segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Benin/Assembleia nacional aprova transição para mandato de sete anos e criação de Senado

Bissau, 17 Nov 25 (ANG)  – Seis meses antes das eleições presidenciais de abril de 2026, o Benin adotou, na noite de sexta-feira, 14 de novembro, para sábado, 15 de novembro de 2025, uma revisão constitucional que prevê, em particular, a extensão do mandato presidencial de cinco para sete anos e a criação de um Senado.

O texto foi aprovado por 90 deputados contra 19, sem abstenções.

Inicialmente convocados para decidir sobre uma emenda constitucional de 2019 dedicada à criação de uma segunda câmara parlamentar, os deputados acabaram por aprovar um conjunto mais amplo de reformas.

O mandato do Presidente da República, dos membros do parlamento e dos funcionários eleitos a nível local é agora de sete anos, renováveis, sem, contudo, pôr em causa o princípio de que um presidente não pode exercer mais de dois mandatos "durante a sua vida".

A medida mais discutida diz respeito aos membros do parlamento. Qualquer parlamentar eleito por um partido que se demita perderá automaticamente o seu mandato. Esta medida surge poucos dias após a saída de seis membros do partido da oposição, Os Democratas, enfraquecido por uma crise interna e pela rejeição da candidatura presidencial de Renaud Agbodjo.

A revisão constitucional também abre caminho para a criação do Senado, apresentado por seus idealizadores como um "conselho de sábios".

A nova instituição será composta por 25 a 30 membros, alguns nomeados, outros atuando por direito próprio, incluindo ex-presidentes da República ou chefes de instituições. A missão do Senado será "regular a vida política" e poderá solicitar uma segunda leitura de certas leis, com exceção das leis orçamentárias.

Essa reforma ocorre após o Tribunal Constitucional ter validado o cartaz para as eleições presidenciais de 2026, que colocarão frente a frente Romuald Wadagni, candidato do movimento presidencial, e Paul Hounkpé, representante das Forças Cauris para um Benim Emergente (FCBE).

O texto aprovado ainda precisa ser submetido à revisão do Tribunal Constitucional antes de ser promulgado pelo presidente Patrice Talon. Essa nova medida política está gerando considerável interesse no país, onde as revisões constitucionais continuam sendo um tema bastante sensível.ANG/Faapa

    

 

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