ONU/ Assembleia Geral exige o regresso de crianças ucranianas levadas à força para a Rússia
Bissau, 04 Dez 25 (ANG) - A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou na quarta-feira uma resolução que exige o regresso de todas as crianças ucranianas que foram levadas à força para a Rússia no âmbito da invasão da Ucrânia.
Com 91 votos a favor, 12 contra e 57
abstenções, o organismo aprovou o documento, que insta a Rússia a
"garantir o regresso imediato, seguro e incondicional das crianças que
foram deportadas ou levadas à força" para território russo.
Este documento exige o fim, "sem
demora, de todas as práticas de remoção forçada, deportação, separação das suas
famílias e responsáveis legais, mudança de estatuto pessoal e doutrinação de
crianças ucranianas", segundo um comunicado de imprensa da ONU.
"Imagine que
tem 16 anos num dia normal (...) quando, de repente, soldados armados com
metralhadoras e um gorro, tipo passa montanhas, para esconder os rostos invadem
a sua casa. Obrigam-no a entrar no veículo e levam-no para um destino
desconhecido, e vê-se preso durante meses num pesadelo, com um nome
diferente", disse a presidente da Assembleia Geral, Annalena Baerbock.
Baerbock enfatizou
que o direito internacional é muito claro no artigo 49.º da Convenção de
Genebra, que proíbe a remoção forçada ou a deportação de crianças de
territórios ocupados.
A Rússia invadiu a
Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias
separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho,
independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que
tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da
Europa e do Ocidente.ANG/Lusa

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