Associativismo juvenil/Bissau
acolhe Fórum sub-regional juvenil em 2022
Bissau, 29 nov 21
(ANG) – A Guiné-Bissau acolhe no próximo ano, o Fórum sub-regional da Juventude
sobre a Participação Política, Desenvolvimento Sustentável e Dividendo Demográfico.
A propósito, o Fórum
Nacional da Juventude e População realizou cinco sessões de pré-conferências
nacionais para reforçar as capacidades dos jovens em termos de conhecimento
sobre temas que serão objectos de discusão e abordagem no referido Fórum, à
decorrer em Bissau, no primeiro trimestre de 2022.
Nessas sessões, os
participantes debateram temas ligados a
problemática de casamento precoce e Violência Baseado no género e os seus
contornos na saúde, educação e emancipação social dos jovens raparigas e
adolescentes, o papel da sociedade no seu combate.
A mutilação Genital
Feminina e suas consequências na saúde
sexual reprodutiva, o planeamento Familiar e métodos contraccetivos - as suas
vantagens na promoção de saúde sexual reprodutiva,(prevenção da gravidez precoce/
indesejada e VIH/ SIDA), foram outros temas destacadas no evento.
A quinta e última
sessão de pré-conferência nacionais, que juntou 25 delegados adolescentes e
jovens do Sector Autónomo de Bissau, Bolama e sector de Bubaque, que docerreu este
fim de semana em Bissau, sob o lema: “ Dar a voz à Juventude”, com apoio
financeiro e técnico do Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA).
Ao presidir a abertura
dos trabalhos, em representação da UNFPA
na Guiné-Bissau, Ana Leonie Lopes exortou os jovens para aproveitarem a oportunidade para debater e refletir sobre os principais
problemas que os afectam , trocar experiências e ideias para, em conjunto,
estabelecer estratégias que permitem chegar à soluções sustentáveis.
Ana Lopes salientou que
lidar com situações dos jovens é primordial para alcançar um desenvolvimento
sustentável e de longo prazo, graças ao papel critico que desempenham no
desenvolvimento social e economico.
Acrescentou que o
bem estar dos jovens requer a elaboração de politicas e programas
que levam em consideração todo o seu percuso de vida, o contexto da sua vivência
e o respeito, proteção promoção dos seus direitos.
Ana Leonie Lopes
disse que na Guiné-Bissau os jovens enfrentam uma série de desafios com impacto
adversos, tais como altas taxas de casamento infantil, de natalidade em
adolesentes, de gravidez precoce,, saúde debilitada incluindo a saúde sexual
reprodutiva, aumento de gravidez indesejadas e falta de oportunidade de
formação .
Reiterou a vontade de
trabalhar para criar um ambiente em que os jovens sintam confiante e esperançados
de que são capazes de ter o controlo do seu futuro.
O Secretário
Executivo do Fúrom Nacional da Juventude e População FNJP Baite Badjana disse
ter se percebido, ao longo dos quatro pré-conferências realizadas na regiões da
Bafatá, sector de Buba, região de Quinará, Mansoa, região de Oio e Canchungo,
região de Cacheu, que os jovens continuam a ter dificuldades relativamente às
informações que lhes garantam uma vida sexual responsavel.
Acrescentou que mesmo
que alguns tenham conhicemento da existência de uma estrutura sanitária onde
podem receber informações que lhes orientam para terem uma vida sexual
responsvel não conseguem devido a distância que há entre as comunidades e os centros
de saúde.
“Toda essa situação
não contribui para uma boa saúde sexual reprodutiva, para promoção do direito à
saúde sexual dos jovens e muito menos na redução de casamento precoce, com
maior incidência nas regiões de Quinará e Tombali”, disse o Secretário do FNJP.
Baite Badjana pediu mais abordagens sobre essas questões, por serem assuntos ligados a
cultura,portanto, difíceis de abolir.
ANG/LPG/ÂC//SG