Política/”As liberdades de expressão e manifestação num país democrático, jamais devem ser impedidas”, diz Martinho Ndafa Cabi
Bissau,
07 Jun 24 (ANG) - O ex-primeiro-ministro e Presidente dos “Cidadãos Patriotas para a
Salvação da Constituição e da Democracia”, Martinho Ndafa Cabi
disse quinta-feira que as liberdades de
expressão e de manifestação não devem, nunca, serem impedidas num país democrático, uma vez que ,segundo diz,
são pilares da Democrácia.
“A
primeira pessoa que deve respeitar as leis democráticas deve ser o Chefe de
Estado para deixar o exemplo à todos, no sentido de trabalharem na base das
leis e regras que norteiam a implementação do regime democrático desde 1990 na Pátria guineense”, disse.
Depois
de um longo período de ausência no país, Ndafa Cabi insurgiu-se de novo no
cenário político guineense, salientando que a Guiné-Bissau lutou contra a
dominação portuguesa para ser livre e viver na base das leis que possam
promover o progresso da Nação e do povo e que por isso, o suor, a morte e
sacrificio de muitos devem valer a pena.
Acrescentou
que as pessoas devem pensar antes de agir, uma vez que, na sua opinião, o bem
do país é fundamental para todos.
Disse
ser lamentável ter pessoas, por mais de
dois anos na prisão, por alegada tentativa de Golpe de Estado, sem que haja qualquer tipo de julgamento sobre
o caso , submetendo os detidos à sacrifícios que já provocam a morte.
O ex. primeiro-ministro
recordou que, os juízes do Supremo Tribunal da Justiça já tinham pedido a soltura dos presos do caso
01 de Fevereiro de 2022 por falta de provas para os seus julgamentos e que o pedido
não se concretizou.
“A Justiça
é um dos maiores pilares que temos na Guiné-Bissau. Assim sendo, confiamos que
tarde ou cedo será feita, de modo a sairmos de atual situação com que
deparamos”, disse.
Cabi afirmou
que não estavam a contar com essa
situação, uma vez que a Guiné-Bissau implementa
a democracia há 34 anos.
Para
Martinho Cabi não há necessidade de impedir que o povo manifestasse
face às situações que achar anormal e muito menos deter as pessoas porque reivindicam
algo.
O ex-governante sublinha que a Democracia é feita para associar convergências de ideias, pelo que cada um é livre de pensar da sua maneira, sendo o mais importante a coabitação de pensamentos, para se evitar problemas que possam atrapalhar o progresso do país e o bem-estar do povo em geral
“O jogo
político e a fiscalização da governação são
feitos através da Assembleia Nacional
Popular (ANP), mas, no nosso caso, esse órgão da soberania foi dissolvido e atualmente
temos um Governo da Iniciativa Presidencial que funciona à sua forma”, disse.
Martinho insistiu que o Presidente da República tem por missão garantir a unidade
nacional através do respeito à Constituição da República, de forma a promover a estabilidade política e governativa.
“Infelizmente,
ele só preocupa em acomular diferentes funções dos órgãos da soberania, “quando
na realidade isso está fora das leis”, disse.
ANG/AALS/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário