Política/Presidente da República nomeia chefe do Estado-Maior Particular e Presidente para Tribunal Militar
Bissau, 03 Abr 25(ANG) - O
Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, nomeou , quarta-feira,
novamente, um chefe do Estado-Maior Particular e mudou a chefia do Tribunal
Militar Superior, através de decretos publicados em Bissau.
Djassi é um ex-comissário
Nacional da Polícia de Ordem Pública (POP) e antigo comandante-geral da Guarda
Nacional.
Em setembro de 2023, o chefe
de Estado nomeou Tomás Djassi comandante da Segurança Presidencial, tendo
justificado a sua decisão pelo facto de aquele ser um dos militares que o defenderam
"com bravura".
O Presidente da República
referia-se ao desempenho do general aquando dos ataques de homens armados ao
Palácio do Governo, onde presidia ao Conselho de Ministros, no dia 01 de
fevereiro de 2022.
Na ação, que as autoridades
políticas e militares consideraram tratar-se de tentativa de golpe de Estado,
morreram 12 pessoas, na sua maioria elementos da segurança presidencial e
motoristas de membros do Governo.
É a segunda vez que Umaro
Sissoco Embaló nomeia alguém para o cargo de Chefe do Estado-Maior Particular
do Presidente da República.
O também major-general Horta
Inta-A foi nomeado para o posto em setembro de 2023, mas, dias depois, foi
exonerado daquelas funções e nomeado chefe do Estado-Maior do Exército.
A primeira nomeação de um Chefe
do Estado-Maior Particular do Presidente da República, diferente do cargo de
Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, foi, na altura, bastante
criticada pela oposição a Sissoco Embaló.
A oposição considerou que,
por não ser uma figura prevista na Constituição guineense, a nomeação era
ilegal.
Sissoco Embaló respondeu aos
críticos com o argumento de que, enquanto "Comandante Supremo das Forças
Armadas", tem competência "para requisitar" qualquer elemento da
estrutura militar para o coadjuvar na Presidência da República.
"O Chefe do
Estado-Maior particular do Presidente é uma estrutura que existe em todos os
países do mundo. O Chefe do Estado-Maior General é o primeiro operacional das
Forças Armadas, são duas coisas totalmente diferentes", argumentou Embaló.
O Presidente guineense fez
igualmente mexidas no Tribunal Militar Superior, tendo exonerado o
major-general Quintino Quadé da presidência do órgão e nomeado o também
major-general Augusto Bicoda, que já tinha ocupado o cargo.
Quintino Quadé foi nomeado
por Sissoco Embaló conselheiro do Presidente da República para a área da Defesa
Nacional.
Os decretos não referem os motivos das mexidas.ANG/Lusa
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