Saúde Pública/Coordenadora Nacional da Saúde de Visão defende criação de “Saúde Ocular Escolar” no país
Bissau, 09 Abr 25 (ANG) – A Coordenadora
do Programa Nacional de Saúde de Visão, pede empenho do Governo para a criação
de programa através do qual se garantir a “Saúde Ocular” nas escolas.
Salimato Sanhá, em entrevista à ANG sustentou que, o Gabinete que Coordena está a trabalhar para criar um programa de “Saúde Ocular Escolar”, no país, mas diz que, para que a ideia torne uma realidade, precisa de apoio e atenção do Governo .
Segundo Sanhá, é a primeira
vez no país, que o Programa Nacional de Saúde de Visão (PNSV), está a tentar
implementar este projeto para as escolas públicas primárias e secundárias , e para
Jardins Infantis, visando a redução de problemas
de vista nas crianças.
“Ao nível nacional, o país
alberga centenas de crianças com problemas visuais, e muitos delas, por este
motivo, acabam por abandonar a escola, porque são vistas pelos colegas e professores
como péssimos alunos. Pelo contrário, são bons, e precisam de consulta médica para melhorar a visão", disse Salimato Sanhá.
De acordo Salimato, a Glaucoma
,
Pacibere, Catarata Congenete e outros problemas visuais são frequentes nos
olhos de muitas crianças guineenses.
“Em 2017 fizemos um
rastreamento na região de Oio, e apuramos que, em cada 1000 crianças, 300 se
deparavam com problemas de vista, e não podiam ir para a escola, devido a falta
de condições financeiras por parte dos seus encarregados de educação. Não têm
condições para comprar óculos de vista para seus filhos”, disse a Coordenadora.
Para fazer face à situação,
Salimato Sanhá disse que o Ministério da
Saúde Pública (MSP), através do Programa Nacional de Saúde de Visão (PNSV),
está a mobilizar fundos junto de parceiros e Governo, com a finalidade de criar
“Saúde Ocular Escolar”.
Prevê-se que em cada ano, se promova uma campanha de rastreamento a nível nacional,
em diferentes escolas do país, com a finalidade de detetar, a quantidade de
crianças que sofrem de problemas visuais , e que os seus pais carecem de meios
para comprar óculos.
“Como forma de apoiar essas
crianças vulneráveis, o Programa Nacional de Saúde de Visão, através de
parceiros, lançará uma campanha de oferta de óculos de vista, para as referidas
crianças, a fim de lhes permitir enxergar com prefeição, tanto na escola assim como nos
seus dia-à-dia”, salientou Sanha.
Questionada sobre que efeitos
negativos as poeiras registadas nos últimos tempos no país podem ter nos olhos
das pessoas, Salimato disse que a poeira provocada por excesso de ventos que por
vezes acabam penetrando nos olhos das pessoas não representam grandes perigos para o olho humano.
Disse que só podem causar à
pessoa um desconforto,a inflação de
conjuntivite, ou gerar uma inflamação , sem tanta gravidade para a Saúde Ocular.
Quanto as pessoas que
costumam passar horas a navegar no telefone ou no computador, a Coordenadora
Nacional da Saúde de Visão sublinhou que também não é assim tão grave como as
pessoas pensam.
“O único problema que essa
preocupação pode trazer à uma pessoa chama-se
“Espasma muscular”,que passa por um
momento em que os nervos visuais ficam presos e irritados e começam e provocar imensa
dor da cabeça. Mas, ao relaxar a mente, a dor desaparece”, conculiu a
Coordenadora. ANG/LLA/ÂC//SG