segunda-feira, 15 de abril de 2024

Reino Unido/Governo em negociações com Angola e Cabo Verde para acolher
imigrantes ilegais

Bissau, 15 Abr 24 (ANG) - A proposta de lei do Governo britânico para deportar imigrantes ilegais para o Ruanda volta nesta segunda-feira, 15 de Outubro, à Câmara dos Comuns para nova série de debates e votações a emendas aprovadas na Câmara dos Lordes. 

De acordo com os órgãos de comunicação The Times e a BBC, Angola e Cabo Verde estarão numa lista de países que o Governo britânico admite abordar para receberem imigrantes ilegais do Reino Unido, tal como negociou com o Ruanda. A informação, não oficial, é avançada pelo jornal “The Times” e confirmada pela “BBC”.

Segundo o diário britânico, Londres está actualmente a negociar com Costa do Marfim, Botsuana, Costa Rica e Arménia para repetir o mesmo tipo de acordo que fez com o Ruanda.

As autoridades ruandesas aceitaram receber centenas de requerentes de asilo nos próximos cinco anos em troca de cerca de 400 milhões de libras, quase 500 milhões de euros.

O Ruanda apresenta-se como um dos países mais estáveis ​​do continente africano, mas vários grupos de direitos humanos acusam o Presidente Paul Kagame de governar num clima de medo, sufocando a dissidência e a liberdade de expressão.

O Governo britânico estará também a explorar outras opções, e Angola e Cabo Verde estão nesta lista, juntamente com Senegal, Tanzânia, Togo e Serra Leoa.

A falta de meios e estruturas locais, escassas relações diplomáticas e potencial oposição da opinião pública são alguns obstáculos identificados. A Guiné-Bissau foi rejeitada devido à instabilidade política. Marrocos, Tunísia, Namíbia e a Gâmbia terão rejeitado explicitamente negociações sobre esta matéria.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, considera esta proposta de lei essencial para dissuadir migrantes que atravessam o Canal da Mancha em pequenas embarcações como barcos insufláveis. No primeiro trimestre de 2024 o número de migrantes ilegais que entraram no país aumentou 41,7% em relação ao primeiro trimestre de 2023, atingindo um nível recorde. ANG/RFI

 

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