Abuja/CEDEAO procura dialogar com países golpistas e reintegrá-los na comunidade
Bissau, 09 Jul 24 (ANG) - Os chefes de estado da CEDEAO, reunidos em Abuja, decidiram não aplicar sanções aos Estados do Sahel e designaram o chefe de Estado do Senegal para dialogar com os países que, após golpes de Estado, deixaram a organização regional.
A Conferência de Chefes de Estado e
de Governo da CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental, que decorreu, este domingo, 07 de Julho em Abuja, na Nigéria,
analisou a situação do Mali, do Níger e do
Burkina Faso, países governados por militares, que após golpes de estado se
uniram e criaram a Confederação dos Estados do Sahel.
O ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, Rui Figueiredo
Soares que representou Cabo Verde na 65ª Cimeira de Chefes
de Estado e de Governo da CEDEAO avançou à imprensa que o Presidente do Senegal
foi designado pela comunidade para fazer diligências junto do Mali, do Níger e
do Burkina Faso, para que esses países possam reverter a decisão de abandonar a
CEDEAO.
“A
Conferência de Chefes de Estado e de Governo debruçou-se sobre a questão destes
países, que constituíram a Aliança dos Estados do Sahel e que declararam deixar
a CEDEAO e não foram aplicar as sanções, mas sim revista a situação e foi
designado o Presidente do Senegal para fazer diligências junto destes países e
ver se podem reverter a sua decisão de abandonar a CEDEAO.
A questão da integridade da CEDEAO, da união, da solidariedade
no meio desta nossa organização foi uma questão que esteve na ordem do dia e
todos mostraram a necessidade de mantermos a nossa unidade” afirmou o ministro
cabo-verdiano dos negócios estrangeiros, cooperação e integração regional Rui
Figueiredo Soares que falava à imprensa cabo-verdiana em Abuja.
Rui Figueiredo Soares disse ainda que durante a 65ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO o país reafirmou a sua disponibilidade de resolver a taxa comunitária.ANG/RFI
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