Moçambique/ Pelo menos 11 mortos em três dias de
protestos
Bissau, 16 Nov 24 (ANG) - Pelo
menos onze pessoas perderam a vida e 16 foram baleadas nas manifestações
convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.
O balanço é da plataforma de
observação eleitoral Decide, numa altura em que Moçambique cumpre o último de
três dias de protestos contra os resultados das eleições gerais de 9 de
Outubro.
De acordo com a contagem da plataforma de
observação eleitoral Dedide, pelo menos onze pessoas morreram e 16 foram
baleadas nas manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio
Mondlane contra os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro.
Ainda segundo a plataforma Decide, sete
mortes ocorreram na província de Nampula, no norte de Moçambique, duas na
Zambézia, no centro, e duas em Maputo, no sul do país. Do total de 16 pessoas
baleadas, 10 foram casos registados em protestos em Nampula, três na Zambézia e
outras três em Maputo, indica ainda a Organização Não-Governamental (ONG)
moçambicana.
O porta-voz da Renamo, Marcial Macome,
afirma que os actos protagonizados pela polícia são um massacre cometido a
mando do partido Frelimo, partido no poder.
"Não
só as pessoas que se manifestam, como também os cidadãos que estão nas próprias
casas tem sido vitimas destes actos macabros da policia", acusa.
Por seu lado, o ministro do Interior, Pascoal
Ronda, disse que as manifestações estão proibidas devido à gravidade que
representam, acusando os jovens manifestantes de serem bêbados, drogados e
de serem instrumentalizados por Venâncio Mondlane e pelo partido Podemos.
"Não
há manifestações! Estão proibidas por causa da gravidade com que se
apresentam", justificou.
Desde ontem, 14 de Novembro, que foi
encerrada a fronteira de Ressano Garcia, os manifestantes não permitem a
entrada, nem a saída de pessoas , viaturas e bens de Moçambique para África do
Sul e vice -versa.
A Comunidade de Desenvolvimento da África
Austral pondera a realização de uma reunião para abordar a situação de
violência pós-eleitoral que se vive em Mocambique.ANG/RFI
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