Benim/ Chefes militares libertados
após tentativa de golpe de Estado
Bissau, 08 Dez 25 (ANG) - Várias fontes militares no
Benim confirmaram que o chefe do estado-maior do exército, general Abou Issa, e
o coronel Gomina Faizou, chefe da guarda nacional, foram libertados pelas
forças armadas durante a madrugada desta segunda-feira, 8 de Dezembro, e
deverão regressar ainda hoje a Cotonou.
Presidente do Benim, Patrice Talon; pediu à população
para regressar à normalidade e elogiou o exército que impediu o golpe de
Estado.
Num discurso televisivo dirigido à nação, o Presidente do Benim
garantiu que "a situação está totalmente sob controlo e, por isso, convido-vos a
prosseguirem serenamente com as vossas atividades a partir desta noite", acrescentando
que "a segurança e a ordem pública serão mantidas
em todo o território nacional".
Patrice Talon elogiou o exército que "permaneceu leal à nação" e impediu o
golpe de Estado, sublinhado que " a traição não ficará impune"
Segundo fontes do Exército, pelo menos 13 militares foram detidos, entre eles
responsáveis pela operação.
O Presidente da Nigéria, por sua vez, confirmou a intervenção
militar do seu país para travar a tentativa de golpe de Estado no Benim, no
âmbito da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a
pedido do Benim.
A maioria presidencial elogiou a ação das forças de defesa e
segurança. O opositor moderado Paul Hounkpè classificou a tentativa de golpe de
Estado como "inadmissível".
A Conferência Episcopal do Benim também se pronunciou, condenando o ato e
expressando a sua "viva preocupação".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também expressou
a "profunda preocupação com a tentativa
inconstitucional de tomada de poder no Benim". A União Africana condenou-a "firmemente e
sem reservas".
Nesta segunda-feira, diversas fontes militares confirmaram aque
o chefe do estado-maior do exército, general Abou Issa, e o coronel Gomina
Faizou, comandante da guarda nacional, foram libertados e regressar a Cotonou
ainda hoje.
Após a independência do Benim em 1960, o país passou por
diversos golpes de Estado. No entanto, desde 1991, tem desfrutado de
estabilidade política, após 20 anos de governo do marxista-leninista Mathieu
Kérékou.
Patrice Talon chegou ao poder em 2016 e deverá terminar o
mandato em Abril do próximo ano, após as eleições presidenciais. No mês
passado, o parlamento aprovou uma alteração constitucional que prolonga o
mandato presidencial de cinco para sete anos, mantendo, contudo, o limite de
dois mandatos consecutivos.ANG/RFI

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