Cabo Verde/Presidente da República alerta para desestatização da sociedade para se completar revolução liberal
Bissau, 05 Jul 24(ANG) – O Presidente da República alertou
hoje que para completar a revolução liberal iniciada na década de 90, torna-se
necessário desestatizar a sociedade, libertar os indivíduos das peias do
Estado, densificar o sector privado e capacitar o Estado visionário.
“Temos de, do ponto de vista político, completar a revolução
liberal iniciada na década de 90, desestatizando a sociedade e libertando os
indivíduos das peias do Estado e, no plano económico, densificar o sector
privado e capacitar o Estado visionário, estratego e catalisador de dinâmicas
de crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável”, referiu José Maria
Neves.
Na sua intervenção na Assembleia Nacional, por ocasião da sessão
solene comemorativa do 49º aniversário da Independência Nacional, que se
assinala neste 05 de Julho, José Maria Neves considerou que “só com uma
sociedade autónoma e cidadãos livres e activos será possível fazer a diferença
nas próximas cinco décadas”.
“Confiança nas instituições, mercados vibrantes, cidadão
civicamente engajados e participantes activos na governação da República,
universidades fortes, imprensa livre e pujante são vitaminas para o
desenvolvimento durável que queremos estratego e catalisador de dinâmicas de
crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável”, explicitou.
Considerando que “Cabo Verde se afigura como um Estado de
Direito Democrático que funciona, o Chefe de Estado, sublinhou, contudo, que
“ocorre ser preciso, cada vez mais, garantir todos os direitos dos cidadãos,
buscando diminuir as desigualdades de rendimentos, proporcionando mais riqueza
e reduzindo a pobreza extrema, para que a nossa sociedade seja cada vez mais
solidária, inclusiva e justa”.
“Lamentavelmente, o cenário mundial que se nos apresenta é o de
uma casa cada vez mais perigosa para se viver. Cabo Verde não é parte nesta
escalada de tensão insana, de desfecho imprevisível. A nossa postura deve ser
de equilíbrio e de inteligência, agindo com prudência, equidistância e
moderação, e não nos colocarmos em bicos de pés”, explicitou.
Nesta linha, referiu que cumpre ao país “o papel, tal como no
passado, em que, modestamente, contribuímos para soluções de paz, de, também
hoje, sermos um ponto de encontro, uma casa de diálogo, sendo sempre uma ponte
para a paz. Esta é a nossa vocação. Reiteramos a defesa intransigente da Carta
das Nações Unidas, do Direito Internacional, do respeito pela soberania e a
integridade territorial dos Estados”.
Lançou um repto a todos no sentido de se abraçar o desígnio
universal de lutar e zelar pela paz e contribuir para que o futuro seja
pacífico e de prosperidade para toda a Humanidade e exortou, neste 5 de Julho,
à união “em torno dos interesses nacionais”, visando “comemorar condignamente
este marco de ouro que é o primeiro quinquénio da Independência Nacional”.
“O sonho para os próximos 50 anos é, tem de ser, ou de construir
um Cabo Verde moderno, próspero, justo e inclusivo e com oportunidades para
todos os seus filhos”, concluiu o mais alto magistrado da Nação, para quem, a
celebração dos 50 anos da independência, se afigura como a data mais importante
da história da nação cabo-verdiana. ANG/Inforpress
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