Dia das Forças Armadas//Alberto Cuma exalta que planos de Cabral davam sempre certos
Bissau, 13 Nov 24 (ANG) – O Chefe de Divisão Central da Educação Cívica, Moral e Patriótica das Forças Armadas disse que Cabral era um visionário que definia bem os seus planos que sempre davam certos.
Em entrevista
concedida à ANG e Nô Pintcha no âmbito das celebrações do Centenário de
nascimento de Amílcar Cabral e dos 60 anos da fundação Forças Armadas no próximo
sábado, 16 de novembro, Albertinho António Cuma exalta a figura de Amílcar
Cabral na luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.
Disse que o Congresso
de Cassaca, que decorreu de 03 à 17 de Fevereiro foi determinante no processo de luta de libertação da Guiné e Cabo Verde.
“Cabral convocou o Congresso de Cassaca, porque
havia falta de colaboração entre comandantes e a guerrilha matava a população,”
justificou.
Acrescentou que esse
congresso permitiu acabar com as matanças que se verificavam , por alegação de práticas
de feitiçaria e criou-se as Forças Armadas Revolucionárias do Povo e o Conselho
de Guerra.
Para além isso,
Albertinho António Cuma disse que após a fundação do PAIGC em 1956, Cabral
levou a cabo o processo de mobilização em todo o território nacional.
A situação acelerou
quando os estivadores do porto de Pindjiguiti liderados por Carlos Sambu reclamaram a melhoria das
condições salariais e o regime colonialista comparou as reivindicações com a
sensibilização que se fazia na altura e assassinou os reivindicadores.
A partir desse
momento, de acordo com o Chefe de Divisão Central da Educação Cívica, Moral e
Patriótica das Forças Armadas que Amílcar Cabral compreendeu que não haveria
condições para continuar com o processo na cidade, porque não haveria entendimento
com o colonialista e ordenou a retirada de todos aqueles que já estavam sensibilizados da
cidade para campo passando para ação
direta e não de sabotagem como fazia, antes do massacre de Pindjiquiti.
Antes de tudo isto,
disse , Amílcar Cabral se deslocou a França e ao Gana em busca de apoio dos africanos sensibilizados com a necessidade de luta
contra o colonialismo.
“No Gana falou com o
chefe de Estado na altura e este organizou um encontro tripartida com um dos ministro de Republica da Guiné Conacri
e Amílcar Cabral pediu um espaço para instalar uma base militar”, informou.
Acrescentou que, o
então ministro informou lhe de que há um cidadão guineense, de nome François
Kancola Mendy, líder da Frente de Libertação Nacional da Guiné(FLING), que tem a mesma ideia, mas que já está estava
em Conacri.
Depois disso, Amílcar
foi até Conacri onde se juntou ao François Kancola, mas a união dourou pouco
tempo, porque não havia entendimento entre os dois grupos sobre quem deve
liderar o processo de luta de libertação.
Perante está
situação, o presidente da Republica da Guiné Conacri Ahmed Sekou Tourè pediu
que cada um apresentasse o seu plano estratégico de luta e estatuto do seu partido.
“Duas semanas depois,
Sekou Turé chamou todos os corpos diplomáticos residentes na altura em Conacri,
aos quais os dois líderes guineenses
apresentaram os seus respetivos planos de luta de libertação e a estratégia de
Cabral foi aprovado em como quem deve liderar a luta de libertação da Guiné e Cabo
Verde contra o regime colonial.
No programa
apresentado Cabral defendeu “a Unidade
Luta e Progresso”, e prometeu apoiar todos os países africanos para alcançarem
a independência.
Revelou que graças ao
apoio do Presidente Sekou Turé que Amílcar Cabral conseguiu falar com o
Embaixador da China em Conacri tendo-lhe solicitado apoio de formação dos primeiro comandos guineenses, que
foi assumido pelo governo chinês.
E com chegada desses
elementos, Cabral constituiu cinco bases centrais, uma na frente sul e norte e
quatro na frente leste.
“Em Conacri, Amílcar
Cabral organizou uma reunião de quadros do PAIGC e discutiu-se as condições da realização da
guerra, as consequências, fim da luta clandestina para ação direta e
responsabilidades do PAIGC enquanto movimento que sensibilizou o povo guineense
para aderir a luta para a libertação da Guiné Bissau", disse Cuma.
Nessa reunião, acrescentou, ficou decidido que a guerrilha deve atestar a sua capacidade combativa no aquartelamento mais forte do regime colonial, que era o quartel de Tite, na região de Quinara, sul de país.ANG/LPG/ÂC//SG
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