Donald Trump aconselha Reino Unido a não pagar a conta do Brexit
Bissau, 03 jun 19 (ANG) - O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, aconselhou o Reino Unido a não pagar a conta da separação da
União Europeia, um montante que poderia chegar a € 45 bilhões, caso as
negociações com Bruxelas não atendam às expectativas de Londres.

“Se você não conseguir o acordo que você quer, eu sairia”,
afirmou o republicano, na entrevista. “Se eu fosse eles, não pagaria US$ 50
bilhões de dólares”, disse o presidente, em referência ao valor anunciado por
Londres como previsto no orçamento plurianual europeu em curso (2014-2020), que
inclui um período de transição, acertado no acordo de divórcio.
O projeto foi firmado em novembro entre os britânicos e a União
Europeia, mas ainda não foi ratificado.
O presidente sugeriu que um dos principais defensores do Brexit,
o populista Nigel Farage, negocie a saída do bloco europeu. Elogiado por Trump
na entrevista, Farage foi o vencedor das eleições europeias no Reino Unido, na
semana passada. “Eu tenho muita estima por ele. Ele tem muito a oferecer”,
avalia Trump.
A viagem oficial do americano começa nesta segunda-feira (3),
com um encontro com a rainha Elizabeth II. Estão previstos grandes protestos
contra Trump, que não se constrangeu a comentar a política interna britânica
nos últimos dias.
O presidente americano prometeu fechar rapidamente um acordo
comercial bilateral entre os Estados Unidos e o Reino Unido, assim que o Brexit
se concretizar. “Fazemos muito pouco em relação ao que poderíamos fazer com o
Reino Unido – que eu acho que será bem mais do que com a União Europeia”,
comentou, ao Sunday Times.
A saída do Reino Unido da UE estava prevista para 29 de março, mas
foi adiada para 31 de outubro, depois que a primeira-ministra Thereza May não
conseguiu aprovar o projeto de acordo no Parlamento britânico. Por conta do
fracasso, ela vai deixar o governo nesta semana, na sexta-feira (7).
No sábado, Trump defendeu, em outra entrevista, que o
ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson, apoiador do Brexit, deveria
assumir o cargo de premiê. “Ele faria um ótimo trabalho”, disse o americano, ao
tabloide The Sun.
ANG/RFI/AFP
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