Celebrações de 16 de Novembro/PR garante que não vai haver mais golpes de estado no país
Bissau,
16 Nov 24(ANG) – O Presidente da República garantiu hoje que não haverá mais
golpes de Estados , nem presidentes interinos e de transição, mas sim, só Presidente
eleito nas urnas.
Umaro Sissoco Embaló discursava na cerimónia comemorativa dos 51 anos da Independência, 60 anos das Forças Armadas e do Centenário do pai da Nação e fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana, Amílcar Lopes Cabral.
Acusou os políticos de serem
mentores de sucessivos problemas e crises que acontecem na Guiné-Bissau, tendo
advertiu os partidos políticos que quem ganhar as eleições legislativas vai
governar sem tocar naquilo que é de povo.
Umaro Sissoco Embaló afirmou
que, como uma Instituição republicana fundamental do Estado guineense, as Forças Armadas vão continuar a empenhar-se na
consolidação da paz, na segurança do povo guineense e na estabilidade do Estado de Direito Democrático. É essa a sua
missão.
Lembrou que, com o início da Luta Armada
de Libertação Nacional, em Janeiro de 1963, as primeiras unidades de guerrilha
foram submetidas a uma das mais duras provas de coragem e de sacrifício.
“Poderosos meios navais de
guerra foram postos em ação para isolar, montar um cerco à Ilha de Komo, e
quebrar a resistência dos Combatentes. "frisou.
Disse ser o primeiro grande embate entre as forças armadas
coloniais e os combatentes da liberdade da Pátria.
Embaló disse que a luta dos combatentes era, para eles, a
“Batalha de Komo”, salientando que na literatura colonial, era a “Operação
Tridente”, uma ofensiva que iria durar mais de dois meses, de Janeiro à Março
de 1964.
Acrescentou que foi nesse contexto - fortemente marcado pela coragem demonstrada pelos combatentes na ‘Batalha de
Komo’ e pela determinação de executar as pertinentes recomendações do Congresso
de Cassacá, realizado, em Fevereiro de 1964, que Amílcar Cabral decidiu
reestruturas nossas primeiras unidades
de guerrilha.
“Dessa reforma estrutural
das forças de guerrilha resultou a criação das primeiras unidades do exército
de libertação nacional”, frisou o chefe de Estado.
Disse que seriam essas unidades de exército que, em parada,
diante de Amílcar Cabral, prestaram o seu Juramento de Bandeira, no dia 16 de
novembro de 1964 e que faz hoje, precisamente, 60 anos.
O Presidente da República
sublinhou que nas últimas décadas, a ocorrência de ‘golpes militares’
desacreditou completamente as Forças
Armadas, salientando que era preciso voltar a construir uma verdadeira instituição castrense.
“É um processo que é
inseparável da fidelidade à Constituição da República, da cultura de
hierarquia, de disciplina, de ordem, e também de auto-estima”, disse.
O Presidente da República
afirmou na ocasião que ninguém pode mudar a data de 24 de setembro, Dia da
independência da Guiné-Bissau, “porque é uma data sagrada "mas
que se pode
mudar a sua festividade.
Disse que adiou as comemorações de 24 de Setembro para 16 de Novembro por causa da época das chuvas. ANG/JD/ÂC//SG
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