quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Espanha/Carles Puigdemont falou à multidão em Barcelona e escapou à polícia

Bissau, 08 Ago 24 (ANG) - Após sete anos de exílio e apesar de ser alvo de um mandado de detenção, o líder independentista catalão Carles Puigdemont discursou perante uma multidão em Barcelona e voltou a desaparecer sem ter sido detido.


Quase sete anos depois de ter saído da Catalunha a caminho de Bruxelas para evitar ser acusado e condenado por ter organizado um referendo ilegal e declarado a independência, Carles Puigdemont surgiu em público numa concentração de milhares de apoiantes, no centro de Barcelona.  Num discurso de cerca de 15 minutos, Puigdemont defendeu que "o direito à autodeterminação pertence ao povo, é um direito colectivo” e que “há sete anos, 2,3 milhões de pessoas votaram".

Ao aparecer num evento público no país, o líder independentista arriscava-se a ser detido porque continua a ser alvo de um mandado de detenção em Espanha. Mas não foi preso e até foi um elemento da polícia da Catalunha que foi detido por suspeita de o ter ajudado.

Depois do discurso, a organização da iniciativa pediu ao público para criar um corredor para a marcha de Puigdemont até ao parlamento regional e foi então que o dirigente separatista desapareceu no meio da concentração de pessoas.

A polícia ainda tinha montado um perímetro de segurança em redor do parlamento e era aí que esperava por ele. Isto depois de o antigo presidente do governo autonómico catalão ter avisado, nas redes sociais, que tinha começado a sua "viagem de regresso do exílio" e que estaria na sessão parlamentar desta quinta-feira, depois de ter sido eleito deputado nas eleições catalãs de 12 de Maio. A sessão foi convocada para investir o socialista Salvador Illa presidente do governo regional, depois da sua vitória histórica de Maio que acabou com a maioria independentista.

Apesar da lei da amnistia negociada entre Pedro Sánchez e os partidos soberanistas, o Supremo Tribunal considerou que um dos crimes de que Puigdemont era acusado, desvio de fundos para organizar o referendo, não está abrangido pela lei.ANG/RFI

 

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