quarta-feira, 18 de novembro de 2020

     Justiça/”Há crimes que não prescrevem”, diz Presidente Sissoco Embaló

 Bissau,18 Nov 20(ANG) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou terça-feira que "há crimes que não prescrevem", referindo-se ao processo sobre o assassínio  do antigo chefe de Estado "Nino" Vieira, e quando questionado pelos jornalistas sobre o seu arquivamento.

 “Há crimes que não prescrevem”, afirmou Umaro Sissoco Embaló, quando questionado pelos jornalistas sobre o arquivamento do processo e depois de um encontro com familiares de “Nino” Vieira.

“Eu sou o Presidente da República, Presidente da concórdia nacional, da reconciliação. Eu não sei se o processo está arquivado. Se dizem que o processo está arquivado, não sou delegado do Ministério Público ou Procurador-Geral da República e não sei se está arquivado ou não”, acrescentou o chefe de Estado guineense.

Umaro Sissoco Embaló voltou a afirmar que “Nino” Vieira, assassinado em março de 2009, é uma figura lendária e património do Estado da Guiné-Bissau.

“Este homem libertou a Guiné-Bissau e permitiu-nos hoje ser livres”, disse.

Os restos mortais de “Nino” Vieira, que estavam no cemitério de Bissau, foram segunda-feira trasladados para a fortaleza da Amura, onde já estão sepultados os antigos presidentes eleitos Malam Bacai Sanha e Kumba Ialá e Amílcar Cabral, pai da nação guineense.

Alguns filhos de “Nino” Vieira criticaram a forma como o processo foi feito, apesar de aceitarem que os restos mortais do antigo presidente sejam postos na Amura.

João Bernardo “Nino” Vieira declarou unilateralmente a independência da Guiné-Bissau a 24 de setembro de 1973 e foi o primeiro presidente eleito democraticamente no país.

“Nino” Vieira foi assassinado na sua residência em Bissau, por um grupo de militares,
em março de 2009, horas depois de o antigo chefe das forças armadas ter sido morto numa explosão no Estado-Maior.

O Ministério Público guineense realizou uma investigação, mas o processo acabou por ser arquivado..ANG/Lusa

 

Sem comentários:

Enviar um comentário