Bissau,06
Jan 20(ANG) - O candidato derrotado na segunda volta das eleições presidenciais
da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, reclama a sua eleição na segunda
volta das eleições presidenciais do passado domingo com 53%, embora os
resultados provisórios anunciados pela Comissão Nacional de Eleições(CNE),
confirmassem que foi o seu adversário Umaro Sissoco Embalo.
"Nós
recebemos um conjunto de elementos que foram tratados pela nossa diretoria da
campanha e que mereceu análise bastante aturada e a projeção na altura apontava
exatamente para os números que agora foram conferidos ao nosso adversário, que
é 53%",afirmou Domingos Simões Pereira.
Em
conferência de imprensa no sábado, 04 janeiro, num dos hotéis da capital
Bissau, Simões Pereira fez lembrar aos guineenses e à CNE que a sua candidatura
somente está a exigir que a verdade seja dita em relação ao processo eleitoral
no país.
O
candidato que foi suportado pelo Partido Africana da Independência de Guiné e
Cabo-Verde (PAIGC) revela ainda que não sente complexidade de aceitar o
veredicto das urnas, mas decidiu avançar para o Supremo Tribunal de Justiça no
sentido deste órgão apreciar anomalias que decorreram no dia da votação a nível
do território nacional.
Segundo
Pereira, após o fecho das urnas a nível nacional, duas horas depois, o seu
adversário já tinha à sua deposição os dados do processo eleitoral, antes do
fim da recolha pela entidade competente, o que demonstra claramente uma
estranheza.
Para
além deste aspecto, a diretoria da campanha de DSP alega ainda outras anomalias
que se verificou no processo, como a verificação de atas sem carimbos e outras
com carimbos diferentes nos mesmos distritos e regiões; rasuras sobre os
números de apuramento; alterações sucessivas dos números do apuramento; atas
com números imprecisos, arbitrários e inscritos e entre outros.
Igualmente
líder do PAIGC, Simões Pereira diz que apesar deste imbróglio eleitoral que
está agora no Supremo Tribunal de Justiça, mantém confiança nos seus pares da
direção do partido e restantes dirigentes da formação política que governa a
Guiné-Bissau.
Questionado
pela imprensa sobre a sua continuidade à frente da liderança do partido, o
antigo primeiro-ministro guineense diz que esta decisão é da exclusiva
competência dos dirigentes e militantes do PAIGC.
Durante
a sua intervenção, o candidato que foi anunciado como derrotado, promete
continuar a sua luta para repor a verdade, utilizando as vias democráticas,
contudo pediu calma e serenidade aos militantes do PAIGC.
Segundo
os resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições guineense, Umaro
Sissoco Embaló venceu as presidenciais com 53,55% dos votos, enquanto Domingos
Simões Pereira obteve 46,45%.
Simões
Pereira pede a impugnação dos resultados provisórios anunciados na quarta-feira
passada pela entidade, alegando ter provas que visam demonstrar que os
resultados finais foram adulterados.
ANG/Rádio
Jovem
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