EAGB/“Dívida com Segurança Social impede 113
funcionários irem à reforma”, diz Diretor-geral Interino da empresa
Bissau, 11 jun 20 (ANG) – O Diretor-geral Interino da Empresa de Eletricidade e Águas da Guné-Bissau (EAGB) revelou que a dívida com a segurança social tem impedido a ida à reforma à 113 funcionários da empresa.
Mamadu Baldé que falava esta quinta-feira nu
ma conferência de imprensa conjunta entre os Ministérios da Energia e das Finanças,disse ainda que a situação financeira da EAGB até 05/06/2020 é caraterizada por dívidas de todo o tipo, totalizando cerca de 24 mil milhões de francos CFA, contra a disponibilidade de apenas 527 milhões de fcfa.Acrescentou que se trata de
dívidas ao Tesouro Público, à banca,
Segurança Social e diversos fornecedores
de bens e serviços.
Baldé revelou que no quadro
da luta contra covid-19,com o financiamento do Banco Mundial, a EAGB já dispõe
de doadores de cloro para iniciar os trabalhos de desinfeção de água em todos
os furos desta empresa fornecedora de água e energia do país.
Acrescentou que a cidade de
Bissau com uma população de 500.000 habitantes tem dado vários problemas no que
concerne ao aprovisionamento de água potável.
O responsável prometeu
priorizar o pagamento atempado das faturas ao produtor de energia contratado, denominado
Karpower, sem acumulação de atrasados,e assegurar a distribuição de eletricidade e
água e aumentar a taxa da sua faturação junto dos clientes.
A negociação e restruturação
da dívida da EAGB junto da banca comercial, solicitação de uma auditoria independente abrangendo os
aspetos financeiros e de gestão cobrindo pelo menos os 3 últmimos anos, são outros projectos da nova direcção da EAGB.
Segundo Mamadu Baldé, a EAGB
funciona nesta primeira fase, em parceria com a empresa Karpower, através de um
contrato firmado em 28 de janeiro de 2019 com uma potência de 17 MW.
O director interino da EAGB disse que existem
perdas técnicas na distribuição de Média Tensão (MT) de aproximadamente 4% e
perdas técnica comerciais de 49,82%.
“Existe uma possibilidade da
passagem para segunda fase (30 MW) desde que a rede de distribuição elétrica da
EAGB tiver condições necessárias para absorção de mais clientes e aumento de
demanda. O Parque da KARPOWER (barco flutuante) é constituido por dois
geradores MAN com a potência instalada de 18 MW cada”, referiu.
Mamadu Baldé perspetivou com
base na situação diagnoticada, empreender as ações para solucionar os
diferentes problemas, nomeadamente, o saneamento financeiro que vai passar por
um aumento de receitas , redução das despesas, alargamento dos prazos de
reembolso da dívida com a banca acompanhado com baixa dos custos da mesma por
via da redução das taxas de juro e racionalização de recursos.
Aquele responsável informou
que, no que diz respeito a extensão da água, a Unidade de coordenação de
projetos do Banco Mundial prepara para lançar um concurso para execução de
novos projetos, como a construção de furo de água, reservatório e rede de água
em Bor, Safim Antula Pime e reabilitação de dois reservatórios da Base Aérea, extensão da rede da água para Brene e
Bissalanca e reabilitação do furo, construção do reservatório e lançamento da
rede de água em Prabis.
Por sua vez, o representante
da empresa KARPOWER, Prince Lamptey Tetteh confirmou que o atual governo, em
colaboração com Banco Mundial, pagou a dívida de 7 faturas correspondente a
mais de 9 milhões de dolares, tendo negado a acusação veiculada nas redes
sociais segundo a qual, a empresa vai abandonar o país por falta de pagamento.
Lamptey disse que a empresa
vai continuar a dar energia para toda a população
do país, em colaboração com o governo.
“Com ou sem dívida, a empresa está pronta para
trabalhar no fornecimento da energia”, afirmou. ANG/DMG/ÂC//SG
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