Suíça/OPEP mantém previsões de
aumentos da procura de petróleo em 2023 e 2024
Bissau, 12 Set 23 (ANG) -
A OPEP manteve inalterada a previsão para a evolução da procura mundial de
petróleo até ao final de 2024, que aponta para aumentos de 2,4% em 2023 e de
2,2% em 2024, foi hoje anunciado.
No relatório mensal, a
OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) explica que estas
previsões estão ligadas à expectativa de que a economia mundial cresça 2,7% em
2023, e 2,6% em 2024.
"A dinâmica do
crescimento económico global no primeiro semestre de 2023 tem sido resiliente,
apesar de numerosos desafios, como a inflação elevada, as altas taxas de juro e
as tensões geopolíticas", sublinham os especialistas da agência com sede
em Viena.
Acrescentam que a
tendência positiva também se manteve até agora no trimestre atual,
especialmente graças à recuperação do turismo e das viagens após os anos de
pandemia.
"Espera-se que o
crescimento económico global em curso impulsione a procura de petróleo",
sublinham.
O consumo médio mundial de
petróleo em 2023 deverá situar-se em 102,06 milhões de barris, mais 2,44
milhões de barris ou 2,45% do que no ano passado, e em 104,31 milhões de barris
em 2024, sem alterações em relação às estimativas anteriores efetuadas há um
mês.
O crescimento virá
principalmente das economias emergentes, especialmente da China e da Índia,
enquanto nos países da Organização para a Cooperação e Segurança Económica
(OCDE) a taxa será muito mais baixa, de 0,26% e 0,56% este ano e no próximo,
respectivamente.
No entanto, a OPEP admite
que ainda existem "riscos negativos" que podem afetar as suas
projeções, incluindo "taxas de juro oficiais elevadas no G7, com excepção
do Japão; desafios na dinâmica de crescimento da China; e uma continuação do
conflito na Europa de Leste (a invasão russa da Ucrânia)", bem como o
facto de "os níveis de dívida soberana terem atingido máximos
históricos".
No que respeita à oferta
mundial de petróleo bruto, a OPEP estima que a oferta externa à organização
aumente 2,4% e 2,05%, para 67,23 milhões de barris e 68,66 milhões de barris em
2023 e 2024, respectivamente.
Os maiores aumentos da
oferta rival são esperados nos Estados Unidos, Brasil, Noruega, Cazaquistão,
Guiana, China e Canadá, enquanto se preveem descidas de produção no México e na
Malásia. ANG/Angop
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