França/Macron critica Hamas e
exige libertação incondicional de reféns
Bissau, 17 Out 23 (ANG) - O presidente francês, Emmanuel Macron,
criticou hoje o Hamas e a utilização que faz dos reféns capturados em Israel,
depois de o grupo islamita ter publicado um vídeo com um desses prisioneiros,
uma jovem franco-israelita.
Numa mensagem divulgada pelo Eliseu, Macron critica a
"ignomínia que representa a tomada de reféns, pessoas inocentes, e a
encenação odiosa" e exige a "libertação imediata e
incondicional" da jovem, Mia Shem.
Nesse vídeo vê-se Mia Shem, que foi sequestrada por homens do
Hamas que entraram em território israelita quando a jovem participava num
festival de no deserto, no passado dia 07 de Outubro, perto da fronteira com a
Faixa de Gaza.
O Eliseu insistiu que "a França está totalmente mobilizada
e a trabalhar com os seus parceiros para libertar os reféns franceses detidos
pelo Hamas".
As autoridades francesas, por razões de segurança e eficiência,
não quiseram especificar a que parceiros se referem, especialmente no mundo
árabe, e mostraram a sua confiança nas iniciativas de Israel em relação aos
reféns.
A ministra dos Negócios Estrangeiros de França, Catherine Colonna,
viajou até Israel no fim de semana passado e recebeu famílias de reféns no
domingo, incluindo a de Mia Shem.
No vídeo divulgado na segunda-feira pelo Hamas, a jovem, que
surge numa cama com um braço ferido, pede que a levem de volta a casa:
"Eles estão a cuidar de mim, a darem-me medicamentos. Só peço que me levem
de volta para casa o mais rápido possível, para a minha família, os meus pais,
os meus irmãos. Por favor, tirem-me daqui o mais rápido possível".
Em resposta à divulgação do vídeo, o porta-voz militar israelita
acusou o Hamas de tentar "apresentar-se como uma organização humana,
quando é uma organização terrorista responsável pelo assassinato e sequestro de
bebés, mulheres, crianças e idosos".
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque
surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de
milicianos armados por terra, mar e ar, causando mais de 1.400 mortos.
Em resposta, Israel tem vindo a bombardear várias infraestruturas
do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco ao território com corte de
abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Mais de 2.800 palestinianos foram mortos nos bombardeamentos na
Faixa de Gaza, mas o número pode ter aumentado após os ataques aéreos de
segunda-feira à noite.ANG/Angop
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