quarta-feira, 12 de março de 2025

Saúde/A taxa de mortalidade materna na Guiné-Bissau reduziu de 746 para 548 até 2022 em cada 1000 nados vivos

Bissau, 12 Mar 25(ANG) – A taxa de mortalidade materna na Guiné-Bissau reduziu  de 746 para 548 até 2022, em cada mil nados-vivos,  segundo os dados apresentados hoje pela Diretora da Saúde Materna Infantil, Waldina Barbeiro, na Conferência de Alto Nível para Redução da Mortalidade Materna no país.

Ao presidir a abertura do evento, o Presidente da República pediu as mulheres para se abdicarem do recurso a medicina tradicional e usarem a medicina  convencional que é mais segura e com medicamentos doseados.

Umaro Sissoco Embaló lamentou as altas taxas de mortalidade materno-infantil  na África Ocidental, registadas em  2022, e que eram de 60 por cento, e que agora estão a  reduzir, principalmente na Guiné-Bissau.

Parabenizou os profissionais da saúde pela redução, considerada significativa, da mortalidade materno-infantil  e recomendou mais empenho aos técnicos da saúde para o cumprimento da meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis 2030 ,relativos a  redução da mortalidade para menos de 70 mortes em cada cem mil nascimentos.

Embaló referiu que, para que haja uma redução é preciso um investimento nos recursos humanos, meios materiais e financeiros para a obtenção de  resultados almejados por todos.

Segundo o chefe do Estado, o Governo    implementa várias   ações para garantir melhor qualificação profissional dos quadros da saúde, que deverão implicar a  expansão de instalações sanitárias pelas  comunidades mais carenciadas.

Para o  ministro da Saúde Pública,Pedro Tipote, a questão da saúde materna,  não é só uma questão da saúde pública, mas também  um pilar essencial para o desenvolvimento e progresso socioeconómico do país.

“Uma nação forte é aquela que valoriza e protege as mães, pois são elas que garantem a continuidade e o futuro.   Infelizmente, o índice da mortalidade-materna  continua a ser o maior desafio que o país enfrenta, refletindo no acesso aos cuidados de saúde de qualidade, desde falta de infraestruturas até nas necessidades do reforço das políticas públicas eficazes”, disse o governante.

Pedro Tipote reiterou que o Governo, através do Ministério da Saúde Pública, se compromete em  intensificar os esforços para garantir assistência pré-natal eficiente,  parto seguro e acompanhamento pós-parto adequado para todas as mães.

Disse estar ciente de que a redução da mortalidade materna exige um esforço conjunto e coordenado entre o Governo, os parceiros internacionais, as organizações  da sociedade civil e as comunidades locais.

Destacou que  ao longo dos anos têm trabalhado arduamente  para fortalecer o Sistema Nacional de Saúde na Guiné-Bissau, com ênfase na formação dos profissionais,  melhoria das infraestruturas hospitalares e  promoção da campanha de sensibilização, para garantir que todas as mulheres, independente das suas condições socioeconómica, tenham acesso aos cuidados de saúde de qualidade.

Tipote disse que esta iniciativa se alinha com o Roteiro Regional para a aceleração da redução da mortalidade materna na África Ocidental e Central, composto por  três eixos principais, sendo  o primeiro, a proteção das mulheres e meninas.

O  Fórum de Alto Nível com a duração de um dia  é de iniciativa presidencial e é  realizado pelo Ministério da Saúde Pública em colaboração com o Ministério da Saúde de Portugal.ANG/JD/ÂC//SG

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