sexta-feira, 12 de junho de 2020

Sociedade/Secretário Executivo de AMIC diz que 57 por cento das crianças guineense praticam trabalho infantil

Bissau, 12 Jul 20 (ANG) - O Secretário Executivo da Associação dos Amigos das Crianças (AMIC) revelou hoje  que 57 por cento das crianças guineenses de idade compreendida entre cinco à 14 anos praticam trabalho infantil.

 Laudolino Medina fez esta revelação em declarações exclusivas à ANG no quadro da celebração, hoje, do Dia Mundial de Luta contra Trabalho Infantil.

Aquele responsável afirmou que o trabalho infantil praticamente não deixa as crianças viverem a sua infância.

“As crianças devem concentrar mais no processo de aprendizagem e formação de modo a se prepararem para a vida adulta”, disse acrescentado que na Guiné-Bissau, infelizmente, muitas abdicam das suas infâncias em detrimento do trabalho.

“Muitas crianças acabam por abandonar a escola por motivo do trabalho, isso, de certa forma, acaba por reflectir no processo de desenvolvimento do próprio país, porque acabamos por ter números limitados de quadros nas nossas administrações”, explicou.

O secretário executivo de AMIC referiu que apesar das crianças serem  permitidos a trabalhar depois de 14 anos, segundo a legislação da Guiné-Bissau, existem  tipos de trabalho que as mesmas não podem fazer, como por exemplo, trabalhos nocturnos, nas indústria química, subterâneos, no mar, entre outros.

“O Trabalho infantil é tudo que é exercido pelas crianças abaixo de idade permitido legalmente. No caso da Guiné-Bissau a idade estipulada pela lei é de 14 anos”, explicou Laudolino Medina.

O Secretário executivo de AMIC disse que a Guiné-Bissau até o preciso momento tem  dificuldade de agilidade no que concerne a fiscalização do trabalho infantil, tendo mencionado que também existe a necessidade de o país elaborar uma lista de trablhos permitidos para as crianças.

Sublinhou que conseguirem dar um passo concernente a elaboração de uma lista dos trabalhos infantil que devem ser admitidos junto da Função Pública, mas que  a situação de instabilidade do próprio país acabou por comprometer a sua concretização.

“Estava em curso um processo de revisão de Lei Geral de Trabalho na qual fizemos a questão para que o assunto da fiscalização do trabalho infantil integrasse a nova proposta. Só a fiscalização do trabalho infantil nocturno é que constava na antiga Lei de Trabalho. Infelizmente, com as constantes situações de crise política e institucional  do país, até então, nada se concretizou”, lamentou Medina.

Considerou de urgente a fiscalização do trabalho infantil no país e garantiu que continuarão a lutar para o bem das crianças, uma vez que pertencem a camada que devem ser mais privilegiadas.

Laudolino Medina disse ainda que não se pode falar do desenvolvimento sem que haja o bem-estar dos futuros dirigentes que neste caso são as crianças. ANG/AALS/ÂC//SG

 


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