Novas
sanções contra o Irão
Bissau, 26 jun 19 (ANG) - O Presidente americano anunciou terça-feira
novas sanções visando directamente o Guia Supremo Iraniano Ali Khamenei, o
chefe da diplomacia Mohammad Javad Zarif e outros altos dirigentes iranianos.

O Irão já sob forte pressão americana, é alvo de novas sanções
por parte de Donald Trump que assinou um
decreto impedindo "o Guia Supremo, a sua equipa e outros que estão
estreitamente ligados a ele de ter acesso a recursos financeiros
essenciais", o que representaria de acordo com a administração americana
"biliões de Dólares de activos".
Em resposta o Presidente iraniano ironizou, "Sanções para
quê?", Hassan Rohani referindo, com efeito, que os dirigentes iranianos,
contrariamente a outros, não têm biliões em contas no estrangeiro, antes de
rematar que "a Casa Branca sofre de distúrbios mentais".
Apesar de ainda na terça-feira os Estados Unidos terem afirmado
que "a porta para as negociações continua aberta", Teerão considerou
que através destas medidas Washington "está a fechar de forma permanente a
via da diplomacia".
A reacção do Irão é
"insultante e traduz a sua ignorância" lançou por sua vez no Twitter Donald Trump.
Perante esta escalada, na sequência de uma reunião sobre o Irão, o Conselho de Segurança da ONU,
a França, a Alemanha e o Reino Unidos apelaram à "contenção" e
reafirmaram o "seu empenho na aplicação integral" do acordo sobre o
nuclear Iraniano assinado em 2015 e do qual Trump se desvinculou no ano
passado. No mesmo sentido, a Rússia, aliada de Teerão, ao confirmar que o drone
americano neutralizado na semana passada se encontrava no espaço aéreo do Irão,
também qualificou de "imprudentes" as novas sanções americanas contra
aquele país.
Mas à medida que se aperta o cerco em torno do Irão, esse país
também torna mais concretas as suas pressões sobre os seus parceiros
internacionais e em particular europeus que até ao momento não conseguiram
implementar o seu prometido mecanismo para contornar as sanções americanas.
Um alto responsável iraniano citado pela agência oficial Fars
informou que a partir do dia 7 de Julho, o Irão iria deixar de cumprir dois dos
seus compromissos relativos ao seu programa nuclear.
Face a este anúncio Paris já reagiu considerando que uma
violação iraniana do acordo de 2015 seria "um erro grave". Para o
chefe da diplomacia francesa, Jean Yves le Drian, isto poderia constituir
"uma resposta inadequada à pressão exercida pelos Estados Unidos".
ANG/RFI
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