quinta-feira, 14 de julho de 2016

Guerra de Casamance



Acolhimento de refugiados do Senegal considerado de satisfatório
 
Bissau, 14 Jul. 16 (ANG) – O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (HCR),considerou quarta-feira de positivo o acolhimento que  diferentes governos da Guiné-Bissau têm reservado aos refugiados senegaleses no país.

Citado pela Radio Nacional, Mamadu Ndau reconheceu esta realidade perante o Ministro da Justiça tendo afirmado que a atitude é aliada as convenções que o governo guineense já assinou, contribuindo nos esforços a favor dos refugiados.  

O chefe da missão do HCR no país pediu ao governante guineense a adoptar mecanismos que permitem a concessão da nacionalidade guineense aos cidadãos senegaleses na Guiné-Bissau, um processo que disse estar já em curso, mas ainda não concluído.

“Dos 500  pedidos de nacionalidade feitos pelos refugiados senegaleses  no país, o Governo autorizou  apenas quinze”, disse.

Por seu turno, o Ministro da Justiça Luís Olundo Mendes disse que o governo vai tudo fazer para satisfazer as solicitações feitas pelos  refugiados senegaleses com vista a facilitar a sua integração na comunidade guineense.

Os conflitos do Casamansa que dura há mais de três décadas, obrigou centenas de senegaleses a abandonarem as suas aldeias, refugiando-se na Guiné-Bissau, sobretudo na zona norte que tem fronteira com o Senegal.    

ANG/MSC/SG                                              

quarta-feira, 13 de julho de 2016

EAGB

Direção da empresa anuncia reposição da antiga tarifa de luz e água

Bissau, 13 Jul 16 (ANG) - A luz volta a custar 920 francos cfa por quilowatts em vez dos actuais 1500 francos cfa.
 
O anúncio foi feito terça-feira pelo Director-geral da EAGB, René Barros, numa conferência de imprensa, em Bissau.

Barros que recentemente reassumiu essas funções assegurou que a medida começa a ser aplicada ainda esta semana.

“A decisão de manter a tarifa no valor anterior foi tomada após um despacho do ministro da Energia”, explicou o Diretor-geral.

Por outro lado, aquele responsável disse que estão a fazer tudo para que os clientes da EAGB detentores de contadores manuais, tenham contadores pré-pagos.

Para o efeito, adiantou que a empresa já encomendou 11 mil contadores, cuja chegada está prevista para os próximos dias.

René Barros revelou que a empresa vai instalar postes de venda de saldos em diferentes bairros da capital de modo a facilitar a compra dos mesmos.

As tarifas de luz e água foram aumentadas pela direção cessante e foram contestada pela Associação de Consumidores de Bens e Serviços, ACOBES. ANG/AALS/SG

Religião



Cerca de 30 católicos guineenses participam na Jornada Mundial da Juventude em Polónia

Bissau, 13 Jul 16 (ANG)- Vinte e oito féis católicos da Guiné-Bissau vão estar  presentes na jornada mundial da juventude, a decorrer de 26 à 31 de Julho, em Cracóvia, Polónia.

A informação foi avançada pelo Padre Dingana Sigá, citado pela Rádio Sol Mansi. Segundo Sigá , o primeiro grupo  parte amanhã para à Polónia e o segundo deixará Bissau no próximo sábado.

Aquele sacerdote disse que as dioceses de Bissau e Bafatá fizeram de tudo para que esta deslocação seja uma realidade, apesar das dificuldades enfrentadas, nomeadamente na área da logística.

A Jornada Mundial vai decorrer este ano na terra natal do Papa João Paulo II.  ANG/JD/JAM/SG



terça-feira, 12 de julho de 2016

Ciência

Café mais caro do mundo é feito de fezes e está a causar estragos
 
Bissau, 12 Jul 16 (ANG) - Uma das variedades mais exóticas – e mais caras – de café é o Kopi Luwak (ou café civeta), nome dado ao café produzido a partir de grãos defecados pelas civetas, um mamífero noturno, parente da raposa, que habita as florestas tropicais africanas e asiáticas.

Um quilo de Kopi Luwak pode custar pelo menos 400 dólares (mais de 350 euros) no mercado norte-americano. Em confeitarias mais requintadas, uma simples chávena pode sair por 30 dólares.

Não por acaso, o produto é habitualmente descrito como um dos cafés mais caros do mundo – a par de variedades como o Black Ivory Coffee, que é recolhido das fezes de elefantes.

“As proteínas são um dos principais fatores da amargura dos cafés. Menos proteínas resultam num sabor menos amargo”, explicam os especialistas.

Mas o que faz deste café tão caro? Trata-se de uma combinação entre exotismo e forças de mercado. Para produzir o café é preciso encontrar as sementes “descartadas” pelas civetas, que se alimentam do fruto, mas digerem apenas a polpa – a semente passa intacta pelo sistema digestivo do animal.

Especialistas afirmam que a ação de enzimas e bactérias no organismo dos mamíferos torna o sabor do café diferenciado – seria uma mistura de “chocolate e sumo de uva”, descrita como menos ácida e amarga que os café comuns.

O que mais impressiona é que as civetas escolhem os grãos de melhor qualidade para comer.

No entanto, o fator principal para o preço alto é que, ao contrário de variações mais comuns, o Kopi Luwak tem uma produção muito limitada de grãos – menos de 230 kg por ano.

Além disso, o crescimento urbano desordenado no Vietname tem levado a uma crescente desflorestação, levando à destruição do habitat das civetas.

A procura de paladares mais delicados e voluntariosos, no entanto, provocou transformações na produção do Kopi Luwak.

O método tradicional de recolha dos grãos deu lugar a um sistema de produção intensiva, com animais trancados em jaulas – algo semelhante ao que se passa com as galinhas criadas para pôr ovos.

Em 2013, uma investigação da BBC na ilha de Sumatra, outro centro produtor do Kopi Luwak, encontrou evidências de crueldade animal em quintas da região.

Diversos hotéis de luxo da Ásia tiraram o produto dos seus cardápios por causa de pressão de ONGs de defesa dos direitos animais.

Isso, porém, não impediu que o café conquistasse o imaginário popular. O Kopi Luwak aparece até mesmo em filmes de Hollywood e séries norte-americanas, ainda que invariavelmente a brincar com o método pouco ortodoxo de extração. ANG/ZAP / BBC



Imprensa


Movimento Nacional da Sociedade Civil promete mediar o litígio entre a Direção e dois técnicos da RDN

Bissau, 12 Jul 16 (ANG) – O Movimento Nacional da Sociedade Civil (MNSC) prometeu mediar a situação de expulsão de dois técnicos da Rádio Difusão Nacional (RDN) pela sua direcção,

 nomeadamente o diretor de antena, Aliu Candé e o chefe de redação, Bacar Camará, exonerados na passada quinta-feira das suas funções por alegado desacato à ordem do Director-geral da emissora.

Em conferência de imprensa, o porta-voz da organização, Fodé Carambá Sanhá disse hoje que irão inteirar-se do que tara acontecido de facto junto das partes desavindas

“Reconhecemos o papel da comunicação social na nossa sociedade, por isso não estamos indiferente a situação na RDN. Iremos nos reunir em breve com os dois técnicos e a direção de forma separada, para  só depois pronunciar”, referiu.

Este responsável exortou aos técnicos nacionais da comunicação social a cumprirem o seu papel, usando meios legais para resolveram os seus problemas, e sem sensacionalismo e muito menos a censura de notícias. 

ANG/FGS/JAM/SG