França/Paris quer lembrar à comunidade internacional a guerra "esquecida" no Sudão
Bissau,16 Abr 24(ANG) - Há
um ano que os sudaneses foram arrastados para uma guerra civil entre diferentes
facções militares, havendo actualmente 25 milhões de sudaneses, cerca de metade
da população, que precisam rapidamente de ajuda humanitária. Em Paris, abriu-se
segunda-feira uma conferência para falar sobre esta guerra
"esquecida".
"Desde há um ano que os sudaneses são vítimas de uma guerra terrível, que só trouxe caos e sofrimento. Os sudaneses são também vítimas do esquecimento e da indiferença". Foi assim que o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, classificou a situação no Sudão, na abertura da reunião internacional de apoio aos sudaneses que decorreu segunda-feira na capital francesa.
Já na manhã de segunda-feira
em Paris foram anunciados 840 milhões de euros de ajuda humanitária, com o
apoio da França, Alemanha, União Europeia e Estados Unidos da América.
Esta reunião vai abranger
três esferas essenciais para a resolução do conflito, com uma parte dedicada
aos diplomatas e negociadores internacionais, outra dedicada a ajuda
humanitária e ainda outra que vai ouvir a sociedade civil sudanesa.
Apesar dos conflitos no
Médio Oriente e na Europa, a ministra alemã dos Negócios
Estrangeiros, Annalena Baerbock, lembrou que este é um conflito que criou
uma crise humanitária "catastrófica" à qual a comunidade
internacional não pode ficar indiferente. Para a ministra alemã, é importante
concertar esforços também de mediação de forma a conseguir um cessar-fogo.
Há um ano que a guerra
começou entre dois generais, Abdel Fattah al-Burhane e Mohamed Hamdane
Daglo, com as suas forças a baterem-se até hoje, um pouco por todo o país,
tendo causado milhares de mortos.
O conflito no país já forçou
quase dois milhões de pessoas a deixarem o país e causou pelo menos 6,7 milhões
de deslocados internos. Estima-se que metade da população do Sudão, cerca de 25
milhões de pessoas, precisa de ajuda humanitária e pelo menos um quinto destas
pessoas estão em urgência alimentar absoluta.ANG/RFI
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