Ucrania/Parlamento russo ractifica tratados de anexação de quatro regiões ucranianas
Bissau,04 out 22(ANG) – A Duma, câmara baixa do parlamento russo,
ractificou segunda-feira os tratados de anexação das repúblicas populares de
Donetsk e Lugansk e das regiões de Kherson e Zaporijia, todas em território
ucraniano, assinados na sexta-feira pelo Presidente Vladimir Putin.
As leis de ratificação foram votadas uma a uma e receberam o apoio unânime
dos deputados russos, que aplaudiram o resultado da votação, realizada de modo
eletrónico.
Putin formalizou na sexta-feira em Moscovo a anexação destas quatro regiões
ucranianas, áreas parcialmente ocupadas pela Rússia no leste e sul da Ucrânia,
após a realização de referendos, considerados ilegais por grande parte da
comunidade internacional.
As quatro regiões representam cerca de 15% do território da Ucrânia, ou
cerca de 100.000 quilómetros quadrados, um pouco mais do que a dimensão de
países como a Hungria e Portugal ou um pouco menos do que a Bulgária, segundo a
agência espanhola EFE.
A Federação Russa, que tem mais de 147 milhões de habitantes, ultrapassará
os 150 milhões com estas anexações.
Uma grande parte dos países e das organizações da comunidade internacional
condenou estas anexações, dizendo que são o resultado de “falsos referendos”,
comprometendo-se a não reconhecer qualquer validade a esta decisão.
A ofensiva militar lançada a 24 de Fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou
já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados
internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais
recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na
Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a
necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da
Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem
respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de
sanções políticas e económicas.ANG/Inforpress/Lusa
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