segunda-feira, 10 de março de 2025

            Ucrânia/Mulheres são destaque na linha da frente da guerra

Bissau, 10 Mar 25 (ANG) – Dia da mulher na Ucrânia tem a ver também com a crescente mobilização de mulheres para a frente de batalha.

 A RFI falou com uma deputada que admite estar a trabalhar para fabricar fardamento e calçado mais apropriado para as mulheres no Exército. O número de mulheres entre os candidatos à mobilização subiu para 21% de acordo com dados oficiais. 

Elas estão em todo o lado e até na linha da frente. Mais de 10 mil mulheres estão envolvidas em missões de combate. No total há 67 mil mulheres nas Forças Armadas da Ucrânia.

E há mais a caminho. Ao longo dos últimos dias, em diversas cidades da Ucrânia, encontrámos jovens ucranianas interessadas em engrossar as fileiras da Ucrânia de forma voluntária . O número de mulheres entre os candidatos a mobilização subiu para 21%, de acordo com dados oficiais.

Na retaguarda os problemas agravaram-se com a guerra. A violência de género aumentou 36% desde 2022. Sete em cada 10 desempregados ucranianos são mulheres. 

Números que devem ser lidos por defeito apontam para 1 milhão e 900 mil mulheres deslocadas, das quais apenas 48% estavam empregadas em 2024,  comparando con 71% dos homens.

O fosso salarial entre homens e mulheres disparou desde 2021, ganhando elas 41% menos que eles, para além do aumento do trabalho não pago desde 2022.

As Nações Unidas sublinham que metade dos novos negócios ucranianos são iniciados por mulheres. Mas isso não chega, reconhece a ONU, que aponta para 6,7 milhões de mulheres ucranianas a precisar de ajuda humanitária.

A guerra terá feito mais de 4000 mortes de mulheres e raparigas, embora este número seja de difícil confirmação, reconhecem as Nações Unidas.

A desigualdade está também presente na política. Há apenas 5 mulheres em 21 ministros e a representação feminina entre os deputados é de 22%. Como sublinhava uma das parlamentares à RFI, a paz também deveria passar por mais mulheres à mesa das negociações. Entre Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e União Europeia, escasseiam as mulheres envolvidas nos mais decisivos processos negociais para acabar a guerra.ANG/RFI

 

Sem comentários:

Enviar um comentário