Jerusalém/ONU critica Israel pela morte de 500 palestinianos na Cisjordânia
Bissau, 04 Jun 24 (ANG) - O Alto Comissário das Nações Unidas para os
Direitos
Humanos, Volker Türk, considerou inconcebível que mais de 500
palestinianos tenham sido mortos na Cisjordânia desde 07 de Outubro do ano
passado, noticiou o site Notícias ao Minuto.
Durante o mesmo período, 24 israelitas,
incluindo oito membros das forças de segurança israelitas, foram mortos na
Cisjordânia e em Israel em confrontos ou alegados ataques de palestinianos da
Cisjordânia, acrescentou Volker Türk num comunicado.
A Cisjordânia, ocupada por Israel desde
1967, registou um aumento da violência desde o início da guerra entre Israel e
o Hamas em Gaza, em 7 de Outubro de 2023.
De acordo com as autoridades
palestinianas, pelo menos 522 palestinianos foram mortos na Cisjordânia por
soldados ou colonos israelitas desde o início da guerra.
"Como se os trágicos acontecimentos
em Israel e em Gaza nos últimos oito meses não fossem suficientes, a população
da Cisjordânia ocupada está também a ser diariamente sujeita a um derramamento
de sangue sem precedentes. É inconcebível que tantas vidas tenham sido ceifadas
de forma tão arbitrária", sublinhou Volker Türk.
No dia 01 de Junho, disse, as forças
israelitas mataram um adolescente palestiniano e feriram gravemente outro jovem
perto do campo de refugiados de Aqabat Jabr, nas imediações da cidade de
Jericó, sublinhando que o segundo morreu no dia seguinte.
"Estas duas mortes, juntamente com
as de outros quatro palestinianos mortos pelas forças de segurança israelitas
na segunda-feira, elevam para 505 o número de palestinianos mortos desde 07 de
Outubro (de 2023), de acordo com a informação avaliada pelo Gabinete dos
Direitos Humanos das Nações Unidas", detalhou, apelando ao apuramento de
responsabilidades.
De acordo com as autoridades
palestinianas, pelo menos 522 palestinianos foram mortos na Cisjordânia por
soldados ou colonos israelitas desde o início desta guerra.
"Os assassinatos, a destruição e as
violações generalizadas dos direitos humanos são inaceitáveis e devem cessar
imediatamente", exigiu o Alto Comissário, apelando a Israel não só para
que "adopte e aplique regras de combate" que respeitem plenamente
"as normas dos direitos humanos".
A guerra foi desencadeada pelo ataque
sem precedentes do movimento palestiniano Hamas em solo israelita, a 07 de
Outubro do ano passado, que causou a morte de 1.194 pessoas, a maioria civis,
segundo uma contagem da France Presse baseada em números oficiais israelitas.
Das 251 pessoas tomadas como reféns
nesse dia, 120 continuam detidas em Gaza, 41 das quais morreram, segundo o
Exército israelita.
Em resposta, Israel, que pretende
"aniquilar o Hamas", lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já
causou 36.479 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza,
administrado pelo Hamas.ANG/Angop
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