Sociedade/Secretário Executivo de AMIC diz que 57 por
cento das crianças guineense praticam trabalho infantil
Bissau, 12 Jul 20 (ANG) - O
Secretário Executivo da Associação dos Amigos das Crianças (AMIC) revelou
hoje que 57 por cento das crianças
guineenses de idade compreendida entre cinco à 14 anos praticam trabalho infantil.
Laudolino Medina fez esta revelação em
declarações exclusivas à ANG no quadro da celebração, hoje, do Dia Mundial de
Luta contra Trabalho Infantil.
Aquele responsável afirmou
que o trabalho infantil praticamente não deixa as crianças viverem a sua
infância.
“As crianças devem concentrar
mais no processo de aprendizagem e formação de modo a se prepararem para a vida
adulta”, disse acrescentado que na Guiné-Bissau, infelizmente, muitas abdicam
das suas infâncias em detrimento do trabalho.
“Muitas crianças acabam por
abandonar a escola por motivo do trabalho, isso, de certa forma, acaba por
reflectir no processo de desenvolvimento do próprio país, porque acabamos por
ter números limitados de quadros nas nossas administrações”, explicou.
O secretário executivo de
AMIC referiu que apesar das crianças serem permitidos a trabalhar depois de 14 anos,
segundo a legislação da Guiné-Bissau, existem tipos de trabalho que as mesmas não podem
fazer, como por exemplo, trabalhos nocturnos, nas indústria química, subterâneos,
no mar, entre outros.
“O Trabalho infantil é tudo que
é exercido pelas crianças abaixo de idade permitido legalmente. No caso da
Guiné-Bissau a idade estipulada pela lei é de 14 anos”, explicou Laudolino
Medina.
O Secretário executivo de
AMIC disse que a Guiné-Bissau até o preciso momento tem dificuldade de agilidade no que concerne a
fiscalização do trabalho infantil, tendo mencionado que também existe a
necessidade de o país elaborar uma lista de trablhos permitidos para as
crianças.
Sublinhou que conseguirem
dar um passo concernente a elaboração de uma lista dos trabalhos infantil que
devem ser admitidos junto da Função Pública, mas que a situação de instabilidade do próprio país
acabou por comprometer a sua concretização.
“Estava em curso um processo
de revisão de Lei Geral de Trabalho na qual fizemos a questão para que o assunto
da fiscalização do trabalho infantil integrasse a nova proposta. Só a
fiscalização do trabalho infantil nocturno é que constava na antiga Lei de Trabalho.
Infelizmente, com as constantes situações de crise política e
institucional do país, até então, nada se
concretizou”, lamentou Medina.
Considerou de urgente a
fiscalização do trabalho infantil no país e garantiu que continuarão a lutar
para o bem das crianças, uma vez que pertencem a camada que devem ser mais
privilegiadas.
Laudolino Medina disse ainda que não se pode falar do desenvolvimento sem que haja o bem-estar dos futuros dirigentes que neste caso são as crianças. ANG/AALS/ÂC//SG
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