Política/Fundo da CEDEAO para a Guiné-Bissau é inédito e vai melhorar vida das populações – PM
Bissau, 12 Set 23(ANG) – O primeiro-ministro , Geraldo Martins, considerou hoje que o fundo de estabilização disponibilizado pela CEDEAO, no valor de nove milhões de euros, é um instrumento técnico-financeiro inédito que vai melhorar as condições de vida da população.
Falando
na cerimónia de lançamento do fundo da Comunidade Económica dos Estado da
África Ocidental (CEDEAO), no valor de 5,7 mil milhões de francos CFA, Geraldo
Martins acrescentou que a verba “vai oferecer uma oportunidade única ao Governo
para a implementação do plano estratégico da coligação PAI – Terra Ranka, que
constitui o fundamento do programa de governação nesta 11ª legislatura”.
A
Guiné-Bissau tornou-se hoje num dos primeiros estados a beneficiar Fundo
Regional de Estabilização e Desenvolvimento, que a CEDEAO (Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental) promove para ajuda aos países mais frágeis.
O chefe
do executivo lembrou que o Governo tem em curso um programa de emergência com
foco na redução da crise económica e social e na melhoria das condições de vida
das populações, nomeadamente através de medidas para melhorar o poder de
compra, como a redução do preço do arroz, a base alimentar da população.
“Estas
ações também estão a ser acompanhadas de intervenções que se baseiam na
promoção de uma maior liberdade e garantias dos cidadãos, do diálogo com os
parceiros sociais, tendo em conta a criação de um ambiente político favorável à
promoção da igualdade, da equidade social”, acrescentou o chefe do executivo da
coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) – Terra Ranka, liderada pelo
Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Geraldo
Martins assinalou ainda a coincidência de o Governo da Guiné-Bissau completar
hoje um mês da entrada em funções, no dia do aniversário do fundador da nação,
Amílcar Cabral, e em que se marca uma “nova página na cooperação”.
No
âmbito deste programa, a data de hoje ficará marcada pela “retoma da cooperação
da Guiné-Bissau com a república da Alemanha, através deste mecanismo de
financiamento importante, que é o fundo regional de estabilização e
desenvolvimento”, referiu o primeiro-ministro.
O
montante de 5,97 mil milhões de francos CFA destina-se a apoiar projetos nas
áreas das finanças, educação, agricultura, eletricidade, infraestruturas, entre
outras, nas regiões de Bafatá, Gabu, Bolama, Bijagós e Quinará.
A Vice Presidente da Comissão
da CEDEAO, Damtien Larbli Tchintchibidja, felicitou as autoridades do país pela
boa conduta demonstrada na realização das eleições legislativas de 04 de junho
passado e pelo respeito aos princípios
democráticos como condições essenciais para a promoção da estabilidade e
desenvolvimento durável.
Aquela responsável salientou
que a Comissão da CEDEAO renova o seu engajamento a favor das aspirações do
atual Governo.
A governadora
de Gabu, Elisa Pinto, assegurou que o programa “vai mudar a vida das
populações”, concretamente vai “aliviar o esforço físico das mulheres que
cultivam arroz”, que passam a beneficiar de maquinaria de descasque.
Na
província de Gabu é também beneficiar o setor da produção de blocos para
construção, que são feitos à mão.
“Agora
terão uma fábrica grande que vai produzir cinco mil blocos por hora, com cinco
mil blocos constrói-se uma casa. O nível da construção, em Gabu, vai se calhar
aumentar e vai melhorar”, considerou.
Os
equipamentos já estão em Gabu, segundo disse, acrescentando que a cerimónia
oficial de entrega está marcada para o dia 20 e que os beneficiários vão ter
formação para o manejamento dos mesmos.
De acordo com uma Nota
Informativa da CEDEAO, distribuída à imprensa, o referido Fundo visa reforçar a
resiliência das comunidades frágeis, através da criação de oportunidades
socioeconómicas sustentáveis para os cidadãos, nomeadamente os jovens e as
mulheres.
O documento informa que o
Fundo tem duas vertentes, sendo a primeira, da Cooperação Financeira para
investimentos em infraestruturas sociais básicas e equipamento ao longo de
cadeias de valor selecionadas através do Banco de Desenvolvimento.
A segunda vertente tem a ver
com a Cooperação Técnica para o desenvolvimento de competências e reforço de
capacidades implementado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional(GIZ). ANG/Inforpress/Lusa
Y sobre autarquias locais ninguem diz nada .
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