São Tomé e Príncipe/ Deplora a fuga de cérebros para ao estrangeiro
Bissau, 13 Ago 25 (ANG) - O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, deplora a fuga de cérebros para o estrangeiro e pretende implementar uma migração consciente.
A decisão acontece numa altura em que o executivo
pretende apostar numa iniciativa de "Cidadania por investimento".
“Migração
consciente” é o que pretende o Governo com esta iniciativa. O
documento espelha de forma detalhada os processos e documentos necessários para
que um são-tomense possa entrar em Portugal, viver, trabalhar ou estudar
legalmente.
O
caderno de bolso sobre a migração consciente foi produzido pela Embaixada de
São Tomé e Príncipe em Portugal. Segundo o embaixador, Esterline Género, este
documento tem por objectivo informar os emigrantes sobre todo o processo de
emigração para Portugal.
Portugal
é, actualmente, o principal destino dos são-tomenses e o primeiro-ministro do
arquipélago africaco pretende uma migração controlada e que não traga
constrangimentos para o executivo e para os cidadãos .
Para
o chefe do Governo, Américo Ramos, travar a emigração só será possível com o
desenvolvimento de São Tomé e Príncipe.
Enquanto não atingimos o nível de desenvolvimento desejado,
devemos saber gerir os fenómenos migratórios com responsabilidade.
A migração está, por isso, na agenda política deste Governo.
Por
outro lado, o actual executivo implementou o Programa de Cidadania por
Investimento, que visa atrair capital estrangeiro e impulsionar sectores-chave
da economia nacional, sustentada por um quadro legal robusto e alinhada às
melhores práticas internacionais.
Os
fundos angariados serão integralmente depositados no Fundo Nacional de
Transformação (FNT), destinado a financiar projectos estruturantes nas áreas de
energia, portos, aeroportos, habitação, saúde, educação, turismo e indústria,
garantindo impacto directo no desenvolvimento do país.
O
modelo estabelece um investimento mínimo de 90.000 USD para candidatos
individuais e 95.000 USD para famílias de até quatro membros, acrescido de
5.000 USD por dependente adicional, bem como uma taxa de processamento e
verificação de USD 5.000, não reembolsável.
Para
garantir promoção e gestão eficazes, o Governo celebrou um acordo exclusivo de
dez anos com a empresa Passport Legacy, sediada no Dubai, Emirados Árabes
Unidos, que fica responsável pela operação técnica e pela divulgação
internacional do programa, prevendo-se, ainda, a abertura de uma embaixada em
Abu Dhabi e de um Consulado-Geral no Dubai.ANG/RFI

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