terça-feira, 13 de agosto de 2024

Caju/Consultor nacional para produção anuncia  criação de  15 campos de novo tipo do produto

Bissau, 13 Ago 24(ANG) – O Consultor Nacional para Área da Produção de Caju,  disse que têm previsto para o mês de Setembro, do ano corrente,  a plantação de quinze campos de novo tipo de caju, que vai começar de raiz.

Júlio Malam Indjai que falava, segunda-feira, à margem da cerimónia de balanço das atividades desenvolvidas pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação(FAO) na Guiné-Bissau, diz que já preparam viveiros no Centro de Pesquisa de Coli, no sector de Quebo e que são estas plantas que vão enxertar com apoio de um Consultor Internacional Brasileiro, que chegará  no final deste mês ao país.

O referido projeto é da iniciativa do FAO  e é implementado sob o lema "um país, um produto prioritário" , e diz que a Guiné-Bissau escolheu caju, por ter  grande peso na economia guineense.

"Queremos com a FAO e em colaboração com Governo mudasse o cenário  e incutir na cabeça dos produtores de que não é quando têm 400 pés de caju num hectar é que vão ter a mesma produção”, disse Júlio Indjai.

Pelo contrário, de acordo com o Consultor, quanto mais pés de caju forem plantados  num hectar pior é a pordução porque o pomar vai produzur  frutos pequenos que não ajudam na indústria de transformação.

“Porque quando são postos no processamento partem-se e os compradores preferem amêndoa de tamanho inteiro”, disse.

Malam Indjai adiantou que também têm previsto a criação de  um hectar de pomares de caju no centro  Coli, correspondente à 100 plantas, e que depois vão montar um sistema de irrigação,  experiência que o projeto decidiu fazer para ver como o caju irrigado vai comportar no contexto da Guiné-Bissau.

Disse que, para o efeito, vão formar 50 produtores de caju, em diferentes técnicas de produção de caju, não só no domínio de produção mas  também no de transformação.

Realçou que o caju tem mais valências quando é processado internamente, porque, daí se pode aproveitar  tudo quanto é possível na sua produção, fazendo doces, sumos, compotas e outros alimentos derivados de frutas.

“Na  castanha aproveita-se a casca para biogases utilizados na indústrias para fazer energia e o líquido RCC  que é comercializado à um alto preço internacionalmente e que é utilizado para travões de avião”, referiu.

Júlio Malam Indjai disse que a Guiné-Bissau não explora nem metade daquilo que deve ser explorado no caju e que todos estes ensinamentos vão ser transmitidos aos  produtores .

Referiu que nesta primeira fase, as zonas de intervenção vão ser a região de Biombo, Cacheu e Oio, que neste momento estão sendo limpados e cultivados para diversificar, porque ainda pode ser cultivado muitas coisas neste momento, nomeadamente amendoim(mancarra), milho, batata, mandioca entre outros, até 15 de Setembro.

Tudo isso, diz Indjai, deve  permitir a diversificação da economia dos produtores e melhorar seus níveis de vida, contribuindo assim para acelerar o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS). ANG/MI/ÂC//SG

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