
Bissau, 27 jun 19 (ANG) - O navio humanitário Sea-Watch forçou nesta quarta-feira (26) o bloqueio das águas territoriais italianas, apesar das ameaças de Matteo Salvini, para tentar desembarcar na ilha de Lampedusa os 42 imigrantes presos a bordo por duas semanas.
"Decidi entrar no porto de Lampedusa, sei o que estou arriscando, mas os 42 que náufragos estão exaustos e eu os levo para um local seguro", disse no Twitter a jovem capitã alemã do navio, Carola Rackete, 31.
Com este ato, Carola desafia o ministro do Interior e número dois do governo italiano, Matteo Salvini, de extrema direita.
"Em 14 dias, nenhuma solução política ou legal foi possível, a Europa nos abandonou", acrescentou Sea-Watch, uma ONG alemã cujo navio homônimo navega com a bandeira holandesa.
Depois de navegar por dez dias ao longo da costa italiana, o navio cruzou a fronteira marítima ao meio-dia e parou no meio da tarde, em frente ao porto da ilha. Policiais da guarda costeira e da alfândega estavam bem próximos.
"Usaremos todos os meios democraticamente permitidos para bloquear esse insulto à lei", respondeu Matteo Salvini em um vídeo ao vivo no Facebook.
Salvini denunciou o "jogo político sórdido" da ONG, mas também a indiferença exibida pelos Países Baixos e pela Alemanha. Os governos de Berlim e Haia "responderão", segundo ele.
A jovem capitã de 31 anos e os responsáveis pelo Sea-Watch poderão agora enfrentrar um processo por auxílio à imigração ilegal, além de correrem o risco de terem o navio apreendido e pagarem uma multa de €50.000, de acordo com o  recente “decreto de segurança bis” de Salvini.        .
De acordo com estatísticas do Ministério do Interior, mais de 400 migrantes desembarcaram na Itália nas últimas duas semanas, muitos dos quais chegaram em pequenas embarcações em Lampedusa.
Na terça-feira, a Corte Européia de Direitos Humanos, tomada pela ONG alemã, recusou-se a intervir com urgência, pedindo à Itália que "continuasse a prestar toda a assistência necessária" às pessoas vulneráveis a bordo.
Dos 53 migrantes resgatados em 12 de junho pelo Sea-Watch da Líbia, a Itália já aceitou o desembarque de 11 pessoas vulneráveis (crianças, mulheres, doentes).
No continente, dezenas de cidades alemãs disseram que estavam prontos para acolher os migrantes, e o bispo de Turim (norte da Itália), Cesare Noviglia, anunciou segunda-feira que sua diocese poderia assumir o comando.
O sacerdote de Lampedusa, Carmelo La Magra, acampou durante vários dias nos degraus de sua igreja para exigir o desembarque de migrantes. Nas eleições europeias de maio, no entanto, a Liga, partido de Salvini, conquistou 45% dos votos na ilha.
Desde a chegada do governo populista ao poder na Itália, em junho de 2018, houve sucessivas crises ao redor migrantes presos em navios de salvamento até que um acordo de distribuição entre vários países europeus os permitisse desembarcar.
Em janeiro, 32 migrantes resgatados pelo Sea-Watch permaneceram presos por um recorde de 18 dias a bordo antes de poderem descer em Malta.
"É grave que a capitã não tenha outra escolha que não honrar o seu senso de responsabilidade ao preço de consequências pessoais", reagiu Carlotta Sami, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR ) na Itália.
"O ACNUR pede revisão do decreto segurança bis e a organização de um sistema de resgate e desembarque. A criminalização das ONGs deve acabar", acrescentou ela, enquanto as organizações internacionais têm repetido estes dias que não foi possível enviar os migrantes de volta ao caos líbio.  ANG/RFI/AFP


quarta-feira, 26 de junho de 2019

Tempestade de Binar


  Sinistrados  já beneficiaram  de 3.500 dos seis mil chapas de zinco  necessários

Bissau,26 Jun 19(ANG) – O deputado da bancada do  partido Aliança do Povo Unido(APU-PDGB), para o Círculo Eleitoral 5, afirmou que já estão a entregar alguns donativos aos sinistrados da tempestade que assolou no passado dia 18 do corrente mês, a secção de Binar, sector de Bissorã, no norte do país e que devastou cerca de 60 casas e cacifos comerciais.

