Política/Vice Presidente da APU-PDGB diz que o país está numa situação “completamente anormal”
Bissau,09
Jul 24(ANG) – O Vice-presidente do partido Assembleia do Povo
Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), disse , segunda-feira,que o país
está numa situação “completamente anormal”.
Augusto
Gomes reagia à DW-África, ao anúncio da data de 24 de
novembro do ano em curso para realização de eleições legislativas anteciapadas
feira pelo Presidente da República,
Umaro Sissoco Embaló, segunda-feira.
“Portanto, o Presidente da República tem ainda espaço para
fazer as duas eleições, porque é dessa decisão dele que poderemos reconstituir as instituições da
República, quer seja a Assembleia que foi dissolvida ilegalmente e que levou o
país a estar numa situação politicamente anormal, quer na reconstituição das outras
instituições como a Comissão Nacional Eleitoral (CNE)”, salientou.
Mendes afirmou que vários partidos defendem que as eleições que
devem ser convocadas ainda no decurso deste ano são as presidenciais e não as
legislativas, sustentando que o mandato do Presidente termina em Fevereiro de
2025. Assim sendo, a escolha do novo chefe de Estado deve ser feita antes
disso.
Gomes
diz que, para que o novo Presidente da
República possa ser eleito e tomar posse antes de se verificar a vacatura no
exerc+ício presidencial é necessário que as eleições aconteçam antes do termo
do mandato de Umaro Sissoco Embaló, pelo
que as eleições deverão ter lugar antes do termino do ano em curso(2024).
“O facto de ele se referir às eleições
legislativas segunda-feira, na sua saída para a visita de Estado à República
Popular da China, não vemos isso como uma situação em que o Presidente não
marque as eleições presidenciais ou eleições gerais”, afirmou.
O
político que se demitiu do Governo recentemente em obediência as orientações do
seu partido diz que o país está dividido e que será de interesse do
Presidente da República e de todos os cidadãos da Guiné-Bissau e da comunidade
internacional que a magistratura de influência de Umaro Sissoco
Embaló sirva para juntar os guineenses e não para os dividir.
Acrescentou que o Presidente
da República tem a responsabilidade de marcar as eleições gerais e permitir que
o país reconstitua as suas instituições republicanas.
Augusto mendes criticou que as divisões internas que estão a acontecer ao nível dos partidos políticos e com interferências de outras instituições da soberania não é bom para a democracia nem para o Estado de direito democrático. “Os partidos são estruturas essenciais para a democracia e devem ter a liberdade de exercer a sua atividade dentro do quadro da Lei dos partidos políticos”, frisou Gomes. ANG/JD/ÂC//SG
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