Ambiente /LGDH considera inscrição do Arquipélago de Bijagós na lista do Património Natural Mundial da UNESCO como “uma conquista para celebrar e um direito para defender”
Bissau, 14 Jul 25 (ANG) – A Liga Guineense dos direitos Humanos (LGDH),considerou a inscrição do Arquipélago de Bijagós na lista do Património Mundial Natural da Humanidade da UNESCO como uma “conquista para celebrar e um direito para defender”.
A reação da liga à decisão da
UNESCO foi manifestado em comunicado à imprensa, à que a ANG teve acesso esta
segunda-feira, segundo o qual este feito
é para proteger e organização refere que “saúda com imenso orgulho e emoção o
povo Bijagó”.
No comunicado a LGDH parabenizou
ao Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP), que e indica que a dedicação incansável deste
instituto foi decisiva para este feito que considera histórico, bem como a
todas as instituições do Estado que, com empenho e determinação, abraçaram esta
causa.
“A LGDH felicita igualmente as
organizações não-governamentais, com especial destaque para a TINIGUENA – Esta
Terra é Nossa, que há mais de três décadas tem lutado incansavelmente pela
defesa da rica biodiversidade dos Bijagós e pelos direitos das comunidades
locais, assim como os académicos, ambientalistas e todas as vozes comprometidas
que tornaram possível esta vitória”,lê-se no comunicado.
A organização que defende os
direitos humanos considerou que este reconhecimento internacional é o tributo à
sabedoria milenar, à força invencível e à resiliência do povo Bijagó, e à riqueza
única e incomparável da natureza da Guiné-Bissau e diz ainda que é a prova viva de que a harmonia entre o ser humano e o
ambiente não só é possível, como deve ser um exemplo brilhante para o mundo.
Para a LGDH o feito é mais do que uma distinção ambiental ,
representa um avanço decisivo na defesa
dos direitos humanos,uma reafirmação do
direito sagrado das comunidades tradicionais à sua terra, à sua cultura e ao
seu futuro.
Esta declaração, segundo o
comunicado, constitui também uma muralha intransponível contra a apropriação,
os negócios e as especulações mercantilistas que ameaçam as terras dos Bijagós
- protegendo o seu território da voracidade do lucro desenfreado e garantindo
que permaneça nas mãos do seu povo.
No documento, a LGDH alerta que o
Arquipélago dos Bijagós não pode continuar a ser o “parente pobre” das
políticas públicas nacionais e diz que é imperativo que o Estado guineense
assuma um compromisso firme e sustentável para entre outros,preservar a
biodiversidade única e frágil do arquipélago.
“Garantir e proteger os direitos
ancestrais das comunidades locais, homens e mulheres,combater com rigor a
criminalidade organizada, nomeadamente o tráfico de drogas, que ameaça a paz e
a segurança da região e fomentar investimentos que promovam um turismo
responsável, de qualidade, que respeite o ambiente e proteja a dignidade humana”,são
outras recomendações feitas pela LGDH .
No comunicado a LGDH apela a uma
gestão integrada, participativa e transparente deste património mundial, que
assegure o desenvolvimento sustentável do arquipélago, respeitando a dignidade
das suas populações e preservando o equilíbrio dos seus ecossistemas. ANG/MSC//SG

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