Ruanda/Governo diz estar disponível para uma cimeira de forma a resolver conflito com RDC
Bissau, 03 Fev 25 (ANG) - A SADC, Comunidade
de Desenvolvimento da África Austral e a Comunidade da África Oriental
propuseram uma cimeira conjunta de forma a resolver o conflito entre a
República Democrática do Congo e o Ruanda, uma proposta que Kigali diz aceitar,
não havendo qualquer data prevista para este encontro.
Com a evolução do conflito na República
Democrática do Congo, as organizações regionais tentam encontrar uma via para o
diálogo entre Kinshasa e Kigali. A proposta da Comunidade da África
Oriental para uma Cimeira de alto nível com os parceiros africanos foi apoiada
pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e aprovada hoje
oficialmente pelo Governo do Ruanda.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros
ruandês disse em comunicado que não só apoia a iniciativa, como tem
"sistematicamente tentado uma solução política para resolver o conflito em
curso".
No entanto, uma cimeira parece ser o único
ponto de acordo. A SADC, da qual faz parte a República Democrática do
Congo, diz defender a independência deste país, assim como a sua integridade
territorial, enquanto que a Comunidade da África Oriental, da qual faz
parte o Ruanda, pede ao Presidente congolês, Félix Tshisekedi, que fale
directamente com o grupo de rebeldes M23 - algo que o chefe de Estado recusa de
forma veemente.
Para estas negociações chegarem a bom porto,
Paul Kagame, o Presidente do Ruanda, pede a retirada da missão militar da SADC
do Quivu do Norte, a SAMIDRC. Este é um pedido recusado pelos países da
SADC, que só desde Domingo já contam com 16 baixas entre os militares
instalados naquela zona devido aos ataques do M23 apoiados pelos soldados
ruandeses.
Com quase 800 mortes numa semana de conflito e milhares de feridos, especialmente na cidade de Goma, as organizações internacionais pedem ajuda humanitária urgente para as populações e alertam para o perigo da propagação de doenças devido à precária situação sanitária, com o abandono dos corpos dos combatentes mortos nos diferentes bairros da cidade.ANG/RFI
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