quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Pescas


   Governo diligência criação de postos de distribuição de pescado nas regiões

Bissau,11 Jan 17(ANG) – O ministro das Pescas afirmou hoje que o Governo está a diligenciar, com apoio dos parceiros de desenvolvimento, a criação de postos de distribuição de pescados nas regiões mais carenciadas do país e naquelas com potencial de produção.
 
Orlando Mendes Viegas falava na cerimônia de abertura do Atelier de Validação do Estudo sobre o consumo per capita do pescado na Guiné-Bissau, elaborado em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa(INEP).

“Para o fornecimento adequado de pescado no país, o Governo recomenda o fomento da aquacultura e o estabelecimento de postos de produtos do mar em todas as regiões do país nomeadamente naqueles mais carentes casos de Bafatá e Gabú”, prometeu.

O governante sublinhou que o valor nutricional do pescado está associado à melhoria da saúde sendo essa a causa do aumento de interesse nesse alimento, nos últimos anos.

“Dentre os possíveis benefícios do consumo de peixe, uma ou duas porções por semana, estão, a redução do risco de Acidente Cardiovascular  e do Mal de Alzheimer”, explicou.

Orlando Mendes Viegas frisou que o país dispõe de uma plataforma continental de 45 mil km2 e uma Zona Económica Exclusiva de 105 mil km2, o que proporciona um ambiente rico em recursos haliêuticos relativamente preservado.

“A pesca representa um das actividades económicas mais importantes do país com um potencial de captura esplorável estimado em cerca de 231 mil toneladas por ano”, revelou.

O ministro das Pescas disse que essa potencialidade bem gerido e melhor valorizado, o sector pode constituir uma fonte importante para o crescimento económico, criação de empregos, melhoria da dieta alimentar, aumento e diversificação das exportações e das receitas fiscais.

Para o Director do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério das Pescas, Henrique Silva é indiscutível a necessidade que se tinha de realizar o presente estudo, pois a sua conclusão deverá permitir a estrutura do governo responsável pelo sector das pescas, o conhecimento do real consumo do pescado ao nível nacional, de forma a melhor organizar o abastecimento dos mercados nacionais.

Silva salientou que a inexistência de uma frota nacional não permite  que a maioria dos navios detentora de licenças de pesca desembarca e comercializa as suas capturas no pais mas sim nos  países vizinhos, constituindo assim perdas para a Guiné-Bissau, tanto nos aspectos económicos como naquele relacionados com o abastecimento do mercado nacional.

‘É nesta perspectiva que o resultado desse estudo deverá permitir ao Governo uma planificação mais realista no que concerne as descargas do pescado para o abastecimento de diferentes mercados nacionais, a partir das empresas nacionais ou estrangeiras que beneficiam de licenças de pescas para o exercício de actividades nas águas territoriais do país”, afirmou Henrique Silva.

O Atelier de Validação do Estudo sobre o Consumo do Pescado no país com a duração de um dia, foi financiado pela União Europeia e destina-se aos técnicos do Ministério das Pescas.  
ANG/ÂC/SG

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