sábado, 16 de novembro de 2024

Centenário de Amilcar Cabral/Presidente do Congo afirma que Cabral destacou-se como um dos maiores teóricos das independências africanas

Bissau,16 Nov 24(ANG) – O Presidente da República de Congo(Brazaville), disse que Amílcar Cabral destacou-se como um dos maiores teóricos das independências africanas e da revolução, frisando que o seu nome permanece gravado no panteão dos heróis que deram a vida pela libertação de África.

Denis Sassou Nguesso discursava hoje nas celebrações  do centenário do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana Amílcar Cabral, do 51°aniversário da independência da Guiné-Bissau e dos 60 anos das Forças Armadas Revolucionárias do Povo(FARP).

“Senhoras e senhores,  reunimos aqui hoje para exaltar a memória de Amilcar Cabral, digno filho deste belo país e de África, que, depois de trilhar o caminho da virtude e lutar bravamente pelo bem público e pelo interesse geral, enfrentando adversidades, alcançou o trono da glória e ocupa um lugar no firmamento da estima colectiva, juntando-se às belezas da imortalidade”, salientou o chefe de Estado congolês.

Sassou Nguesso afirmou que Amílcar Cabral, nomeado director do Centro Experimental Agrícola de Bissau, adquiriu um profundo conhecimento do seu país e estreitou laços valiosos com a sua população, acrescentando que estudou, assiduamente, a estrutura socioeconómica da colónia que o viu  nascer, a Guiné-Bissau.

Acrescentou que, na mesma época, Cabral interessou-se pelas ideias do Pan-africanismo, seguindo os passos de Kwame Nkrumah, e apaixonou-se pela poesia de Leopold Sédar Senghor, debatendo com os seus camaradas sobre o conceito de Negritude, forjado pelo martiniquense Aimé Césaíre.

“As autoridades coloniais portuguesas consideravam-no suspeito, ou mesmo perigoso, obrigando-o a exilar-se em Angola, onde, rapidamente, entrou em contacto com o movimento nacionalista local”, recordou o líder congolês.

O chefe de estado congolês disse que, regressado à Guiné-Bissau, Cabral fundou o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), tentando negociar com as autoridades portuguesas, cada vez mais isoladas internacionalmente.

“Sem resultados, o PAIGC viu-se forçado a iniciar a luta armada, que começou em 1963, com apoio da União Soviética e rapidamente se expandiu , desafiando o exército colonial português”, frisou.

Denis Sassou Nguesso está em Bissau à convite do seu homólogo, Ùmaro Sissoco Embaló nas celebrações de 16 de Novembro.ANG/ÂC//SG

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