Enviado da ONU pede “maturidade e moderação” pós-eleições
Bissau,03 Jan 20(ANG) - O enviado especial do
secretário-geral da ONU à África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, felicitou a
Comissão Eleitoral da Guiné-Bissau pelo anúncio dos resultados das eleições
presidenciais de 29 de dezembro.
O órgão proclamou o candidato Umaro Sissoco Embaló, do
Movimento para a Alternância Democrática, Madem-G15, vencedor da corrida
eleitoral.
O presidente eleito, apoiado pelo Movimento para a
Alternância Democrática, Madem-G15, obteve 53, 55% dos votos, enquanto o
vencedor do primeiro turno, Domingos Simões Pereira, do PAIGC, obteve 46,45%
dos votos válidos.
O presidente-eleito é major-general na reserva e antigo primeiro-ministro.
De acordo com
autoridades eleitorais, o índice de abstenção foi de mais de 27% e superior ao
do primeiro turno, quando um quarto dos eleitores não compareceu às urnas.
Chambas esteve no país acompanhando as atividades do
pleito entre 28 a 31 de dezembro. O enviado elogiou os guineenses pelo “bom
andamento das eleições e pelo clima pacífico que prevaleceu durante todo o
processo eleitoral”.
O também chefe do Escritório da ONU para a África
Ocidental e o Sahel, Unowas, elogiou os dois candidatos pela “tolerância e
elegância em aceitar os resultados”. O representante apelou ainda a todos os
membros das forças políticas que continuem mostrando “maturidade e moderação
durante esse período pós-eleitoral”.
A nota do enviado especial da ONU destaca que a
Comissão Eleitoral teve uma condução exemplar do processo, o que segundo
Chambas “marca um importante passo à frente no desenvolvimento democrático da
Guiné-Bissau”.
O enviado concluiu reiterando o compromisso das Nações
Unidas de continuar a apoiar o governo e o povo da Guiné-Bissau em seus
esforços para consolidar a paz e o desenvolvimento na nação africana de língua
portuguesa.
De acordo com agências de notícias, logo após o
resultado, na quarta-feira, o candidato derrotado Domingos Simões Pereira
contestou a apuração afirmando que houve denúncias de irregularidades em
algumas partes do país. Ele disse que levará o tema à liderança do PAIGC para
estudar que providências jurídicas serão tomadas. ANG//Africa21Digital
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