“Já recebemos importantes ajudas dentre as quais, de dois mil chapas de zinco da parte  do administrador da empresa Cheta e que já foram distribuídos para os proprietários de 10 casas destruídas pelos ventos fortes, tendo cada um beneficiado de  200 chapas”, explicou Umaro Conté em declarações exclusivas à ANG.

Conté informou ainda que no passado sábado, o Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá se deslocou à secção de Binar acompanhado de alguns dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), tendo dado  apoio  pessoal ás vítimas da tempestade, no valor de 200 mil francos CFA, 20 sacos de arroz e 30 litros de óleo alimentar.

O deputado da Nação sublinhou que os populares de Binar beneficiaram ainda na manha de hoje, de uma doação de 1500 chapas de zincos da parte da empresa Chery Trading.

Anunciou igualmente que o Cônsul da índia no país prometeu desbloquear algum apoio ainda não especificado para os sinistrados de Binar, que estão a sofrer  debaixo de sol, orvalho e chuva principalmente as crianças.

“Lançamos um apelo às diversas entidades para que façam gestos em prol das populações que estão a sofrer devido a um fenómeno alheio as suas vontades”, disse o deputado Umaro Conté, frisando que até a data presente o Governo ainda não fez nenhum gesto de apoio e solidariedade para com as vítimas.
Por sua vez,  o Presidente da Comissão Encarregue de Levantamento dos Estragos da Tempestade disse que até o momento todas as ajudas angariadas não atingiram os 50 por cento do que os populares de Binar precisam.

Karam Samba Lamine Cassamá enalteceu apoios e prontidão dos cidadãos estrangeiros que trabalham no país, tendo apelado aos empresários nacionais para fazerem a mesma coisa.

Declarou que, de acordo com os levamentos feitos pela Comissão, são precisos seis mil chapas de zincos para a cobertura de todas as casas atingidas pela tempestade em  Binar.ANG/ÂC//SG

Pescas


Bissau acolhe ateliê sobre redução de capturas de   tartarugas e aves marinhas na Sub-Região

Bissau,26 Jun 19(ANG) – Cerca de 30 técnicos de países membros da Comissão Sub Regional de Pescas(CSRP), nomeadamente a Guiné-Bissau, Cabo Verde, Gâmbia, Senegal, Mauritânia e Serra Leoa, participam entre os dias 26 e 27 do corrente em Bissau num ateliê de Regulamentação de Práticas de Redução de Capturas de tartarugas e aves marinhas na sub-região.

Ao presidir a abertura do seminário em representação da ministra das Pescas da Guiné-Bissau, o Director Geral da Pesca Industrial, Carlos Nelson Sanó disse que a escolha do país para a realização do evento constitui motivos de grande satisfação e uma boa opção por ser o que abriga o maior número de espécies de tartarugas marinhas.

A título de exemplo,Sanó  informou que a Ilha de Poilão, no Arquipélago dos Bijagós, é o santuário de tartarugas verdes, olivas, de escamas, de couros e cabechudas ou seja dispõe de cinco das sete espécies existentes no mundo.

O Director Geral da Pesca Industrial sublinhou que  o Arquipélago dos Bijagós é o local onde as referidas espécies de tartarugas marinhas desovam anualmente conforme os estudos do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas(IBAP).

Disse que, de igual modo, o Arquipélago de Bijagós constitui um santuário para as grandes variedades das aves marinhas migratórias e que escolhem a Guiné-Bissau para repousar, fruto das condições que as ilhas oferecem em termos de ecossistema.

Aquele responsável salientou que as espécies em referência cuja conservação vai ser debatida nos dois dias do ateliê, atira a atenção sobre a necessidade de se manter o empenho nos estudos, porque são ainda muito poucas as informações recolhidas.

Carlos Sanó declarou que estudos feitos  noutros países  apontam existência de  fortes ameaças de extinção das referidas espécies.

segundo Nelson Sanó, historicamente, as principais ameaças das tartarugas marinhas na Guiné-Bissau têm a ver com as capturas das fêmeas produtoras  e a colheita dos seus ovos  quando sobem às praias para desovarem.

Afirmou ainda que as carnes e ovos das tartarugas são usados para o consumo local e ocasionalmente associadas à cerimónias de caracter social e religiosa. Referiu  que as capturas acidental ou intencional nos mares por embarcações de pescas industriais é outra ameaça importante.ANG/ÂC//SG


CAN-2019


Dois golos em três minutos dão triunfo aos Camarões contra a Guiné-Bissau na abertura do grupo F

Bissau,26 Jun 19 (ANG) - A Guiné-Bissau deu luta quanto-baste ao detentor do Campeonato das Nações Africanas (CAN), mas acabou por sucumbir à eficácia e sentido de aproveitamento dos Camarões.

