Angola/Queda do preço do petróleo no mercado internacional força a reformas profundas
Bissau, 12 Jun 25 (ANG) - Angola
admite que a queda do preço do petróleo nos mercados internacionais está a
impor reformas económicas profundas e a obrigar a melhorar a execução
orçamental.
Com
a desvalorização do Brent, o Governo angolano está a adoptar medidas de
contenção para garantir a
sustentabilidade financeira do orçamento de Estado de 2025, projectado a 70
dólares por barril de petróleo.
O
secretário de Estado do Tesouro revela que, em
resposta à redução do preço do petróleo de 70 para 65 dólares por barril, o Governo traçou medidas para ajustar às despesas e receitas do Orçamento
Geral do Estado (OGE) de 2025.
Otoniel dos Santos, o titular da pasta, faz
saber que a desvalorização do crude nos mercados internacionais, não só está a
obrigar a acelerar as reformas económicas, mas também a melhorar a execução
orçamental.
“O
ano de 2025, impõe-nos exigências redobradas. No quadro macro-económico
internacional está a tornar-se mais volátil. A queda dos preços do petróleo,
combinada com uma procura globalmente menos robusta, obriga-nos a acelerar
reformas, melhorar a execução orçamental e proteger os mais vulneráveis”,
reconheceu o governante.
Segundo
o governante, tem de haver exigências redobradas na
banca comercial angolana, para evitar o impacto da volatilidade nos mercados
internacionais.
“As
previsões mais recentes indicam uma trajectória descendente da inflação, ainda
que num patamar elevado, e alguma estabilização nas taxas de juros
internacionais. Este ambiente cria condições para uma política monetária mais
previsível e exige da banca uma atenção redobrada à gestão do risco de crédito,
de liquidez e de capital”, alertou o secretário de Estado do
Tesouro.
Para
Otoniel dos Santos, a economia real, e com ela os
rendimentos das famílias, a criação de empregos e a geração de oportunidades, depende de um
sistema bancário funcional, acessível e alinhado com os objectivos do
desenvolvimento sustentável.
O OGE de 2025 destinou mais de 5,469 biliões
de kwanzas para despesas com bens e serviços, um aumento de 58,2% em relação
aos 3,455 biliões aprovados em 2024. ANG/RFI

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