China/Guterres condena ataque a hospital de Gaza e apela a cessar-fogo humanitário imediato
Bissau, 18 Out 23 (ANG) – O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou hoje o ataque a um hospital no norte da Faixa de Gaza, no qual se registaram centenas de mortos e feridos, num bombardeamento cuja responsabilidade nem o Hamas nem Israel reconhecem.
“Estou chocado com as
centenas de pessoas mortas no ataque ao hospital al-Ahli em Gaza, que condeno,
e apelo a um cessar-fogo humanitário imediato para aliviar o sofrimento humano
a que estamos a assistir. Muitas vidas e o destino da região estão em jogo”,
disse Guterres, num fórum internacional em Pequim.
O secretário-geral da
ONU afirmou que, apesar de compreender o profundo sofrimento histórico dos
palestinianos, “tal não pode justificar atos de terror”. Também “o castigo
coletivo” contra o povo palestiniano "não pode ser justificado".
António Guterres tem
sido uma das vozes mais proeminentes a pedir a Israel que abra a Faixa de Gaza
para permitir a passagem de ajuda humanitária.
“Fiz dois apelos, e cada
um deles é válido por si só. Não devem tornar-se moeda de troca e devem ser
implementados por si só, porque é a coisa certa a fazer. A minha mensagem é
dirigida tanto ao Hamas como a Israel, para que o primeiro liberte os reféns
que mantém em cativeiro e para que o segundo permita a entrada de ajuda
humanitária na Faixa de Gaza", afirmou.
O enclave, que alberga
mais de dois milhões de pessoas, está sob um bloqueio total desde 07 de
outubro, sob bombardeamento constante das forças israelitas e no limite da
possibilidade de uma invasão terrestre por parte de Israel, que se recusou a
permitir a entrada de ajuda humanitária até que os reféns do Hamas sejam
libertados.
“As necessidades mais
básicas da população de Gaza, incluindo a maioria das mulheres e crianças, têm
de ser satisfeitas”, afirmou.
Guterres descreveu a
situação como "uma catástrofe", afirmando que a região está "à
beira de um precipício". ANG/Lusa
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