Moçambique/ Governo desmente a presença de forças ruandesas em Maputo
Bissau, 07 Nov 24 (ANG) - Não há
forças estrangeiras, muito menos ruandes
as, a combater as pessoas que protestam
contra os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro em Moçambique, segundo
o Ministro da Defesa que desmente assim, informações sobre a presença de forças
ruandesas na cidade de Maputo.
Para
o ministro da defesa, as informações postas a circular,
sobretudo nas redes sociais e em alguma imprensa, são falsas:
“A
presente actuação neste ambiente de tensão política, em todo o território
nacional, é feita exclusivamente pelas forças de defesa e segurança de
Moçambique, sem nenhum apoio de forças estrangeiras, em particular as forças de
segurança do Ruanda. Este é o nosso assunto e devemos resolver em concórdia
entre nós moçambicanos”, afirmou o Ministro da Defesa.
Cristóvão
Chume adverte,
contudo, que os militares poderão entrar em cena para travar manifestações
violentas:
“Se
o escalar da violência continuar não se coloca outra alternativa senão mudarmos
a posição das forças no terreno e colocarmos as forças armadas a protegerem
aquilo que são os fins do Estado”, concluiu Cristóvão Chume.
Em
conferência de imprensa, a Ordem dos Advogados de Moçambique disse recear um
banho de sangue que se pode viver, amanhã, 07 de Novembro, em Moçambique, dia em que está
prevista a grande marcha pela cidade de Maputo.
A
ordem tece duras críticas à actuação da polícia, e à postura do Presidente da
República face ao que está a acontecer, num país em que a CNE e o Conselho Constitucional não
têm qualquer credibilidade segundo a ordem, acrescentando que é preciso o Presidente
da República se pronunciar para apaziguar os ânimos.
A
ordem defende ser urgente avançar-se para um diálogo que envolva toda uma
sociedade para se evitar o pior, isto porque o descontentamento é generalizado e tudo
pode acontecer.
Os
protestos contra os resultados eleitorais forçaram ao encerramento da fronteira
de Ressano Garcia, a
principal entre Moçambique e a África do Sul, por motivos de segurança.
De acordo com os órgãos de comunicação sul-africanos, cidadãos moçambicanos enfurecidos depois do baleamento de um deles pela polícia, destruíram e incendiaram residências e viaturas numa zona junto da fronteira. As mesmas fontes referem que os agentes das forças da ordem envolvidas nos incidentes tiveram que se refugiar na África do Sul.ANG/RFI
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