A seleção treinada por Clarence Seedorf teve vida difícil, mas venceu os djurtus, por 2-0, no jogo de abertura do grupo F da edição de 2019 da prova.

O conjunto orientado por Baciro Candé surgiu em campo com mais de metade da equipa com jogadores das ligas portuguesas no onze inicial: Jonas Mendes (Ac. Viseu), Mamadu Candé (Santa Clara), Nadjack (Rio Ave), Juary (Mafra), Sori Mane (Cova da Piedade) e Mendy (V. Setúbal). E não se amedrontou perante os leões indomáveis.

Para quem esteve em risco de não participar no CAN devido ao pedido de prémio de presença na prova por parte dos jogadores, os Camarões entraram a tentar impor superioridade, mas com poucos resultados práticos. ANG/Lusa

EUA


                                            Novas sanções  contra o Irão
Bissau, 26 jun 19 (ANG) - O Presidente americano anunciou terça-feira novas sanções visando directamente o Guia Supremo Iraniano Ali Khamenei, o chefe da diplomacia Mohammad Javad Zarif e outros altos dirigentes iranianos.
As novas sanções são anunciadas num contexto de escalada entre os Estados Unidos e o Irão que aumentou substancialmente depois de aquele país abater na semana passada um drone americano na região do golfo alegando que se encontrava no seu espaço aéreo, argumentos confirmados  por Moscovo e desmentidos por Washington.
O Irão já sob forte pressão americana, é alvo de novas sanções por parte de Donald Trump que  assinou um decreto impedindo "o Guia Supremo, a sua equipa e outros que estão estreitamente ligados a ele de ter acesso a recursos financeiros essenciais", o que representaria de acordo com a administração americana "biliões de Dólares de activos".
Em resposta o Presidente iraniano ironizou, "Sanções para quê?", Hassan Rohani referindo, com efeito, que os dirigentes iranianos, contrariamente a outros, não têm biliões em contas no estrangeiro, antes de rematar que "a Casa Branca sofre de distúrbios mentais".
Apesar de ainda na terça-feira os Estados Unidos terem afirmado que "a porta para as negociações continua aberta", Teerão considerou que através destas medidas Washington "está a fechar de forma permanente a via da diplomacia".
 A reacção do Irão é "insultante e traduz a sua ignorância" lançou por sua vez  no Twitter Donald Trump.
Perante esta escalada, na sequência de uma reunião  sobre o Irão, o Conselho de Segurança da ONU, a França, a Alemanha e o Reino Unidos apelaram à "contenção" e reafirmaram o "seu empenho na aplicação integral" do acordo sobre o nuclear Iraniano assinado em 2015 e do qual Trump se desvinculou no ano passado. No mesmo sentido, a Rússia, aliada de Teerão, ao confirmar que o drone americano neutralizado na semana passada se encontrava no espaço aéreo do Irão, também qualificou de "imprudentes" as novas sanções americanas contra aquele país.
Mas à medida que se aperta o cerco em torno do Irão, esse país também torna mais concretas as suas pressões sobre os seus parceiros internacionais e em particular europeus que até ao momento não conseguiram implementar o seu prometido mecanismo para contornar as sanções americanas.
Um alto responsável iraniano citado pela agência oficial Fars informou que a partir do dia 7 de Julho, o Irão iria deixar de cumprir dois dos seus compromissos relativos ao seu programa nuclear.
Face a este anúncio Paris já reagiu considerando que uma violação iraniana do acordo de 2015 seria "um erro grave". Para o chefe da diplomacia francesa, Jean Yves le Drian, isto poderia constituir "uma resposta inadequada à pressão exercida pelos Estados Unidos". ANG/RFI

Crise política


                          Ex-presidente da Nigéria critica José Mário Vaz

Bissau, 26 jun 19 (ANG) -  O ex-presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo criticou ao presidente cessante, José Mário Vaz e revela que tem se comparado aos presidentes de países vizinhos, de regimes presidencialistas.

