terça-feira, 5 de agosto de 2014



Saúde Publica

Ministra Valentina define melhoria de assistência, limpeza e as refeições como prioridades  
 
Bissau,05 Ago 14 (ANG) – A ministra de Saúde afirmou que a sua prioridade  para os hospitais da Guiné-Bissau  vai ser a melhoria da assistência sanitária, da  higiene e a garantia de   refeições  aos  pacientes necessitados.

Em entrevista à agência Lusa, Valentina Mendes disse que ela e os seus colaboradores pretendem atacar, primeiramente, a área de assistência e atendimento sobretudo em Bissau, onde disse haver graves problemas de limpeza e de saneamento.

" Os grandes hospitais não confecionam uma dieta adequada para os doentes", sublinhou a governante, médica pediatra há 22 anos.
"Sou otimista, mas não vou aventurar-me aqui a dizer que num ano ou dois" as situações se resolvem, acrescentou.

Afirmou que durante esses quatro anos de governo vão tentar melhorar" as necessidades mais urgentes.
"Vamos conseguir. Depois é que acho que daremos já uma resposta bem firme" em termos de saúde pública, destacou a ministra da Saúde.

 A médica que tutela a Saúde acredita que parte da inoperância dos serviços públicos nesta área se deve aos atrasos no pagamento de salários, mas considera que a mentalidade dos funcionários também pode ser um problema.

"Temos que mudar a mentalidade dos servidores de saúde. Nós jurámos dar vida e fazer o que seja necessário para que esta seja preservada", destacou a ministra.

"Quando saio de minha casa para trabalhar, tenho que o fazer independentemente de me terem pago o salário ou não. Se vou para reivindicar lá no serviço, enquanto devia estar no meu posto, prefiro ficar em casa", ilustrou.

O governo já anunciou que durante o mês de agosto vai regularizar o pagamento de salários em atraso em todos os setores públicos, ponto a partir do qual a ministra acredita que o cenário poderá evoluir com diálogo entre a  tutela e os funcionários, "responsabilizando" quem não cuida bem "da coisa pública".

Valentina Mendes e os restantes membros do governo tomaram posse a 03 de julho como o primeiro executivo eleito depois do golpe de Estado de abril de 2012 e que segundo entidades internacionais encontrou um país de rastos em todos os setores.


A esperança média de vida à nascença na Guiné-Bissau é de 47 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Abundam os casos de paludismo, doenças diarreicas, SIDA e há um ciclo quase estabelecido de epidemias de cólera, "o que constitui uma situação de emergência no país", refere a organização.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em cada mil crianças 63 morrem com menos de um ano. ANG/Lusa

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