Recursos Naturais/Guiné-Bissau concede à China prospeção e exploração de minério na zona de Boé
Bissau,06 Nov 24(ANG) - A
Guiné-Bissau e a China Aluminium Corporation (CAC) assinaram um "acordo de
parceria estratégica" para prospeção e exploração de minas, em Boé, Leste
do país, disse terça-feira à Lusa o
ministro dos Recursos Naturais, Malam Sambu.
À luz desse acordo,
rubricado no início desta semana em Bissau, o Governo guineense cedeu à CAC
parte de um território na localidade de Boé, onde se acredita existir um
"importante jazigo" de bauxite, adiantou Sambu.
"Vão iniciar os estudos
brevemente para determinar a quantidade de bauxite existente naquela mina",
disse o ministro dos Recursos Naturais.
O acordo assinado entre o
Governo guineense e a CAC é o seguimento do memorando de entendimento
rubricado, aquando da visita do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, à
China em julho passado.
Os estudos geológicos
apontam que a Guiné-Bissau terá na localidade histórica de Boé - onde foi
proclamada, de forma unilateral, a independência do país, em 1973 -, mais de
113 milhões de toneladas de bauxite, a principal fonte natural de alumínio.
Em 2007, o Governo guineense
concedeu uma licença de exploração daquele minério à Bauxite Angola, uma
empresa mista de direito angolano, que viria a interromper os trabalhos de
prospeção, iniciados em abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado na
Guiné-Bissau.
Por diversas vezes, desde
então, a Bauxite Angola ensaiou o seu regresso, mas o projeto nunca mais
avançou, até que em dezembro de 2022, o Governo guineense anunciou, em Conselho
de Ministros, a rescisão do contrato ao abrigo do qual havia concedido licença
de exploração àquela empresa.
Em março último, Malam Sambu
anunciou que a licença de exploração de bauxite "está livre", depois
de o Governo guineense considerar que a Bauxite Angola abandonou a concessão.ANG/Lusa
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