Em entrevista à Lusa, em Lisboa,(Portugal) Obasanjo considerou lamentável a actual sitação política na Guiné-Bissau, onde o presidente da República cessante,José Mário Vaz continua sem dar posse ao elenco governamental proposto pelo partido vencedor das eleições de 10 de março(PAIGC), depois de ter recusado a indicação para primeiro-ministro do seu líder , Domingos Simões Pereira.

“José Mário Vaz tem que entender que a Constituição da Guiné-Bissau  prevê a partilha do poder executivo entre o Presidente , o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia Nacional Popular”, disse o antigo mediador  da CEDEAO na crise política guineense despoletada com a demissão de Domingos Simões Pereira, em 2015.

Para Obasanjo, o maior problema da Guiné-Bissau reside no facto de  Mário Vaz se querer comparar aos chefes de Estado dos países vizinhos, nomeadamente do Senegal, que têm regime presidencialista.

Revelou que certa vez, José Mário Vaz se queixou de ter sido eleito tal como o Presidente do Senegal e de “nem sequer ter um orçamento”.

“Na Guiné-Bissau, o orçamento tem de ser preparado pelo primeiro-ministro e aprovado pelo parlamento e ele não compreende isso. Este é que é o problema”, referiu.

Disse que sugeriu ao José Mário Vaz que, se quer exercer o poder como o presidente do Senegal que altere a Constituição e depois de eleito  com a nova Constituição  poderá exercer plenamente o poder executivo.

O ex-presidente da Nigéria admitiu como possível um cenário em que  Mário Vaz possa recusar de  abandonar o poder , em caso de derrota nas eleições de 24 de novembro.

“Não sabemos o que ele fará, mas pelo que tem feito até agora, não podemos excluir nenhuma possibilidade”, disse.

Por isso, Obasanjo defende que, perante um cenário em que o Mário Vaz seja derrotado e se recuse a abandonar o poder,  a CEDEAO terá de assumir a sua responsabilidade.
“Fizemos isso na Gâmbia. Foi feito também na Costa do Marfim. Penso que se perder as eleições será aconselhado a deixar o poder”, disse. ANG/Lusa



Política


           Líder do PAIGC acusa Jóse Mário Vaz de tentar um “golpe de Estado”
Bissau, 26 jun 19 (ANG) - O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, acusou,  terça-feira, o Presidente cessante, José Mário Vaz  de tentar realizar um “golpe de Estado”,  para nomear um governo de iniciativa presidencial.
Domingos Simões Pereira fez esta acusação numa  conferência de imprensa, na qual explicou  as razões pelas quais o partido desistiu de indicar o seu nome para o cargo de primeiro-ministro.
"Na sexta-feira, durante todo o dia, mas sobretudo à noite,  José Mário Vaz montou toda uma operação de golpe de Estado e que consistia, primeiro, em nomear o  Edmundo Mendes ou o Malam Sambu como primeiro-ministro, e a ocupação de todas as instituições públicas por elementos das forças da defesa e segurança antes da nomeação e empossamento de um governo da sua iniciativa", afirmou Domingos Simões Pereira.
O presidente do PAIGC explicou que a "intenção não foi consumada ou terá sido abortada", porque dois dos seus "principais colaboradores" (referindo-se a Braima Camará, coordenador do Madem-G15, e Sola Nanquilim, vice-presidente do PRS) o "teriam avisado de que as estruturas de apoio poderiam não suster a reacção de outras forças de defesa e segurança e a fúria popular".
Por outro lado, Domingos Simões Pereira disse suspeitar que José Mário Vaz “não teria recebido luz verde do padrinho da sub-região (o Presidente do Senegal, Macky Sal), que tem coordenado toda esta operação e outros desmandos do Presidente José Mário Vaz".
Em nome da maioria parlamentar, Domingos Simões Pereira, também disse que o Presidente da República condiciona a formação do governo à prorrogação do seu mandato pelo Parlamento.
“O Presidente da República disse ao primeiro-ministro que não iria tratar do dossier porque aguarda que o Parlamento prorrogue o seu mandato”, afirmou Domingos Simões Pereira.
A maioria parlamentar alertou que a partir de agora qualquer acto associado ao posto do Presidente da República é susceptível de um processo-crime.
Domingos Simões Pereira disse que os partidos da maioria parlamentar vão formar Governo e exigir a responsabilização de quem não cumpre regras democráticas.
José Mário Vaz cumpriu cinco anos de mandato no domingo(23) e apesar de a CEDEAO ter pedido a nomeação de um Governo, o Presidente guineense continua sem o nomear. ANG/RFI