Médio Oriente/Israel e Hamas chegam a acordo para primeira fase de plano de paz
Bissau, 09 Out 25 (ANG) - O
Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que a primeira fase do plano
de paz para a Faixa de Gaza foi aceite pelo Hamas e por Israel.
O Presidente palestiniano,
Mahmoud Abbas, saudou o acordo e manifestou a esperança de que possa levar à
criação de um Estado palestiniano.
O acordo foi anunciado pelo Presidente
norte-americano na sua rede social, a Truth Social, na noite passada. Donald
Trump escreveu ter “muito
orgulho em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do Plano de
Paz" que ele propôs. Trump adiantou que "todos os reféns serão libertados
em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada”.
Pouco depois, em declarações à Fox News, Trump disse acreditar que os reféns do
Hamas "regressarão na
segunda-feira" a casa. Donald Trump deverá assistir à
assinatura do documento no Egipto, onde decorreram as negociações, esta semana,
sob mediação deste país, do Qatar e da Turquia, além dos Estados Unidos.
Esta quinta-feira, o Exército israelita
anunciou que está a estabelecer um protocolo para recuar em breve para a linha
estabelecida para a primeira fase do acordo. O primeiro-ministro
israelita, Benjamin Netanyahu, falou em “grande
dia para Israel” e disse que o governo se reúne esta tarde
para “aprovar o acordo
e repatriar os reféns”.
O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas,
saudou o acordo e disse esperar que o tratado possa levar à criação de um
Estado palestiniano e ao fim da ocupação israelita do Estado da Palestina. Em
Khan Younes, na Faixa de Gaza devastada, os palestinianos celebraram o anúcio
que esperam que ponha fim à guerra, às mortes, à fome e aos bombardeamentos
diários dos últimos dois anos.
O plano foi apresentado na Casa Branca a 29
de Setembro e previa o fim da ofensiva israelita em Gaza e a libertação, no
prazo de 72 horas, de todos os reféns do Hamas, vivos e mortos. Depois, o
plano de Trump inclui o desarmamento do Hamas, a retirada de Israel do enclave,
a formação de um governo de transição na Faixa de Gaza e, a longo prazo,
eventuais negociações para a criação de um Estado palestiniano – mas esta é uma
opção que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha
afastado.
A ofensiva israelita em Gaza fez mais de 67 mil mortos entre os palestinianos e foi desencadeada como retaliação contra o ataque do Hamas a solo israelita, a 7 de Outubro de 2023, que provocou 1.200 mortos. A ONU declarou fome numa grande parte do território e uma comissão de inquérito das Nações Unidas acusou Israel de estar a cometer um genocídio. ANG/RFI

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