Centenário de Amilcar Cabral/Presidente do Congo afirma que Cabral destacou-se como um dos maiores teóricos das independências africanas
Bissau,16 Nov 24(ANG) – O
Presidente da República de Congo(Brazaville), disse que Amílcar Cabral
destacou-se como um dos maiores teóricos das independências africanas e da
revolução, frisando que o seu nome permanece gravado no panteão dos heróis que
deram a vida pela libertação de África.
“Senhoras
e senhores, reunimos aqui hoje para
exaltar a memória de Amilcar Cabral, digno filho deste belo país e de África,
que, depois de trilhar o caminho da virtude e lutar bravamente pelo bem público
e pelo interesse geral, enfrentando adversidades, alcançou o trono da glória e
ocupa um lugar no firmamento da estima colectiva, juntando-se às belezas da
imortalidade”, salientou o chefe de Estado congolês.
Sassou
Nguesso afirmou que Amílcar Cabral, nomeado director do Centro Experimental
Agrícola de Bissau, adquiriu um profundo conhecimento do seu país e estreitou
laços valiosos com a sua população, acrescentando que estudou, assiduamente, a
estrutura socioeconómica da colónia que o viu
nascer, a Guiné-Bissau.
Acrescentou
que, na mesma época, Cabral interessou-se pelas ideias do Pan-africanismo,
seguindo os passos de Kwame Nkrumah, e apaixonou-se pela poesia de Leopold
Sédar Senghor, debatendo com os seus camaradas sobre o conceito de Negritude,
forjado pelo martiniquense Aimé Césaíre.
“As
autoridades coloniais portuguesas consideravam-no suspeito, ou mesmo perigoso,
obrigando-o a exilar-se em Angola, onde, rapidamente, entrou em contacto com o
movimento nacionalista local”, recordou o líder congolês.
O
chefe de estado congolês disse que, regressado à Guiné-Bissau, Cabral fundou o
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), tentando
negociar com as autoridades portuguesas, cada vez mais isoladas
internacionalmente.
“Sem
resultados, o PAIGC viu-se forçado a iniciar a luta armada, que começou em
1963, com apoio da União Soviética e rapidamente se expandiu , desafiando o
exército colonial português”, frisou.
Denis Sassou Nguesso está em Bissau à convite do seu homólogo, Ùmaro Sissoco Embaló nas celebrações de 16 de Novembro.ANG/ÂC//SG
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