Mali/Dezenas de mortos em três ataques no Norte
Bissau, 08 Set 23 (ANG) – No
norte do Mali, uma base do exército foi alvo, esta sexta-feira, de um ataque
suicida em Gao, um dia depois de dois ataques atribuídos a jihadistas que
mataram, pelo menos, 49 civis e 15 soldados, também no norte do país.
Hoje começou um dia de luto
nacional de três dias pelos ataques da véspera a um barco de transporte de
passageiros e a uma outra base militar.
É o terceiro ataque no norte do Mali em 24
horas. Esta sexta-feira de manhã, o exército anunciou ter sido visado por um
ataque suicida em Gao, mas não adiantou o número de vítimas.
Na véspera, dois ataques a um barco de
transporte de passageiros e a uma base militar, também no norte do país,
mataram 49 civis e 15 soldados e hoje começou um luto nacional de três dias.
O comunicado do governo não precisou o número
preciso de vítimas de cada ataque de quinta-feira, limitando-se a avançar
"um balanço provisório de 49 civis e 15 militares mortos” e a indicar que
ambos foram “reivindicados” pela aliança jihadista afiliada à Al-Qaeda
conhecida como “Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos” [no acrónimo francês
GSIM]. Este grupo reividicou no próprio dia, no seu canal de propaganda online,
o ataque à base militar.
O outro ataque visou um barco da Companhia de
Navegação Fluvial do Mali (Comanaf) com projécteis de calibre militar, ao final
da manhã, entre Tombuctu e Gao. O navio tem a capacidade de transportar cerca
de 300 passageiros, mas a empresa não adiantou o número de pessoas a bordo.
A 1 de Setembro, na mesma região de Tombuctu,
um outro barco da companhia estatal também foi atacado. Recentemente a aliança
jihadista anunciou um cerco a Tombuctu, uma das maiores localidades do Mali
que, em 2012, tinha caído nas mãos de grupos salafistas. A segurança está
actualmente a cargo das autoridades malianas, depois de a missão da ONU no
Mali, Minusma, ter sido pressionada a deixar o país pela junta militar, no
poder desde 2020.
O transporte fluvial era, até estes
atentados, a forma mais segura de se deslocar entre a capital, Bamako, e
algumas cidades do leste e do norte, que estão sob grande pressão de grupos
jihadistas. ANG/RFI
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