Crise Burkina Faso/”Missão da CEDEAO ao Burkina foi um sucesso”, diz Suzi Barbosa
Bissau,06
Out 22(ANG) - As novas autoridades do Burkina Faso estão comprometidas com o
regresso à ordem constitucional.
As
garantias são do capitão Ibrahim Traoré, o homem forte do país, que recebeu,
esta terça feira, a missão da CEDEAO em Ougadougou.
A
ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzy Barbosa, que integrou
a delegação na qualidade de presidente do conselho de ministros da CEDEAO, fala
em sucesso.
A missão da Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental, chefiada pelo ex-Presidente do
Níger, Mahamadou Issoufou, foi recebida no dia 4 de Outubro, pelo capitão
Ibrahim Traoré, o novo homem forte do Burkina Faso.
A responsável pela
diplomacia guineense, Suzy Barbosa, que integrou a delegação na qualidade de
presidente de conselho de ministros da CEDEAO, disse que por questões de
segurança o encontro decorreu no aeroporto.
“Uma
missão com bastante êxito, tendo em conta a situação actual no Burkina Faso e
os tumultos que se viveram na cidade. A nossa missão foi recebida no aeroporto
por questões de segurança. O capitão Traoré recebeu-nos muito bem e foi muito
receptivo à delegação da CEDEAO”, referiu.
Suzy Barbosa fala numa
missão de sucesso, sublinhado que o novo poder está comprometido com o regresso
à normalidade constitucional.
“A
restauração da segurança, a resolução das questões humanitárias e o regresso à
ordem constitucional, através da realização de eleições, no fim do período dos
24 meses [2024]. Ainda com a boa vontade, de que, se depender dele, esse
período poderá ser ainda menor”, detalhou.
A responsável pela
diplomacia guineense disse que esta delegação “manifestou boa vontade da CEDEAO
em colaborar e acompanhar o processo” para o bem do país, afastando um cenário
de sanções.
“Nem
se quer se falou da palavra sanções, durante a visita”,
reiterou.
Questionada sobre os
protestos de centenas de jovens contra a França e a Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (CEDEAO), Suzy Barbosa disse não ter presenciado as
manifestações, no entanto, defendeu que são situações “normais cada vez que há mudanças de regime”.
“Foi
uma mudança constitucional feita através de um golpe de Estado. São situações
habituais e muitas das vezes há orquestração das mesmas”,
explicou.
A Guiné-Bissau, que preside
actualmente à CEDEAO, convocou para a próxima semana, uma cimeira
extraordinária para analisar a situação do Burkina Faso.
“Vamos realizar, na próxima semana, uma cimeira extraordinária sobre a situação no Burkina Faso, convocada pelo chefe de Estado em exercício, o Presidente Sissoco Embaló. Após a resolução dos chefes de Estado, que integram a CEDEAO, vamos tomar medidas convenientes. Todavia, neste momento, há uma boa colaboração e muito bom relacionamento com as novas autoridades do Burkina”, concluiu.ANG/RFI
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