Caso Sankorla/Porta-voz da família despejada diz que não vai ser respeitada decisão do tribunal
Bissau, 03 Jun 24 (ANG) – O
porta-voz da família Bamba cujas casas foram destruidas no âmbito de um despejo
ordenado pelo Tribunal do setor de Bambadinca,na tabanca de Sankola leste do
país disse no fim de semana que não vai respeitar a ordem judicial.
O porta-voz que falava numa
conferência de imprensa diz não compreender o silêncio do Governo uma vez que deram o
grito de socorro muito antes das suas casas forem demolidas.
“Independentemente do que o
Tribunal dizer o Governo devia ir junto da comunidade para saber o que está a
acontecer sem tomar partido, mas ir ver aquelas crianças, mulheres e idosos que
estão na rua. Já é tempo das chuvas e apesar das tendas de acampamentos doados,
não podem lutar contra a chuva”,disse.
Bamba ainda criticou que o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló,
tomando conhecimento do sucedido deveria
reagir tal como fez em muitos casos semelhantes,
mas que não foi o caso.
Afirmou que quando chover
vão trazer todas as crianças daquela tabanca para ficarem na Praça do Império frente
ao Palácio da República como forma de pressão , para demonstrar o desespero da família.
O advogado da família,
Marcelino Ntupé, alega que não existe
processo sobre o caso, uma vez que o
juiz do Tribunal Sectorial não tem competência.
Disse que de acordo com a
lei pode julgar casos que vão de um à um milhão e meio de francos CFA, o que
não é caso de Sankorla, uma propriedade de cerca de 50 hectares.
O processo iniciou em 2015 e
envolve o atual Procurador-Geral da República e a comunidade da tabanka de Sankorla
por causa de um enorme espaço.
Em Abril e Maio, o Tribunal Setorial de
Bambadinca decidiu pelo despejo que atingiu mais de 40 pessoas entre crianças, mulheres e idosos e
ordenou a destruição de cerca de meia dúzia
de casas.ANG/MSC/ÂC//SG
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