quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Universidade Lusófona


Pró-Reitor nega acusação de perseguição aos membros do sindicato dos professores daquela instituição  

Bissau, 04 dez 19 (ANG) – O Pró-Reitor da Universidade Lusófona da Guiné (ULG) nega  ameaças de despedimento e clima de intimidação contra docentes que criaram sindicato dos professores para negociar a melhoria de condições, daquela instituição do ensino superior no país, como noticiou o jornal português “O Público”.

Nilton Soares de Sousa confrontado hoje pelo repórter da ANG  relativamente a reportagem publicada no referido jornal português, segundo as quais a ULG funciona sem condições mínimas, desde falta de cadeiras,ventilação, mesas e de internet, concorda com alguns aspectos reportados pelo jornal, mas  disse que a Direcção daquela instituição está a trabalhar para superar algumas escassez mencionadas.

Disse que a falha de internet, tem a ver com má qualidade do serviço que a empresa fornece aos seus clientes e neste caso particular a ULG não é o único com o  problema da falha da rede de internet na Guiné-Bissau, explicando que isso se verifica em quase todas as instituições e que mesmo assim cumprem  com a sua obrigação.

Sobre a insuficiência de ventilação, o Pró-Reitor da ULG disse também que  se deve ao péssimo serviço de energia eléctrica que o país oferece.

“Hà uma variação enorme do fornecimento da energia eléctrica e isso não permite o normal funcionamento dos aparelhos de ar condicionados, devido ao péssimo serviço de luz eléctrica que o país oferece as instituições que precisam de ventilação constante. A queda de corrente eléctrica provocou em muitas ocasiões, curto circuito, que danificou o nosso painel de distribuição da corrente”, explicou.

Aquele responsável afirmou que no momento, a ULG  funciona sem ventilação mas  que não é só a ULG que enfrenta esse  problema.

Reconheceu a insuficiência de cadeiras, mas alega que tal se deve a superlotação  dos estudantes, informando que a questão vai ser superada com regularização da situação dos alunos relativamente as inscrições e pagamento das dividas que os mesmos contraíram com a instituição.

“A ULG dispõe de 4.000 alunos e  pouco menos de 90 por cento deles é que se inscrevera. Há  muitos que ficaram anos e anos sem efectuar nenhum pagamento trimestral mas  que continuam a frequentar as aulas”, revelou, acrescentando que já publicaram circular onde informaram aos estudantes sobre as formas como devem regularizar as  suas situações.

Avisa que o estudante que tiver dívidas acumuladas de 270.000 FCFA até 360.000 poderá regularizar a sua situação pagando a inscrição do semestre do presente ano em duas prestações.

Disse que  aquele que tiver dívidas acima dos 360.000 FCFA será  suspenso das aulas e deverá tratar  da sua dívida  com o Administrador.

Nilton Soares de Sousa afirmou que isto vai permitir a ULG  reorganizar as salas.

Disse que existem alunos que não cumprirem com as suas obrigações em termos de pagamento de propinas, mas  que continuam a frequentar aulas e que esta situação  não é bom para  uma instituição cujo  funcionamento depende do pagamento dos estudantes.

Quanto a falta de livros na biblioteca, disse que, de facto, a maior parte dos conteúdos bibliográficos estão disponíveis na internet, mesmo assim reconheceu a escassez e prometeu  melhorar a situação.

Em relação a recusa de atribuição do horário de aulas aos membros do sindicato, Nilton de Sousa nega essas acusações e justificou a situação com a ausência sistemática de alguns docentes nas aulas, e alega  que muitos   não tinham condições , em função da suas formações para continuar a leccionar e que  outros estavam a dar aulas nas disciplinas que não dominam, e por isso contratou-se professores com diploma de  mestrados.

“Isso não tem nada a ver  com criação do sindicato ou de ser sindicalista”, afirmou.

E no que diz respeito a assinatura de contrato com os docentes, o Pró-Reitor da ULG disse que entregou ao sindicato uma proposta para  celebração de contrato e do valor fixo de salário mensal a ser pago aos professores  mas  que o sindicato é que não apresentou a referida proposta aos seus associados.
ANG/LPG/ÂC//SG

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