Moçambique/Consórcio associativo denuncia que eleições em
Moçambique "não foram transparentes"
Bissau, 16 Out 23 (ANG) - As eleições autárquicas
foram marcadas por graves irregularidades e que comprometem a credibilidade dos
resultados que dão vitória a FRELIMO nas 64 das 65 autarquias do país.
A conclusão é do consórcio "Mais
Integridade" que considera que o processo "não foi justo e muito
menos transparente".
Quase uma semana após a votação das
eleições autárquicas em Moçambique, o líder do consórcio Mais Integridade,
Edson Cortez, avaliou negativamente este escrutínio que terá sido ganho pela
FRELIMO.
"Com base nas evidências recolhidas nas
mesas de voto, notamos com preocupação que as sextas eleições autárquicas
não foram transparentes, íntegras e imparciais. Registamos um nível elevado de
fraude e má conduta por parte das autoridades eleitorais, dos membros da mesa
de votos e dos brigadistas do recenseamento eleitoral. Uma fraude
particularmente grave surgiu durante o processo de contagem em que os editais
foram adulterados", denunciou este movimento.
Segundo Edson Cortez, estes não foram
os únicos problemas com os quais foram confrontados os observadores desta
votação.
"Registámos
ainda o uso abusivo da força pelas forças de Defesa e Segurança para intimidar
e expulsar observadores e delegados de candidatura dos partidos da oposição das
mesas de voto e desviar urnas para locais desconhecidos diferente daqueles onde
deveria ocorrer o apuramento. O partido FRELIMO, nestas eleições mostrou ser
jogador e árbitro dentro do processo", acusou.
Para o Consórcio Mais Integridade que junta
oito organizações da sociedade civil, a Comissão Nacional de Eleições foi um
entrave à acreditação dos observadores.
Os resultados definitivos das sextas eleições autárquicas, serão conhecidos dentro de 15 dias contados desde o dia da votação 11 de Outubro. ANG/RFI
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